Capítulo 11

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Olá pessoal! Essa atualização está "repetida" porque eu fiz algumas mudanças na história, acrescentei detalhes e desenvolvi melhor certos aspectos que eu senti que estavam muito rasos. Dada essas mudanças, o que eu já postei deu uma alongada. Fiquem a vontade para relerem os capítulos antigos e aproveitarem os novos.

Após esse fatídico dia, eu acabei entrando em um comportamento bem solitário, passo o dia todo no meu quarto e mantenho o celular desligado, quase não tive contato com o Harry, ele anda bem afastado e isso de me deixa bastante angustiada não sei se ele está planejando algo ou apenas teve o suficiente e se cansou.
A pior parte é que hoje é o meu aniversário e meus pais organizaram uma festa para mim mesmo depois de tudo o que fizeram, eu nem sei o que pensar de toda essa hipocrisia. Eu estou agindo no modo automático, das poucas opiniões que me pediram eu simplesmente concordei com a minha mãe e voltava logo para o meu quarto, até mesmo o meu vestido foi totalmente escolhido por ela eu só provei para os ajustes.
Apenas ontem eu liguei o meu celular e convidei os meus amigos para virem hoje, eu não vou conseguir me manter sem eles, eu só não deixo de comparecer na festa para não dar o gostinho aos meus pais de terem mais motivos para falarem mal de mim.

Passo o dia tentando disfarçar a minha cara de descontentamento e treinando meu sorriso falso e frases prontas para os absurdos que vou ouvir.
Quando anoitece, Cathy é a primeira a chegar, graças ao bom universo porque eu preciso muito dela para me ajudar a ficar bonita, qualquer maquiador contratado pela minha mãe faria um circo no meu rosto
-Laura eu te amo muito, porque olha, eu tive que conversar com sua mãe cinco minutos e já pensei em me matar- ela revira os olhos e faz cara de nojo
E pela primeira vez em dias eu consigo dar um sorriso genuíno
-Imagina ser filha dela- eu não contei nada para os meus amigos sobre a última discussão eles não iam conseguir segurar o ódio como eu, então é melhor assim.
Cathy me ajuda em tudo e eu aos poucos consigo ir me desprendendo da minha cara de tristeza profunda, já pronta eu me preparo para descer, eu já consigo ouvir as pessoas conversando no andar inferior
-Você está simplesmente perfeita- Cathy me olha orgulhosa
-Graças a você, isso aqui é um milagre- paro para encarar meu reflexo no espelho
-Para com isso, vamos descer eu quero dançar-
-Vamos- saímos do quarto e ao chegarmos no topo da escada eu realmente me surpreendo com a quantidade de pessoas, não imaginei que eles fossem chamar tanta gente.
Descemos e as pessoas vem até mim me parabenizar, sou simpática e extremamente educada com todos, não vou deixar nada me abalar hoje, após muita falação e falsidade finalmente consigo chegar aos meus amigos que estão em um canto, minha mãe vem até mim e me abraça, fico imóvel sem saber como reagir
-Me abrace também- faço o que ela diz e correspondo, logo ela termina o abraço e me encara quase sorridente -Eu estou tão impressionada, você foi uma verdadeira princesa hoje, não só hoje como nos últimos dias, eu estou gostando de ver, você não me causou nenhum estresse e desgosto nesses últimos dias, continue assim- ele sorri e se retira, sinto minha tristeza crescer de uma vez, minha mãe só gosta de mim quando eu praticamente não existo, olho em volta e sinto como se todos me observassem, o ar começa a faltar e sinto vontade de chorar, começo a recuar e então o Eric agarra o meu rosto e me cola nossas testas
-Ei, me escuta, respira junto comigo- ele começa a respirar devagar e profundamente sigo sua respiração e começo a me acalmar, focar apenas na respiração dele no meio das pessoas falando e da música faz eu me distrair dos pensamentos anteriores
-Tá mais calma?- ele pergunta separando nossas testas
-Sim estou, obrigado- sorrio para ele
Cathy me abraça apertado e eu me sinto bem Jason faz o mesmo e eu me recomponho
-Obrigado gente, vocês são incríveis- me emociono por ter eles na minha vida
-Agora vamos curtir e tirar o melhor dessa festa- Jason diz e todos concordam, vamos até o bar e pedimos drinks, bebemos, dançamos, tiramos fotos e eu me sinto viva pela primeira vez em dias.
