Entrei do lado do motorista e Bianca sentou ao meu lado. Dirigi e conversamos pouco durante o caminho. Quando chegamos na caba, abri a porta.

- Onde estamos? - ela ficou séria, encarando os homens.

- Não demoro, fique aqui. - respondi e abri a porta.

Me dirigi até os seguranças e conversei com o líder deles.

- Como ela passou as últimas horas?

- Na mesma senhora. Acho que a garota ta morrendo, tem quase um dia inteiro que está inconsciente.

Suspirei, revirando os olhos e entrei na casa. Anahí estava do mesmo jeito que eu a havia encontrado na noite passada.

- Que droga! - cruzei os braços e tentei um cutucão nela com a sandália de salto.

Anahí não abriu os olhos e não fez nada. A olhei de cara feia e me abaixei à altura dela.

- Você é muito fraca sabia? Acho bom sobreviver Anahí, você só pode morrer quando eu quiser.

Me levantei e sai da cabana.

- Chame um médico, alguém que seja discreto e consiga prolongar a vida dela. Ainda é muito cedo pra ela morrer. - encarei o segurança de mau humor.

- Talvez suprimi-la tanto de alimento e água tenha provocado isso.

- Não me questione e faça o que eu mandei. - o encarei e dei as costas.



Bianca

Quando Sophie começou a se afastar da cidade, meu coração começou a bater acelerado e tive que usar todo meu treinamento e autocontrole pra ela não perceber nada.

Ao chegarmos naquela cabana abandonada com três seguranças, ela me mandou ficar no carro e desceu sozinha. Agradeci, pois, eu estava prestes a descer do carro e tiver Anahí ou Alfonso de lá à força. Só podia ser um deles quem estava lá, talvez ambos.

Mordi o lábio inferior, controlando o sorriso. Tinha encontrado o esconderijo dela, nossas tentativas de segui-la não deram em nada, mas meu plano dera certo. Agora só precisava memorizar o caminho mais uma vez e retornar aqui com ajuda. Prometi a mim mesma que hoje mesmo tiraria Anahí desse lugar.

Quando Sophie voltou pro carro, fiz minha melhor cara de paisagem. Ela abriu a porta e sentou ao meu lado.

- Vamos embora?

- O que a senhora quiser fazer. - respondi indiferente.

Sophie ligou o carro e fomos embora. No caminho de volta, ela perguntou se eu tinha algum parente. Deixei claro pra ela que não namorava há algum tempo e que não tinha parente algum. Ela já devia ter levantado minha ficha antes mesmo do nosso encontro na empresa, então sabia que eu era sozinha.

- Será que vou poder confiar em você?

- Com toda a certeza, senhora Herrera. - respondi.

- Isso o tempo nos dirá. - respondeu.

Suspirei aliviada ao ver que aparentemente ela não desconfiara de nada. Fiquei em silêncio, bolando na minha cabeça uma forma de tirar Anahí ou Alfonso daquela casa.

Sophie me deixou na empresa, no coração da cidade e sorriu.

- Eu estou indo para a casa agora, você está dispensada.

- Tem certeza, senhora?

- Sim... Ficarei lá o dia todo, você pode ir. Onde posso achá-la, caso precise?

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