Prólogo

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Baronato dos Winsmore, Inglaterra

Cinco anos atrás...

Era uma manhã chuvosa, o sol tinha acabado de nascer, mas se escondia por trás das nuvens carregadas que deixavam o tempo escurecido. O clima parecia entender o desespero de um homem que já tinha feito de tudo para salvar a mulher que amava. O estado de Joanne tinha piorado e o ele já tinha gasto todas as suas economias na tentativa de curá-la, seus recursos já tinham se acabado e ele não tinha mais a quem pedir emprestado, pois todas os seus conhecidos já tinham lhe ajudado da forma que podiam. O único jeito seria pedir emprestado ao Barão de Winsmore, não tinha outra escolha.

Bateu na porta apressadamente, o médico chegaria em poucas horas e ele precisaria ter o dinheiro em mãos ou não haveria remédio para sua doce Jeanne. Aquele horário também impediria que alguém o impedisse de pedir a tal homem a quantia necessária para garantir a saúde de sua esposa.

O mordomo abriu a porta, todos os criados refletiam a mesma carranca de seu empregador, e mantinham a cara de tédio e mesquinhez onde quer que fossem. Assim como o Barão todos ali eram soberbos e avarentos, mesmo não tendo nada.

‒ O que quer? – O mordomo perguntou sem nenhuma educação.

‒ Preciso falar com o Barão. – O homem falou com urgência na voz.

‒ Volte mais tarde, o barão ainda está dormindo e não vou incomodá-lo.

Ao dizer isso o mordomo tentou fechar a porta na cara do outro homem, mas esse foi mais rápido e colocou um pé impedindo que a porta fosse fechada.

‒ Eu só saio daqui depois de falar com ele, então acho melhor acordá-lo. – O homem rugiu, não tinha tempo para besteiras de um criado insolente, e ele não ia voltar pra casa sem o empréstimo.

Mesmo a contra gosto o criado foi acordá-lo e o barão desceu em toda sua arrogância cadavérica para falar com o homem que o importunava tão cedo.

‒ O que quer? – Perguntou o barão com seu tom irritado de sempre.

‒ Preciso que me faça um empréstimo. – O homem foi direto ao assunto, não queria se estender mais que o necessário. ‒ Minha esposa está muito doente e eu já gastei tudo o que eu tinha com médicos e remédios, por favor eu preciso de sua ajuda.

‒ E que garantia eu tenho que vai me devolver o dinheiro? Uma vez que já gastou tudo que tinha. O que você me dará como garantia que eu irei ter de volta o que lhe emprestar? – O barão perguntou com seus olhos brilhando maquiavélicos.

‒ Qualquer coisa! O que quiser eu lhe dou, as me empreste o dinheiro, o médico já deve estar cegando e se eu não tiver o dinheiro ele não vai tratar de sua enfermidade. – O homem respondeu desesperado, precisava do dinheiro urgentemente.

‒ Ora, então me diga de quanto precisa, vejo que está apressado, não vamos estender mais essa conversa. O valor que precisar lhe darei, e não se preocupe com a quantia, a saúde de sua esposa é mais valiosa que qualquer quantia – O barão mudou o tom de voz e abriu um sorriso, um sorriso de quem encurralou a presa e vai ter um banquete garantido.

E assim o homem desesperado por salvar sua esposa, fechou negócios com o próprio diabo sem saber que aquilo poderia lhe custar o futuro e a felicidade daqueles que mais amava.

Como seduzir um Conde (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora