Capítulo 41°

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     Melinda Narrando:

Já era Quatro horas da tarde quando eu liguei para o Papai avisando que estava indo pra casa, me despedir de Vovó e sair de casa. Fui subindo a rua em passos calmos, algumas pessoas falavam comigo e eu só acenava para elas até que vejo Wesley descendo a rua cabisbaixo, sorrir de lado e vou até ele.

—Wesley… -O chamo e ele me olha. —Oi… -Falo e ele sorrir forçado.

—Oi Melinda. -Ele fala baixo.

—Como você está? -Pergunto olhando para seus olhos.

—Levando e você? -Ele me olha e suspiro fundo.

—Um caco, não estou sabendo lhe dar com essa situação que estou passando… -Falo cabisbaixa.

—Se você falar a verdade para seu Pai, talvez não tivesse desse jeito. -Ele fala e o olho.

—Não Wesley, você quer me ver morta?! Papai não pode saber disso. -Falo o olhando e ele dar ombros.

—Então não posso fazer nada pra te ajudar. -Ele fala me encarando sério. —Bom, eu vou ter que ir, tchau. -Ele fala e sai da minha frente.

Sinto o meu rosto arder e olho para trás, vendo Wesley se distanciando de mim… Mordo meus lábios e volto a caminhar em direção a minha casa.

Ao chegar em casa e vou direto para meu quarto, jogo a minha mochila em qualquer lugar e vou para o banheiro tirando as minhas roupas e fazendo um coque nos meus cabelos. Deixo aquela água morna entrar em contato com meu corpo e me sinto mais relaxada, depois do banho eu me enrolo na toalha e saio do banheiro, vou para meu closet e pego qualquer calcinha vestindo a mesma, vestir uma blusa do Papai que peguei para mim e um short moleton preto.

Me sento em frente da penteadeira e olho meu reflexo no espelho. Quem eu sou de verdade? Parece que sou uma pessoa totalmente diferente por dentro, essa Melinda que todos ver por fora parece que não sou eu…

Se por fora sou um fracasso, imagina por dentro! Sou pior ainda. Meus Pais não merecem ter a filha que tem, por mais que eles me der Amor e agora atenção, eu não consigo retribuir.

Olho para aquela pérola negra em volta do meu pescoço e pego na mesma, ela significava tanto para mim, olho para frente e vejo uma foto minha com o Papai.

—Por que tinha que ser assim?! -Pergunto pra mim mesma com a voz embargada.

Fecho meus olhos e sinto lágrimas escorrer pelo meu rosto, respiro fundo e abrir os olhos encarando o meu reflexo. Ouço alguém bater na porta e limpo as minhas lágrimas bem rápido, mando entrar e logo Mamãe aparece sorrindo.

—Oi Filha… -Ela fala e fecha a porta.

—Oi Mãe. -Falo e tento disfarçar o meu choro. —Você chegou agora? -Me viro e a vejo sentada na minha cama.

—Sim, estar melhor? Eu liguei para seu Pai e ele disse que você estava na casa da sua Vó. -Ela fala e assentir.

—Eu estou melhor e eu estava lá mesmo, não quis vim pra cá. -Falo baixo.

—Filha, fala pra Mamãe… Fala pra mim filha, o que tá acontecendo? -Ela me encara.

—Não tá acontecendo nada mãe. -Falo e me viro para o espelho.

—Melinda, você estar estranha… Mal fala comigo ou com seu Pai e hoje você praticamente nem ficou na escola. -Ela fala e mordo meus lábios.
—Eu já falei que foi só um mal estar, Mãe. -Falo meio que nervosa.

—Você tá Grávida?! Filha se for isso, pode falar pra mim tá… Sei que seu Pai vai querer matar todo mundo mas eu tô aqui. -Ela fala e reviro os olhos.

Meu Pai é Um Traficante |||Where stories live. Discover now