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AI. MEU. DEUS! NÃO CONSEGUI AGUENTAR ESSA AFLIÇÃO. PRECISEI POSTAR!

*

Aviões voavam no céu, espalhando fumaça e avisando que a guerra havia, finalmente acabado.

Pessoas se abraçavam na rua, festejavam e alguns outros sentiam suas perdas...

No bar, as moças e cavalheiros da equipe de Steyce, erguiam seus copos, fazendo um brinde a ela.

-À capitã. -A ruiva fala.

Todos ao redor ignoravam aquela cena. Parecia que ninguém sabia que uma das maiores heróinas​, havia morrido para poupa-los.

*

No mar do Ártico um cargueiro, não um qualquer, mas um com o nome Stark no casco andava pelas águas.

O radar apita.

-Senhora. -Um dos tripulantes a chama.

Howina vai até ele. Pelo visor via um objeto quadrado, brilhante e azul.

-Nos leve ao próximo ponto de grade. -Howina dá a ordem ao capitão do navio, que assente e segue para seu posto.

-Mas não há vestígio de destroços. -O tripulante fala. -E a assinatura de energia acaba aqui.

-Continue procurando. -Ela diz, sem tanta cerimônia.

*

Na base subterrânea secreta britânica​, os agentes encaixotavam todo material. Philips caminha até o agente Carter. Ele deposita uma pasta na mesa dele, o olha por um momento e se vai. Carter pega a pasta.

CAPITÃ AMÉRICA: INATIVA

Carter puxa a foto de Steyce de dentro. Foi a primeira foto dela quando chegou ao acampamento para recrutas. Uma loira, baixa e extremamente magra, contudo, ainda era linda e a mesma por quem ele havia se apaixonado.

*

A população, enfim, soube do feito da garota.

Ficou comum ver crianças pintando as tampas da lata de lixo com azul, vermelho e branco, e imitando a capitã. Não só as meninas, que agora tinham um ícone feminino imponente, mas os meninos, que começaram a entender o valor de uma mulher. O valor daquela mulher.

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Nova York.

-Bola curva, alta e fora. -Uma voz abafada falava.

Steyce ainda tinha dificuldade em abrir os olhos. A forte luz que iluminava o recinto era cegante. Contudo ela abre os olhos.

-O Dodgers empatou, 4 a 4.

Steyce franze o cenho. Onde ela estava?

-A multidão sabe que um movimento do taco dele é capaz de mudar o jogo todo. -A voz continuava a falar. -Está um dia maravilhoso aqui em Ebbets Field. O Phillies conseguiu empatar em 4 a 4. Mas o Dodgers tem 3 homens na base.

Steyce encara o teto, com o cenho franzido. Ela decide se levantar. Analisa o local. Parecia normal, mas algo estava errado. Ela continuava a ouvir o rádio, atentamente.

-O Pete se inclina para atirar a bola. Rebateu! Uma bola rasteira. Passa direto pelo Rizzo.

Steyce se vira para olhar o rádio.

-Reizer vai para a terceira base. Durocher acena para que corra...

A porta se abre. Um médico, com os cabelos bem penteados entra no quarto.

-Bom dia. -Ele a cumprimenta com um sorriso nos lábios. -Ou devo dizer "boa tarde"? -Ele olha seu relógio.

-Aonde estou? -Steyce ainda mantém seu cenho franzido.

-Num quarto de hospital em Nova York. -O médico fala.

O rádio continua intrigando ainda mais Steyce:

-Que jogo tivemos aqui hoje, pessoal!

-Aonde estou de verdade? -Ela volta a perguntar.

-Acho que não entendi. -Ele responde, simpático, mas estava começando a ficar nervoso.

-O jogo! É de 19 de maio de 1941. Eu sei disso porque eu estava lá! -Steyce se levanta, e o médico da um passo para trás. -Vou perguntar de novo: aonde estou?

O médico aperta um botão de pequeno dispositivo que estava em sua mão.

-Capitã Rogers...

-Quem é você? -Ela aumenta o tom.

Dois homens altos entram, e Steyce vai para trás, surpresa.

Steyce começa a lutar com os dois. E joga os dois contra a parede, que , de tão frágil, se quebra. Ela percebe que aquilo era falso e pula pelo buraco que os dois fizeram.

Steyce nota que era um cenário a sala era muito estranha.

-Espere, capitã Rogers. -O médico pede.

Steyce sequer o ouve. Desata a correr pela porta que encontra.

-Todos os agentes. -O médico fala pelo intercomunicador, que ecoa por toda a instalação. -Código 13! Repetindo: todos os agentes! Código 13!

Steyce sai em um outro ambiente. Todos começam a correr atrás dela. Ela os empurra como se fossem brinquedos.

Steyce desvia de muitos homens e mulheres de ternos, que a seguem. Até ver a rua. Era estranha, até. Sem se importar, apenas com o desejo de fugir, ela sai daquele lugar, e dá de cara com a rua, desatando a correr, enquanto carros buzinam para ela.

Ela para, olhando ao redor, bem no centro da Times Square. Ela fica confusa e surpresa com tantos televisores coloridos e grandes que mudavam a todo momento. Algo insano demais.

Carros a cercam e homens armados saem.

-Descansar, soldado. -Uma voz diz, atrás dela.

Um homem, de pele chocolate e usando um tapa olho, caminha até ela.

-Olha, eu sinto muito por aquela encenação, mas achamos melhor ir contando aos poucos. -O homem fala.

-Contar o quê? -Steyce pergunta, ainda respirando com dificuldade.

-Você dormiu, -O homem fala. -Por quase 70 anos.

Steyce recebe a notícia como se fosse uma bomba. Olha ao redor, na esperança de encontrar algo que diga que aquilo era uma mentira. Não era!

-Você vai ficar bem? -Ele pergunta.

-Vou. -Steyce murmura. -É que eu... Tinha um encontro.

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E essa é a hora que todo mundo sai do cinema...

Eu, felizmente, nunca fui "todo mundo"...

E vocês?

AH! EI! ESPERA! OLHA AQUI! Eu nunca perguntei para vocês como vocês imaginavam os personagens, ou se tinham algum dream cast, mas eu ouvi meus amigos dizendo que imaginavam x ator como o Peter Carter e y atriz como a Steyce Rogers, mas e você? Me diz aí!

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~Capitã América retornará em Os Vingadores~

Capitã América - A Primeira VingadoraWhere stories live. Discover now