Capítulo 10

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Entro em baixo do chuveiro e tomo outro banho, o que aconteceu entre mim e o Harry não sai da minha cabeça, eu devia ter feito algo, mas eu sou tão fraca, as lágrimas começam a brotar, eu só queria ter tentado mais, mas o meu medo não permite, pelo menos ele não me machucou fisicamente.
Termino o banho e visto a minha roupa, ao sair do banheiro vejo Harry chegando, ele caminha até mim e eu me afasto sem conseguir controlar meus próprios instintos
-Está com medo?- ele pergunta em tom debochado
Nego e o encaro, Harry sorri e agarra os meus braços
-Você sabe que eu sei quando você mente, não adianta tentar- ele me beija e eu correspondo, mas encurto o beijo
-Como você pode estar com medo depois do orgasmo delicioso que eu te dei?- a vergonha me corrói e eu viro o rosto
-Eu não quero falar sobre isso- digo seca
-Podemos fazer de novo então?! Sem conversa fiada- ele agarra a minha bunda ao dizer isso
-Eu não quero!- o encaro temerosa e ele sorri e me solta
-Eu vou pegar leve com você, pode ficar calma- ele acaricia meu rosto e me dá um selinho -Mesmo eu querendo tanto te foder- ele sorri e por fim deita na cama, sento na beira da mesma e encaro a cidade, já anoiteceu e finalmente eu paro para reparar em mim
-Eu estou com fome- digo sem o olhar
-Já pedi para trazerem o jantar no quarto- ele diz e eu assinto
Ligo a televisão, coloco em qualquer coisa pois não consigo nem concentrar, eu realmente não entendo como o Harry foi capaz de ir tão longe comigo depois de tudo que ouvimos hoje, não é possível que ele já tenha absorvido tudo.
A comida chega e nós nos sentamos para comer, nem nesse momento eu consigo de fato estar presente, eu me sinto estranha, não pareço eu mesma, meu corpo não parece meu, eu me sinto alheia a essa situação, por sorte Harry parece não perceber nada, está focado no celular, como tudo e volto ao sofá, mas Harry me puxa para a cama
-Vamos dormir assim, eu preciso disso- ele diz aconchegando o rosto no meu pescoço
-Tudo bem- é a única coisa que eu digo antes de me perder em meus próprios pensamentos.

Harry faz o checkout enquanto eu o espero no estacionamento, ele sai do elevador falando no telefone com a nossa mãe, esta a tranquilizando, ao entrar no carro ele encerra a ligação
-Tive que atender, ela não parava de ligar- ele diz irritado, assinto, para mim ela sequer mandou uma mensagem, engulo a raiva e respondo os meus amigos, esses sim se preocupam comigo.
Em casa eu vou para o meu quarto e deito na cama, eu não consigo descrever o modo como eu me sinto, minha mente tá uma bagunça e eu não consigo silenciá-la.
Ouço alguém bater na porta do meu quarto e eu já imagino que problema surgirá agora
-Vai embora, por favor- grito da minha cama
-Mesmo se for eu?- ouço a voz do Eric, corro abro a porta e o puxo para dentro
-Oi!- o abraço e ele corresponde
-Tive que vir até aqui para saber de você- ele segura o meu rosto
-Desculpa- me sinto mal por deixá-lo assim
-Não precisa se desculpar eu só me preocupo com você, como sempre- o olhar dele me faz desabar, deito minha cabeça em seu ombro e choro
-Ei ei eu estou aqui- ele acaricia o meu cabelo e me segura firme, o carinho e cuidado do Eric me faz chorar ainda mais, ele é um amigo tão perfeito, eu não sei com quem mais eu poderia contar além dele.
Ficamos assim até eu conseguir me acalmar, sentamos na cama e ele termina de secar minhas últimas lágrimas, acaricio o rosto dele e faço o possível para sorrir em agradecimento, infelizmente eu e Eric notamos ao mesmo tempo marcas roxas nos meus pulsos e a expressão amena dele se transforma abruptamente
-O que é isso?- ele pergunta exaltado
-Nada!- digo cobrindo as marcas
-Foi o desgraçado do seu irmão não foi?!- o tom de voz dele exalta e eu temo que o Harry possa ouvir
-Por favor, calma tá tudo bem- tento acalmá-lo
-Tudo bem onde Laura?! Eu vou acabar com quem fez isso! Me fala agora se foi ele ou não- antes que eu possa pensar em algo para fazer ele se acalmar, Harry abre a porta do meu quarto e meu maior medo se torna real
-O que está acontecendo aqui?- Harry pergunta calmamente, isso me faz ter ainda mais medo
-Nada Harry- digo paralisada
-Foi você que fez isso no pulso dela?- Eric vai direto ao ponto, Harry encara meu pulso e dá um leve sorriso
-E se for? Está preocupado porque? Por acaso vocês são namoradinhos?- ele me encara e eu fico paralisada
-Não, não somos, mas aparentemente eu sou o único que se importa com ela aqui- Eric diz e eu vejo o sorriso sarcástico do Harry desaparecer
-É mesmo?- Harry caminha até o Eric e os dois ficam cara a cara
-Harry, o Eric já está de saída- pego no braço do Eric -Vamos- puxo o Eric, eu não quero que eles briguem
-Eu não tenho medo de você- Eric diz e o Harry sorri
-Devia- Harry diz com um olhar ameaçador, saio com o Eric e o levo até a porta da frente
-Mil desculpas por isso, podemos conversar em outro momento- Eric esfrega o rosto, ele parece estar procurando as palavras certas antes de falar
-Laura eu sei que você não vai me contar então, por favor, só não permita que ninguém faça esse tipo de coisa com você- ele beija os meus pulsos e acaricia o meu rosto, ele quase diz algo, mas para antes de iniciar -Eu já vou Laura- ele se afasta hesitante
-Tchau Eric e desculpa mais uma vez- ele sorri sem vontade e vai embora, o observo caminhar até a sua casa e permaneço na porta, não quero voltar e encarar o Harry, ele vai me castigar eu tenho certeza.
Quando finalmente tomo coragem e volto para o meu quarto ao chegar na porta, ouço meus pais e o Harry conversando no meu quarto
-O que está acontecendo aqui?- pergunto confusa e todos me encaram bravos
-Eu que te pergunto Laura, um rapaz no seu quarto sem nossa permissão!- minha mãe se exalta comigo
-Nossos pais ouviram tudo Laura, estamos todos preocupado com você irmãzinha, nós queremos te proteger- Harry diz como se realmente fosse verdade, mas eu sei bem qual é a intenção dele, eu realmente não entendo, eles nunca se importaram comigo o que é isso agora? Só pode ser coisa do Harry
-O Eric é só um amigo, uma das poucas pessoas que realmente se preocupa comigo- sou sincera em minhas palavras para convencer meus pais, mas Harry fica extremamente irritado
-Ainda sim é um garoto- minha mãe diz
-Ele só estava preocupado comigo, eu não estou muito bem- confesso
-Laura isso não importa!- minha mãe declara e eu já sinto a vontade de chorar surgir
-Para ele importa- seguro o choro e a encaro
-Está insinuando o que Laura?- ela se aproxima irritada
-E precisa mãe?- digo raivosa
-Você erra e vem atacar a mim?- ela se faz de sínica e isso me enfurece
-O problema é sempre eu não é mãe?- exalto a minha voz
-Você não cansa de ser assim Laura?- meu pai pergunta
-Assim como pai?- o desafio trazendo a tona ainda mais a minha raiva
-Uma decepção- ele diz e suas palavras me cortam profundamente, meu pai nunca tinha falado isso para mim, nem minha mãe chegou perto de ser tão clara, seguro as lágrimas e ergo a cabeça
-Saiam do meu quarto!- grito e os aponto a saída -Não finjam que se importam comigo- aponto o dedo na cara deles -Eu prefiro muito mais que me tratem como uma invisível como de costume do que venham com esse teatro barato, sejam os pais de merda que sempre foram!- coloco todo o meu ódio para fora enquanto grito com eles, minha mãe rapidamente me dá um tapa que faz meu rosto virar, nesse momento eu sinto como se meu mundo ficasse em silêncio, vejo o Harry indo para cima da minha mãe, saio do quarto e corro para fora da casa, todo o meu ódio se esvai e dá lugar a uma tristeza profunda e dolorosa onde eu sequer consigo dizer algo, no jardim eu paro e busco o ar que está faltando enquanto as lágrimas começam a vir, Harry vem e me abraça por trás
-Me deixa em paz!- imploro
-Eu estou aqui por você meu amor- grito de dor em meio às lágrimas, eu só queria que tudo fosse diferente, caio de joelhos no chão e o Harry continua abraçado a mim, coloco a minha dor para fora enquanto tento me desvencilhar do Harry
-Eu estou aqui para você, fica comigo só eu posso tirar essa tristeza de você, eu sou sua família, seu namorado, eu sou tudo para você assim como você é para mim- o encaro, eu não encontro acolhimento ou algo assim, mas eu me agarro a ele mesmo assim ele é o que eu tenho, ele está aqui por mim, o abraço e ele me pega no colo, vamos para o carro dele, Harry sai com o carro e acabamos novamente no mesmo hotel, ele me deita na cama e fica abraçado a mim
-Foi você que fez aquilo? Foi uma das suas vinganças?- pergunto quando eu finalmente consigo parar de chorar e consigo organizar meus pensamentos
-O que?- ele me encara
-Nossos pais- digo encarando o teto
-Não, eu...-
-Quer saber? Eu não importo- o interrompo e volto a abraçá-lo
-Eu te amo tanto Laura- ele acaricia meu cabelo
Harry puxa o meu rosto e me beija, naturalmente o beijo fica mais intenso e o Harry começa a me despir lentamente, eu queria ter forças para parar isso, mas agora nem faz diferença, Harry distribui beijos por todo o meu corpo, terminando sua trilha na minha boceta onde inicia um oral que começa a me tirar do meu turbilhão de sentimentos e pensamentos negativos, o calor toma o meu corpo e a sensibilidade da minha intimidade me trai em uma onde de prazer repentina muito forte, agarro o lençol e gemo enquanto me contorço, essa sensação é muito nova, Harry agarra a minha bunda e puxa ainda mais em seu encontro e como um instinto eu mexo meu quadril para sentir ainda mais esse prazer, sinto meu orgasmo se aproximar, então eu mexo ainda mais os meus quadris e então vem a explosão de sensações, minha mente fica em branco por alguns segundos e quando eu recobro a consciência vejo o Harry se masturbando enquanto me observa, ele aproxima seu pau da minha buceta e goza na mesma parecendo se deleitar com a visão, fecho os meus olhos, não quero ter que encarar ele depois de como eu agi, mas ele me levanta e me lava para o banheiro, onde ele me banha, me seca e veste. Quando a comida pedida por Harry chega, ele me coloca em seu colo e me dá comida na boca, e eu só consigo me sentir como uma boneca nas mãos dele, após a comida ele me deita na cama faz cafuné em mim até eu dormir.

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