Capítulo 61

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"Bom dia, meu amor!"



Anahí

Acordei de madrugada com Alfonso fora da cama. Preocupada, me levantei e assim que vi que ele não estava no banheiro, sai do quarto. A luz saindo por debaixo da porta branca chamou minha atenção e me aproximei. Abri a porta com cuidado e espiei lá dentro.

Meus olhos marejaram quando vi Alfonso pintando um quadro de Verônica, mas ao contrário da menina adormecida naquela cama, nesta Verônica estava de pé e sorrindo. Entendi na hora que essa é a imagem que Alfonso acredita que teria da irmã se não fosse o passado dele.

Quando fui fechar a porta pra voltar pra cama, a porta rangeu, me denunciando. Alfonso se virou na mesma hora. Achei que ele fosse ficar furioso comigo, mas tudo o que ele fez foi sorrir e estender a mão pra mim. Envergonhada e um tanto sem graça, me aproximei e segurei sua mão.

- Acho que minha esposinha, sentiu minha falta. - sorriu.

- Sim, senti. - envolvi os braços em torno da cintura dele e o abracei.

Alfonso apoiou o queixo no topo da minha cabeça e suspirou.

- É um bonito retrato. - sorri me afastando dele e admirando a pintura.

- Em raras exceções sonho com ela assim. - Alfonso suspirou, olhando o desenho.

- De verdade? - sorri, surpresa com suas palavras.

- Sim... É como eu queria que ela fosse.

- Está tarde, há quanto tempo você está aqui pintando?

- Não conseguia dormir, então assim que você adormeceu vim pra cá.

- Entendi, você não quer voltar pra cama? - perguntei preocupada com ele.

- Tudo bem vamos, não quero que minha esposinha fique preocupada comigo.

Meu sorriso aumentou de tamanho consideravelmente. Sem resistir fiquei na ponta dos pés e o beijei. Quando voltamos pra cama, Alfonso me abraçou e em segundos ele apagou e eu enfim adormeci.



Sophie

Encarei Verônica na cama, enquanto esperava a transferência de chamada.

- Por que vocês têm que ser tão lerdos às vezes? - suspirei entediada.

- Gutierrez na linha.

- Oh finalmente, aqui é Sophie Herrera quem está falando.

- Olá Sophie, como tem passado? Por que está me ligando tão cedo?

- Preciso dos seus serviços. - sorri.

- Em que posso ajuda-la dessa vez Sophie? - o detetive respondeu, quase podia vê-lo sorrindo.

- Preciso que encontre uma moça. Uma jovem prostituta que se envolveu com meu filho alguns anos atrás.

- Você sabe o nome dela?

- Não, mas tenho uma foto da época em que se envolveu com meu filho, acabei de enviá-la a seu e-mail. Preciso que a encontre o mais rápido que conseguir. - respondi.

- Há quanto tempo ela se envolveu com seu filho?

- Há alguns anos, não sei bem quantos ao certo. Em torno de quatro anos. - respondi.

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