Capítulo 01

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Anteriormente:

- O meu irmão? - Pergunto.

- Kat, ele foi visitar o Luke. Tu sabes que eles são amigos. - Ela diz calma.

- O QUÊ? - Grito. - E ele não me diz?

- Calma Kat. É difícil conciliar a vossa relação com a relação com vocês. - Ela diz confusa.

...

Katie

- Eu percebo. - Digo receosa que a amizade deles possa renascer. - Eu só não quero que seja como antes. Lembras - te que vinha cá praticamente todas as noites para estar com o meu irmão. Eu simplesmente não quero isso.

- Os tempos mudaram Kat. Isso provavelmente não vai voltar a acontecer.

Suspiro e enrolo - me nos cobertores, o que eu menos preciso é ter que ir á festa de receção deles.

- Kat - Diz Jen. - Vou deixar - te agora a preparas - te para a festa, ok? Venho buscar - te dentro de duas horas.

Como é que eu posso evitar essa festa? Já sei. Pego nas chaves do carro e decido ir embora. Sinto tanta falta de ser criança. Vou visitar os meus avós. O caminho é cerca de uma hora de carro, o que não é muito. Desço as escadas apressada, tranco a porta e vou até ao carro. Sintonizo na rádio e sigo o meu caminho.

Avisto a casa ao longe e sorrio, sinto tanta falta da vida aqui.

Caminho lentamente ponderando se estou a fazer o correcto. Devo fugir? Eu acho que não consigo sequer olha - lo sem desatar a chorar, sou humana, tudo isto me custa de uma maneira que eu não consigo controlar. Desligo o telemóvel mas antes mando uma mensagem á Jen avisando - a que preciso de um tempo só meu, sem Luke principalmente.

Bato á porta.

- Katie? - A voz da minha avó é de surpresa.

- Olá avó. - Sorrio.

- O que fazes aqui? - Ela sorri de volta.

- Não sei sinceramente. - Digo. - Estou a precisar de um refúgio, o Luke voltou.

- Oh. - Ela suspira. - Entra querida.

- Onde está o avô?

- O teu avô foi á cidade com o vizinho, foram até ás compras. - Ela diz. - Como está o teu irmão?

- Ele está bem. Tem andado a trabalhar. Está bastante ocupado. - Tento desculpar Sam que não visita os nossos avós á imenso tempo.

- É o que interessa. - Ela força um sorriso. - Fiz bolo, queres?

- Sim. - Sorrio.

- O Lucas tem perguntado por ti. - Ela diz e eu rio, Lucas foi o meu namorado de infância.

- A sério? Ele está cá? - Digo.

- Sim, está maravilhoso. Trabalha no Hospital de Saint Patris. É um médico maravilhoso. - Ela diz e percebo que está a tentar persuadir - me.

- Tenho que o visitar, talvez o veja hoje. - Dou de ombros.

Não passaram nem duas horas, quando vejo Lucas sentado na mesa para jantar, rio com as ideias da minha avó, nós temos uma bela amizade, ambos sabemos disso. Vou cumprimenta - lo. A hora de jantar foi maravilhosa, senti - me em casa, porque eu não me mudo para aqui no verão? Foi uma ideia que me surgiu repentinamente. Embora o idiota do meu coração queira ver o Luke, se eu passasse aqui o verão só o teria que ver na faculdade dentro de alguns meses.

- Katie. - Diz  o meu avô. - Acho que devias vir ao telemóvel. - Ele diz e o meu coração palpita.

*

- Katie, porque não estás aqui? - Sam grita do outro lado do telemóvel.

- Porque eu não quero ver o Luke. - Suspiro.

- Estás a ser infantil! Isto é tudo para teres atenção? Só queres atenção! Toda a gente está á tua espera, vem.

- Não vou Sam. Para começar eu faço  o que eu quiser e não eu não vou. Tu não és ninguém para me dar ordens! - Digo irritada. - És um idiota! - Desligo.

*

A minha avó olha - me preocupada.

- Podes ficar o tempo que quiseres. - Ela sorri.

 


Scared to be lonelyWhere stories live. Discover now