Mila está do outro lado da mesa sorrindo pra mim, estamos no sabor dos néctares, na rua que liga a estrada principal do Futungo de Belas ao Avenida do Talatona. Estou bebendo Corona e ela arriscou também.

- Não há sabor nisso, prefiro um chá, ele acaba com o meu frio e comigo!

Levantei e fui até ao outro lado da mesa redonda. Tirei o meu casaco, cobri ela e disse na sua orelha direita. "Não precisas de chá para tirares o teu frio, eu posso tirar-te só com o meu dedo parando onde a tua linguagem facial é a melhor de ver, onde a tua linguagem pede mais"

- Amor. – Ela disse baixinho e suplicando.

Levei a mão sobre o seu queixo e beijei o lado direito do seu pescoço.

Em seguida, suspirei só de lembrar de hoje a noite. Sentei e contei pra ela:

- Ana e seus sócios adoram familiarizar-se antes de fechar um negócio. Somos praticamente uma família agora, vai ter uma festa hoje à noite em sua casa. Quero a tua companhia!

- Amor, hoje? Não tenho roupa, não marquei com a moça do salão... – Ela fala feito uma doente.

- Amor tu és linda. – Esse foi o único remédio que tinha para dar. Mas parece que isso só piora as coisas.

- Tu não vais entender.

Só tinha um jeito de convencê-la.

- Está bem, vou sozinho, vai ter muitas mulheres!

Ela cerra os olhos. – Nem que tu fores como a "bela e eu a monstra" , mas eu vou Paulo. Hora?

- Nove e meia da noite.

Mila levanta-se, vem ao meu encontro e baixa até a sua boca alcançar a minha orelha. – Tenho uma nova roupa bem provocante, se estiveres na minha casa as seis e meia, podes tirá-la do meu corpo e quando voltarmos da festa podes arranca-la. Se atrasares um segundo. – Fez uma pausa nas suas palavras e passou a língua na minha orelha mas foi o coitado do meu pau quem ficou duro. – Só um segundo, só vais ter isso, na próxima lua cheia.

Mila beijou o meu pescoço, - Se tu fazes bem, eu faço melhor! A mulher tem força. – Disse e pegou na sua pasta, me deixando boquiaberto e estagnado na minha cadeira. – Beijo, seis e meia. – Disse e foi no seu carro, apreciei ela até abandonar o local.

SEIS E TREZE MINUTOS DA NOITE, já estava na sua porta com o meu muda de roupa e batendo a porta. Diabos, o que a Mila não faz comigo? A PORTA ESTAVA DESTRANCADA, abri, entrei e segui para o seu quarto.

Mila está em pé na frente de uma pequena mesa comprida e estreita, olhando para duas garrafas de perfume. – Para mim, não importa, adoro qualquer fragrância tua.

Ela não se  assusta com a minha presença, apenas sorriu. – A roupa íntima prometida, tem a cor do teu tom de pele? – Mila estava nua, ela não tem aquele corpo padrão da mente da sociedade do século XXI, o corpo dela é porramente pitoresco de se olhar. E eu vou estar sempre do outro lado a admirar a minha namorada e colocar isso na sua cabeça.

Entro no quarto e paro atrás dela. Ela se vira lentamente, seus olhos se erguendo até encontrarem os meus, e com um único movimento eu a pego pela cintura e a coloco sentada na borda da mesa. Seus lábios se abrem de surpresa e suas palmas vão para o meu peito, ela sorri pra mim.

Dois estranhos que terminam em 69Onde as histórias ganham vida. Descobre agora