Capítulo Dois

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Ainda bem que aqui temos um armário que podemos guardar nossas roupas. Eu sempre deixei algumas aqui caso houvesse um imprevisto. Troco de roupa e saio do restaurante.

Fico em frente a porta, acho melhor ficar no celular para disfarçar que estou a esperando com ansiedade.

― Você veio mesmo. ― escuto aquela voz e olho para ela. Está linda, porém ainda de óculos.

― Sim. ― sorrio. ― E então, o que a senhorita deseja?

― Er...vai parecer estranho...mas...

Ela se vira e fica mexendo no cabelo.

― Eu ouvi o que você falou no restaurante.

― Ah, mas o que eu disse? ― ela respira fundo e se vira. Se aproxima de mim e tira seu óculos.

Não acredito. É a Dakota Johnson, a atriz do filme que eu vi ontem.

― Me defendeu. Foi muito gentil da sua parte, mesmo não me conhecendo.

― Ah... ― eu não acredito que ela ouviu. ― tudo bem. Não precisa agradecer, eu só fiz o que qualquer ser humano deveria fazer se ouvisse aquilo. ― digo, um pouco sem jeito.

― Muitos ficariam calados, ou falariam também. Como posso te agradecer?

― Não precisa fazer nada senhorita. ― sorrio.

― Mesmo? Se quiser posso te pagar algo.

― Eu jamais aceitaria algo por ter feito o bem. ― ela levanta as sobrancelhas.

― Tudo bem então. Eu preciso ir.

― Tenha uma boa noite senhorita Johnson. ― digo e me viro, indo para o ponto de ônibus.

Dakota

Enquanto ele caminha em direção ao ponto de ônibus, sinto uma enorme vontade de segura-lo e convidá-lo para sair. Onde mais eu acharia um homem desse?

Mas a realidade cai como um balde de água fria. Ele é pobre, e garçom. O que iriam pensar se me vissem com ele?

Não quero nem imaginar a vergonha.

Me viro e atravesso a rua, entrando no hotel.

Jamie

Subo no ônibus, totalmente fascinado pela beleza daquela mulher. Seus olhos são tão meigos e sedutores ao mesmo tempo, assim como sua voz.

Eu jamais conseguiria uma mulher daquela. Eu não sou um galã, e estou longe de ser rico como ela.

O ônibus para em um ponto e uma mulher loira muito familiar sobe. Sorrio ao reconhecer minha melhor amiga.

Candice é uma mulher incrível, e uma das únicas que tenho intimidade. Na verdade, acho que ela pode ser a única mesmo.

Ela me olha e sorri. ― Já está indo para casa? ―  senta-se ao meu lado e beija minha bochecha.

― Sim. Acabei de sair do trabalho.

― Como foi hoje?

― Cansativo como sempre.

― Pelo menos você pode se locomover. Eu tenho que ficar sentada durantes horas em frente à um computador.

Rio. ― Verdade. Prefiro o meu emprego. Mas um dia eu irei abrir o meu próprio restaurante, e você vai ser a garçonete com o maior salário de lá. ― ela franze o cenho, não satisfeita. ― Mas também será uma das donas, claro.

Fifty Shades FamousWhere stories live. Discover now