Dupla face

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Olívia tinha ido até a cozinha pegar um pouco de gelo. Por mais incrível que parece, era o local da casa com menos gente. Tinha um casal em cima da bancada se pegando. Uma menina chorando e a amiga tentando consola-la. E um garoto alto, de cabelo loiro escuro, mexendo na geladeira. Os cabelos estavam em uma bagunça charmosa. Aquilo fazia a menina lembra dos seus pesadelos. O menino usava roupas escuras descoladas, enquanto Via usava calça jeans e um moletom velho. Ela não estava planejando ir a uma festa naquela noite. Mas depois da reunião no casarão sobre terem férias, Genevieve não parou de falar de como todas deveriam se divertir e sair para festas. Olívia queria ter inventado uma desculpa como a de Cassidy, que precisou "passar em casa para trocar o absorvente", dizendo ela. Com muita sorte Cass estaria dormindo agora.

A loira andou até o garoto. O seu coração batia rápido. Ele fechou a geladeira e o seu olhar cruzou com o de Via. Era o garoto do Denie-Way que ficou encarando ela. Eles ficaram se olhando por longos minutos até que o garoto sorriu para ela.

- Quer gelo? – Mostrou o saco de gelo que tinha em uma das mãos.

- Sim. – Afirmou Olívia.

- Beber refrigerante quente é um saco. – Ele abriu o saco de gelo e ofereceu a menina.

- Esse é o seu superpoder? – Ela sorriu para ele. – Detectar quando uma garota está bebendo refrigerante quente, ao invés de whisky ou cerveja? – Ele tentou fazer uma expressão pensativa brincando.

- Um deles. – Desfez a expressão sorrindo de canto para Olívia. – Mas não conta para ninguém. – Sussurrou para ela. – Também estou bebendo refrigerante quente. As bebidas que esse povo comprou parece estar tudo vencida.

And, oh

Ele não está errado, pensou Olívia. Quando a menina pegou um copo de cerveja e olhou a cor, pensou que era mijo.

I'm alive, I'm alive, I'm alive

- Qual é seu nome? – Perguntou o garoto.

- Olívia e o seu? – Bebeu um gole do refrigerante.

- Day. – Sorriu.

A biblioteca da cidade era única

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A biblioteca da cidade era única. Por funcionava em um prédio antigo, precisava de reformas urgentes. As paredes estavam descascando e o teto cheio de goteiras inesperadas. Cassidy se perguntava se havia chovido em quanto estava em Aliança. Apesar da decadência, era um prédio imponente, de arquitetura gótica. A porta da frente era pesada, emoldurada por um portal com vitrais coloridos. Com andares e corredores escuros, a biblioteca, era praticamente iluminada pelas grandes janelas. Muitas delas com vidros remendados e que davam um certo ar de mistério a cada canto. Não havia ninguém no local. Por que aqui?, se perguntava Cassidy. A menina fez um rápido feitiço para fazer as suas mãos emitirem luz. Uma sombra passou por Cass fazendo a garota ficar assustada.

- Está sozinha? – Indagou Camila, saindo das sombras.

- Sim, mas tenho que tomar cuidado. – Annabel e Jonathan saíram das sombras. – Elas vão desconfiar de mim em algum momento.

- Não se preocupe. – Annabel apertava firme a espada que usara para golpear o marido pelas costas. – Nos levem até elas.

- Temos assuntos a serem resolvidos. – Jonathan viu Cass abrir um rasgo no ar.

- Vamos. – A jovem abriu espaço para que Annabel e o seu marido passassem pelo rasgo. - Não vem? – Perguntou assim que o casal sumiu.

- Tenho que voltar ao casarão. Eudorick não pode desconfiar de mim. – Camila sorriu para jovem. – E tenho que cuidar da quinta bruxa logo.

Cassidy olhou para Camila, e os olhos da garota brilharam em dourado. A mulher se desfez no ar e a garota passou pelo rasgo.

As Cinco Bruxas de AliançaOnde histórias criam vida. Descubra agora