-Eu preciso ir ao banheiro- Cathy diz
-Vem comigo- a puxo pela mão até o banheiro do andar superior, pois esse com certeza vai estar mais tranquilo
-Me espera aqui- assinto e ela entra
Vou até o espelho do corredor e me ajeito
-Laura- me viro e vejo o Harry
-Ah, oi- eu confesso que não estava nem me lembrando dele
-Você está simplesmente perfeita- ele começa a se aproximar
-A Cathy está no banheiro- digo em voz baixa, ele agarra a parte de trás do meu pescoço e cheira o mesmo -Harry, por favor, alguém pode ver- Harry ri na curva do meu pescoço e eu sinto o cheiro forte de álcool, tento afastá-lo, mas ele agarra também a minha bunda -Não!- tento me desvencilhar e sinto o pânico me tomar quando ouço a Cathy destrancar a porta -Me solta agora!- o empurro com toda a minha força, ele agarra os meus braços e me puxa para dentro de seu quarto, ele fecha a porta, me segura por trás e tampa a minha boca
-LAURA?- ouço Cathy me chamar do lado de fora, me debato, mas o Harry me segura com ainda mais força, ouço os passos dela se afastando e então finalmente o Harry me solta
-Você precisa dormir, está bêbado- vou em direção a porta, mas ele me agarra, me joga na cama e me imobiliza
-Você estava radiante lá embaixo- Harry começa a distribuir beijos no meu pescoço e colo
-Eu preciso descer Harry- nem tento me debater, pois o aperto dele já está doendo o suficiente
-Não, agora sua festa é aqui e comigo-
-Eu não quero, por favor, me solta- tento afastá-lo com as pernas mas sem sucesso,
Harry me observa e eu gostaria de saber o que passa na mente dele, ele retira a camisa e me encara sorrindo
-Sabe o que me deixou tão frustrado esses dias?- nego com a cabeça em resposta
-É que eu percebi que o meu pai estava certo- me choco ao ouvir isso
-Sobre o que?- pergunto confusa
-Eu de fato sou igual a ele, eu facilmente faria qualquer coisa para te ter pra mim- ele sorri e eu o encaro completamente assustada -Mas no meu caso você seria a minha prioridade e não um filho, você é minha Laura- ele diz e pousa a cabeça na curva do meu pescoço, ele suga a pele do meu pescoço e abre o zíper do meu vestido, ele desce o mesmo e passa a chupar os meus seios, meu corpo esquenta automaticamente, esse ponto é muito sensível
-Eu vou te foder do jeito que eu sempre quis- ele me beija e passa para o meu pescoço, mas aos poucos o Harry vai diminuindo o aperto e eu percebo que ele dormiu, então eu consigo sair de debaixo dele, o encaro por um momento ainda tentando absorver o absurdo que ele disse, tento arrumar meu vestido, mas eu ouço alguém na porta, corro para dentro do closet e me escondo na escuridão do mesmo, a porta se abre e a minha mãe entra, ela tranca a porta e eu me sinto aflita, ela não pode me ver aqui de forma alguma, consigo arrumar o meu vestido e fico bem quietinha, ela vai até o Harry e o observa dormir, ela acaricia do peitoral ao abdômen do Harry de uma forma estranha e então ela se inclina e o beija na boca, levo as mãos até a boca e fico sem reação, perco as forças das pernas e caio para trás fazendo barulho, ela ouve e vem até o closet, ascende a luz e me vê caída no chão, a expressão dela é de pavor, mas logo se transforma em raiva ela agarra o meu braço e me joga para fora do closet
-Laura, o que são esses chupões no seu pescoço?-
-Não são chupões- ela anda de um lado para o outro com as mãos na cabeça
-Laura me diga que eu estou errada ao pensar o que eu estou pensando- eu não consigo dizer nada, eu não estou dando conta de assimilar tudo, ela agarra os meus braços com força
-ME DIZ QUE NÃO TEM NADA ENTRE VOCÊS- abaixo a cabeça e choro eu nem sei bem porquê, por ter sido descoberta ou por ver o que ela fez com o Harry
-VAGABUNDA- ela grita e me atinge no rosto com um tapa que me faz cambalear
-COMO VOCÊ PODE?! VOCÊ PASSOU DE TODOS OS LIMITES!- ela vem para cima de mim e me desfere vários tapas, não tenho nem tempo de reação, ele me empurra no chão e eu fico apoiada nos meus braços
-Limites?! Você abusou dele!- dizer em voz alta trás mais peso ainda, ela gargalha e me encara
-Deixa de ser burra, eu e ele temos um caso- nesse momento o pouco de sanidade que eu tinha se acaba, se ele tem um caso comigo então ele pode ter com ela também, ela me agarra pelos cabelos e me encara
-Agora eu vou te mandar para bem longe daqui- ela me agarra e me arrasta até o meu quarto e me arremessa no chão
-Junte todas as suas coisas agora- ela fecha a porta e a tranca em seguida, levanto e começo a juntar as minhas coisas, provavelmente ela vai me expulsar de casa, nem sei quanto tempo demora até eu terminar, mas quando eu guardo tudo já está amanhecendo. Tomo um banho, coloco uma roupa casual e me deito, ouço a porta sendo destrancada e me sento, quando a porta se abre vejo os meus pais
-Juntou tudo?- minha mãe pergunta
-Sim- digo sem qualquer tipo de emoção
-Pegue o que aguentar- ela diz
Pego duas malas e ela e o meu pai pegam o resto, sigo eles, já no andar inferior eu vejo vários funcionários limpando a decoração da festa e vamos até o carro onde colocamos todas as minhas malas, entramos no carro e eu não digo absolutamente nada, eu não tenho energia para isso. Depois de uns quarenta minutos chegamos no aeroporto, e vamos até a pista onde vejo o jatinho do grande amigo do meu pai, ele para o carro e então descemos do mesmo
-Estamos te mandando para um colégio interno- minha mãe diz
-Onde?-
-Na Suíça- meu pai diz, vejo os funcionários levarem as minhas malas
-Onde estão meus documentos?- pergunto a minha mãe e ela me entrega a sua bolsa de ombro
-Estão aí, junto com seu novo celular e número- ela diz e eu dou as costas e vou em direção ao jato
-Vai ter uma mulher te esperando do aeroporto o nome dela é Gretha- meu pai grita
Entro no jatinho e me acomodo, quando vejo o carro deles indo embora eu começo a chorar, a aeromoça me explica toda a trajetória de voo e a parada que vamos fazer, assinto e fico olhando pela janela. Eu estava tão bem com os meus amigos, agora eu estou aqui, é tudo culpa do Harry e da minha mãe, soco a minha mesma de raiva e desmonto derrotada, ligo meu celular novo e só tem o número dos meus pais e essa tal de Gretha, na bolsa estão todos os meus documentos e um cartão de crédito do meu pai, pelo menos não estou completamente abandonada, guardo tudo de volta na bolsa e aprecio a paisagem, eu vou tirar o melhor dessa situação eu vou usar esse tempo longe de todos para mim, chega de toda essa loucura.
Após uma parada para reabastecer e eu comer, finalmente chegamos em solo suíço. Ao descer do jatinho encontro a tal Gretha que me recepciona calorosamente, ela me conta um pouco sobre as coisas daqui enquanto esperamos a alfândega acabar de inspecionar minhas malas, assim que sou liberada, Gretha e eu entramos no carro e o motorista coloca minhas malas no porta-malas, enquanto seguimos para a escola observo as lindas paisagens
-É permitido sair da escola e passear pela cidade?- pergunto voltando minha atenção a Gretha
-Aos finais de semana é permitido- ela diz, me animo e volto a observar a beleza da cidade, eu definitivamente vou gostar desse lugar.

ObsessivoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang