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—Chegamos! -Vovó fala ao parar em frente do hospital.

Saio do carro e ajusto a touca vermelha na minha cabeça e baixo mais o meu moletom, olho pra cima e vejo aquele prédio enorme. Vovô Marcos ficou entre Eu e Vovó Duda, fomos de mãos dadas até a recepção e pegamos os nossos papéis de vista.

Era Oito horas da manhã mas fazia frio pois estava com um tempo nublado, entramos no elevador e Vovó era direto arrumando a minha roupa.

—Ai Vovó… -Reclamo.

—Melinda, você tem que se ajeitar mais sua blusa. -Ela fala me encarando.

—Deixa ela Amor. -Vovô fala e me puxa.

O elevador abriu e saímos, caminhamos pelo o corredor até chegar na ala masculina do hospital.

—Mamãe sabe que estou aqui? -Pergunto baixo.

—Não, vamos fazer uma surpresa pra ela. -Vovô fala e sorrir.

Chegamos em frente do quarto e logo um arrepio subiu pela minha espinha, minhas mãos suava frio e coloco as mesmas no bolso do moletom para disfarçar.

—Eu vou ficar aqui fora, por favor… -Falo olhando para meus avós.

—Tudo bem Querida… Só não saia daqui. -Vovó fala e beija a minha testa.

—Tudo bem Vovó… -Falo e me sento em uma das cadeiras que tinha ali em frente do quarto.

Eles entraram e eu fiquei ali, sozinha no corredor esperando meus avós, fico mexendo no celular enquanto isso. Já tinha se passado Vinte minutos e eles ainda estava lá dentro, me levanto e vou até a porta em passos calculados fico na pequena janela de vidro que tinha na porta, meus avós estavam sentados sorrindo e Mamãe em pé a mesma também sorria, olho mais para o lado e vejo ele… Papai!

Ele estava sorrindo, a sua barba estava por fazer e seu braço com o soro fisiológico, não conseguia tirar os olhos dele e sorria ao vê-lo bem como sempre. Ele olha pra frente e me escondo, ouço passos vindo e volto a me sentar fingindo que estava bem, meus avós sai do quarto sorrindo e me levanto indo ao encontro deles.

—Poxa, parece que a conversa estava boa. -Falo e eles sorrir mais ainda.

—Estava sim… -Vovó fala.

—Então… Ele tá bem? -Eu os olho.

—Sim Minha Pequena, logo Jonas estará em casa. -Vovô fala e sorrir aliviada.

—Então vamos… -Falo e saio na frente.

—Ei! Onde vai com tanta pressa assim? -Vovô rir atrás de mim. —Faltou você ou achou que não iria entrar? -Ele me olha.

—É… -Sorrir sem jeito.

Vovô me empurra para a porta, encaro aquela madeira pintada de branco e depois olho para o Vovô, ele apenas faz um sinal com a cabeça e engolir seco. Com a mão trêmula abrir a porta devagar e olhei ao redor.

—Com licença, posso entrar? -Falo e logo vejo Mamãe.

—Melinda! -Ela vem até a mim. —Entra meu Amor. -Ela me puxa e fecha a porta. —Não sabia que vinha… -Ela me abraça.

—É… Nem eu sabia. -Falo olhando pros lados.

—Senta aqui Filha, seu Pai foi só tomar banho e vem já. -Ela fala e vai em direção ao banheiro.

Meu Pai é Um Traficante |||Where stories live. Discover now