Cap.XVIII-De novo Breno ???

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Eu havia marcado com ele em meu apartamento, chegando lá não o vejo, ouvi um som na direção do apartamento de Henri, eu não acreditava que Marcos havia voltado, fui furioso e chegando la me deparo com o acompanhante de luxo terminando de arrumar tudo.
Ele me olhou e disse:
- Tava uma zona, resolvi ajudar sabe.
Ele estava suado, de calça jeans somente, me aproximei e ele fez o mesmo, ele apenas me abraçou e saiu para tomar banho. Uma atitude que não havia entendido, estava tudo em seu devido lugar, ele cantava e eu estava apreensivo, mas ao mesmo tempo decidido, com alguns minutos ele retorna enrolado na toalha, algumas gotas desciam lentamente em seu peitoral marcado.

¥ É por isso!
Falei que iríamos à um restaurante no centro, ele fez pouco caso até onde pude perceber, então perguntei o que queria fazer.
- Breno eu acho que não posso ajudar você.
- Eu estarei pagando o serviço.
- Eu sei e agradeço, mas sei que amas outro homem, tanto que aceitou noivar com ele.
- Puta merda...
- Desculpa, sei que você pagou mas eu devolvo o dinheiro.
- Não precisa.
- Eu insisto, não cometa esse erro, irá sofrer.
- Você é maravilhoso.
- Agradeço, posso te fazer companhia, uma massagem com um bom vinho.
- Seria ótimo, desculpa o papelão que passei aqui me deixou sem noção das coisas.
- Relaxa okay, você é uma delícia.
- Você também.
- Como se conheceram?
- Longa história rapaz.
Ele foi vestir uma cueca, eu estava querendo me enterrar depois daquele fora delicado, mas eu precisava daquela distração. Vi que ele retornava só de cueca eu não queria seguir o exemplo de Marcos, então chamei Rodrigo para meu apartamento, ele trouxe o vinho e sua mochila, me abraçava por trás, eu estava louco, era como se sentisse a presença de Miguel. Ele sentou no sofá, eu peguei duas taças e ele abria o vinho, conversamos sobre meu romance com Miguel, por um momento ele se espantou em saber que eu continuei com ele após saber que ele seria pai, eu ri da situação e falei:
- Dri quando se ama somos capazes de mudar nossa linha de raciocínio.
- Imagino, mas hoje você iria trair novamente.
- Sabe eu estou carente, precisava de algo próximo do meu corpo, da minha boca.
- Eu estou aqui mas não consigo ficar confortável com isso.
Ele me abraçou e convenceu que realmente não rolaria nada, eu também estava disposto a não trair, ele deitou ao meu lado, eu descansava e ele se aproximou mais, começou tocando meus ombros, eu fechei os olhos, uma massagem firme e relaxante, uma música serena, eu estava nas nuvens.
Me fez lembrar quando fazia massagem em Miguel, ele elogiava, eu estava quase adormecendo, suas mãos desceram ao centro das minhas costas, eu sentei e ele me abraçou por trás.
- Você ia me agredir?
- Não por que?
- A forma que você agrediu o Marcos eu estava assustado.
- Não, eu bati para descontar o que ele havia feito.
- Entendi...
Acendi um cigarro e sentei no sofá da sacada, era como um filme ver tudo que rolou nesse espaço, a noite da chuva de meteoros, quando quase aconteceu nosso beijo, a festa do condomínio, a torta com morangos amassados. Comecei a lagrimar ao relembrar de tudo, ele se aproximou e disse:
- Você está chorando?
- Não... Estou...
- Saudades dele?
- São as lembranças que vivi enquanto morei aqui.
- Entendo, quando a criança nascer você vai ver que tudo valeu apena.
- Espero...

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