Lençóis brancos no varal

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Uma ventania estava chegando, Dana estendia as roupas de seu filho um garoto porco quem nem as propiás cuecas freadas lavava. Talvez lavasse por achar que aquilo fosse sua obrigação, mas não posso concordar com esse pensamento de merda, enfim, Dana cresceu em uma cidadezinha pequena e quando se casou ao contrario de Deen sua irmã que foi embora para o mais longe possível.

     A coitada era quase cega e seu óculos não ajudavam muito e por isso ela não podia pegar os outros cestos na lavanderia. A madeira deu um alto grunhido ao ser pisoteada o cesto com lençóis brancos é levantado e levado até o varal, seu rosto foi soprado pelo vento.  -Não acredito que vai chover. Disse para si mesma. O sopro foi dado na nuca desta vez. -Porquê não manda aquele filha da puta lavar a propiá cueca? Ele não passa de um bebê chorão que nem o cú limpa direito. Sussurrou o vento em seus ouvidos. -Pegue esses lençóis e o machado faça o que for preciso. 

Do chão o cesto foi pego, algumas horas depois seu filho retorna a casa. -Preparei um delicioso bolo para você querido, chocolate.  Cheio de fome o garoto nem se incomoda com cesto em cima da mesa. -Esta do jeito que você gosta? Ele sorri com a boca cheia. -Chocolate querido, chocolate, o mais caro da venda. Com apenas um golpe ela corta a mão do menino. -Deveria aprender a lavar sua propiá cueca seu imundo, não sou obrigada a ver sua merda. Ele tentou recuar, mas o machado entrou em suas costelas. O corpo do garoto foi enrolado nos lençóis e enterrado junto ao do seu pai no quintal. 

A Mariposa: Canções para o Diabo.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora