- Capítulo 10 - Um enxame de garotas insetos

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 Ao contrário do que Max pensava, aquela não era a passagem que eles procuravam. A luz brilhante e verde pulsava no interior daquele lugar asqueroso e com cheiro de mofo. A pequena e pulsante luz aumentou e em minutos todos estavam cercados por pequenos vaga-lumes brilhantes. Mas não eram apenas vaga-lumes. Uma nuvem de borboletas azuis vinha logo atrás, em seguida abelhas se juntaram ao coral de insetos que zumbiam tornando aquela noite peculiarmente bizarra.

Os insetos rodopiaram e zumbiram como furacões particulares. Do furacão-abelha surgiu uma pequena garota vestida com um lindo vestido listrado, em amarelo e preto. Sua pele era amarelada e leves sardas pintavam suas bochechas. As borboletas azuis se fundiram em uma dança perfeita no ar, dando origem a outra garotinha. Ela usava um vestido azul que cobria os seus pés. Seu cabelo preto estava presa a uma presilha de borboleta e os vaga-lumes se transformaram em uma garota vestida com um vestido verde, que parecia brilhar como os vaga-lumes que segundo atrás ocupavam o lugar onde ela estava nesse exato momento.

Oliver teria achado aquilo tudo muito estranho. Mas de alguma forma ela sabia quem eram aquelas crianças.

— Você são elas né? — Oliver perguntou — São...

— As mensageiras de Anabell! — Max completou a frase antes que Oliver pudesse fazê-lo.

O trio de garotinhas concordaram simultaneamente com a cabeça.

Max sorrias e olhava para elas com uma nova esperança nos olhos. Como se a própria Anabell estivesse ali diante dele. Roky também ficou esperançosa, mesmo que ainda estivesse se sentindo culpada se uniu ao grupo.

— Menssage quem? — Jime perguntou.

— Somos Luxias — A garota borboleta respondeu

— São espíritos de Luz — Max respondeu. A empolgação em sua voz surpreendeu a todos. Como se o minuto anterior, onde ele parecia fazer parte de um grupo gótico depressivo, tivesse sumido. — Elas guiam as pessoas até o outro lado.

— Será que você pode calar essa boca e deixá-las se apresentar? — Jime disse. Max lançou a ele um olhar raivoso mais se calou.

— Eu me chamo Dafine, essas são Lorence e Maia — A garotinha de azul disse apresentando as outras duas, que acenaram com a cabeça a indicando que a garota-abelha era Lorence e Maia era responsavel pelos vaga-lumes. — Como eu já disse somos Luxias, viemos conduzir Oliver Evans, a chave, até Anabell. Que está presa na Torre Inversa.

— Vocês sabem onde fica a Torre? — Oliver perguntou

— Mas é claro! Todas as almas condenadas vão pra lá. — Lorence, a garota-abelha. Respondeu, como se fosse uma resposta obvia.

— Mas não podemos entrar lá, e portais interdimensionais não foram abertos para espíritos — Maia completou

— Ou seja, vamos ter que ir a pé? — Savanna perguntou

— Mas é claro que não — Dafine rebateu ofendida — Você podem ir na Luminosa!

Assim que a garota falou aquilo uma van rosa e brilhante surgiu. Era um contraste estranho, tendo em vista que elas estavam em um cemitério. A van parecia ter sido fabricada para conduzir a Barbie. Gliter multicolorido cobria a lataria rosa. Os assentos eram cobertos com couro branco e pequenas pedrinhas brilhantes ornamentavam as janelas.

Max pareceu desapontado, Jime estava tentando processar aquilo tudo, Roky sorria (ela não era do tipo de garota que gostava de rosa e brilho, mas era bem melhor que ir andando), Oliver achou uma graça e Savanna com certeza teria pirado com aquilo tudo se estivesse consciente. Ela era do tipo de garota que assistia PLL e colecionava unicórnios de pelúcia.

— Hã não temos a noite toda — Dafine disse impaciente — Vocês podem vir com a gente ou procurar outra fenda clandestina. Mas eu duvido muito que os ajudem. A cabeça de Oliver está valendo um lugar ao lado ao Lorde das Trevas quando se ele for liberto. Ou seja, estarão caçando vocês assim que souberem que os vampiros falharam nisso.

— Você tem uma maneira muito esquisita de convencer as pessoas, sabia disso? — Jime perguntou decidindo que entrar em uma van rosa era melhor que ser caçado por futuros servos de capeta. Afinal o próprio Lúcifer tinha acabado de sair dali. O melhor a fazer era dar no pé o mais rápido o possível.

Dafine deu um sorriso, considerando as palavras de Jime um elogio.

— Ótimo então vamos? — Maia disse entrando na van. Ela não olhou pra trás para saber se eles a seguiam. Tinha certeza de que eles fariam isso. E foi exatamente o que fizeram. Primeiro Oliver, depois Max e Roky e por fim Jime subiu carregando Savanna no colo. Todos embarcaram na Luminosa. Rumo ao cassino Luk's. Uma entrada para a Torre Inversa, uma torre que estava lotada de demônios.

Uma viajem pela estrada .Era tudo que Oliver precisava.

Ela costumava fazer isso com o pai quando ele estava vivo. Costumava ser uma coisa boa. E mesmo indo em direção a morte eminente ela ainda se sentia feliz em estar de volta na estrada.

Oliver e os Segredos da Torre - COMPLETO ✍✔✔Onde as histórias ganham vida. Descobre agora