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(HARRY)

Era perto das duas da manhã e eu e Louis estávamos no telefone como todos os dias.

Eu sabia bem que o "toque de recolher" era as 23:00 e que as vezes conseguiamos ficar um pouco mais no quarto, mas nada além disso. Era sempre hora de tentar descansar.

Eu estava sim um pouco cansado, preciso dizer. O tempo parecia voar quando falamos dos jogos, mas relacionado ao tempo que eu fico sem o Louis? As coisas se arrastam.

Todas as noites, Louis me liga e discutimos o nosso dia como se não estivéssemos juntos.

É algo que partilhamos independente de eu te-lo visto o dia todo. Como foram as coisas, o que ele sentiu, se o treino dele foi pesado ou algo assim. Acho que é um momento que eu quero manter por que eu o vi, mas não sei o que ele pensa, ou o que ele sente. É só uma preocupação que impulsiona a minha tentativa de proteção com ele cada vez mais.

Mas eu sentia falta dele. Falta de te-lo em meus braços, de cuidar dele. De olhar em seus olhos antes de fechar os meus e assim que os abrisse, encontrar o rosto sereno de Louis, ou suas orbes azuis já me observando.

Claro que eu sentia falta do sexo, isso eu não posso negar, mas coisas cotidianas, parte da nossa rotina de relacionamento, era o que mais pesava para mim.

Eu não gostaria de deixa-lo só.

- Hazz? Amor? Você está me ouvindo?

- Sim...sim amor desculpa...eu estou aqui. Só acabei me desligando do mundo por uns segundos... - Louis e eu estávamos no telefone há exatos 52 minutos e eu queria que essa voz dele de sono, que o deixa um pouco manhoso, estivesse aqui ao meu lado, e eu pudesse sentir seu cheiro misturado com o meu

- Está tudo bem? Você está sentindo alguma dor? Hoje Hodgson pegou pesado, se você quiser ir dormir está tudo bem, de verdade.

- Não...eu só...sinto sua falta Lou...

- Eu também amor...merda...eu odeio isso. Me dá um minuto por favor? Eu preciso ir ao banheiro, acho que dá tempo.

- Claro amor...sem problemas. - O telefone ficou mudo e eu suspirei, virando o meu corpo para o lado esquerdo da cama de casal que eu dormia, que estava vago por que Louis sempre dormia do lado esquerdo. Abri um sorriso pequeno e bobo para o lado da cama e minhas mãos passaram pelo cobertor, como se dessa forma eu pudesse senti-lo mais perto. Aquele...espaço...não era só um lugar vago. O espaço dele ao meu lado estava vazio. Ele não estava lá. E isso é péssimo.

Batidas frenéticas mas fracas e ritmadas na minha porta me fizeram saltar rapidamente da cama e eu olhei o relógio no criado-mudo, já abrindo um sorriso enorme automaticamente.

Finalmente chegou a hora de vê-lo.

Todos os dias, as duas horas da manhã, as câmeras de segurança paravam por dez minutos para algum tipo de manutenção e troca de alguma coisa que eu sinceramente não estava nem ai. Descobrimos isso por que Niall, o ser humano mais comunicativo e fofoqueiro que existe no nosso grupo, foi conversando com alguém aqui e ali e veio com essa informação, alegando ser o salvador do nosso relacionamento durante esse campeonato

Tudo bem, ele pode ter sido mesmo. Não sei o que eu faria se todas as noites quisesse dar um beijo que fosse em Louis, e as câmeras do corredor me pegassem entrando em seu quarto

Assim que abri a porta, ele se jogou em meus braços, e começou a dar inúmeros pelos meu rosto e pescoço

- Meu Deus parece que eu não te vejo faz um bilhão de anos - Louis ainda segurava meu rosto e montou em mim, enroscando suas pernas envolta da minha cintura e nos arrastamos rapidamente até a cama.

GOALS (l.s.)Where stories live. Discover now