– Eu estou bem. O bebê está chutando muito hoje. Talvez ela só esteja muito animada em se mudar pra cá – envolvi meus braços no pescoço de Quinn e movi meus lábios em sua direção. 

– Bem, isso faz três de nós – Quinn sorriu suavemente e segurou suas mãos em minha barriga, rindo contra meus lábios quando ela rapidamente sentiu nossa criança chutando contra sua mão. Com o som de pés pequenos descendo correndo a escada e nossa filha rindo animadamente, Quinn acrescentou –, vamos tornar isso quatro de nós.

– Você queria que nós tirássemos esse velho, Fabray? – Eu parei de beijá-la por um momento para que pudéssemos nos afastar e prestar atenção as duas pessoas em pé ao lado do sofá branco prestes a ser trocado. Britt e Sant tinham ficado ainda mais estáveis durante os últimos meses, a ponto de que Britt estava se mudando para meu último apartamento para elas viverem juntas. As ameaças que eu e Quinn fizemos para Britt não a assustaram, tampouco as ameaças que ela depois sofreu de Puck. Não havia nenhuma forma que Puck deixaria sua filha Michele viver com uma pessoa que ele não aprovasse antes.

Mas os dois tornaram-se amigos rapidamente e, junto a Quinn, os três costumavam sair juntos para comer e assistir os jogos de seja lá qual esporte que eles curtiam. Aparentemente os dois estavam até mesmo a incentivando à jogar golfe com eles. Eu esperava que ela não aceitasse.

– Seria ótimo. Vou ajudar vocês com ele – eles acenaram com a cabeça e se viraram para o sofá, tentando encontrar um bom ângulo para carregá-lo. – Vejo você em breve, baby. Não pegue nada muito pesado! Eu farei isso – com um beijo na testa e seu dedão massageando minha barriga, Quinn sorriu suavemente e afastou-se de mim em direção aos dois.

Beth, Michele e Ashley pareciam ter abandonado suas tarefas de tirarem as coisas da van e levar ao quarto dela quando olhei pela janela e as encontrei correndo em volta do nosso novo quintal. Minha filha nunca teve um quintal antes e, agora, por causa de Quinn, ela tinha um.

Depois de tirarmos tudo da van e colocarmos dentro da casa, nós nos sentamos com grandes pizzas que Quinn pediu como uma forma de agradecer nossos ajudantes, e como uma forma de satisfazer meus desejos. Se eu não podia tê-la, a pizza era minha distante segunda opção. Não chegava nem perto. Nada se aproximava do amor de Quinn Fabray.

As mulheres nos ajudaram a abrir as caixas, deixando as coisas já demarcadas para facilitar quando eu e Quinn fôssemos arrumar. Com toda aquela ajuda, a mudança foi bem mais suave do que eu tinha imaginado, para o alívio de Quinn. Ela queria que Beth e eu morássemos com ela, mas ela queria fazer de tudo possível para evitar causar qualquer estresse para mim ou para o bebê. Com caixas ainda espalhadas pela casa às dez da noite, mas todos os itens necessários já guardados enquanto tantos outros precisavam ser desembalados. Nossos ajudantes saíram com crianças dormindo em seus braços e, enquanto Quinn carregava nossa filha para cama, eu me aconcheguei na cama de Quinn que agora eu podia chamar de nossa.

– Ela apagou. Eu acho que ela ficou exausta com toda a correria de hoje – Quinn disse, entrando no quarto e indo direto à suíte para escovar seus dentes.

– Eu sei. Eu consigo ver o quanto ela está animada morando aqui. Ela está apaixonada pelo quintal.

– Bem, eu fico feliz. Não é enorme, mas talvez seja o suficiente para colocarmos uns balanços. O que acha?

– Ela ia amar. Digo, uma piscina seria legal também, mas eu vou me contentar com um balanço – eu disse piscando um olho.

– Quem sabe um dia, Rae – Quinn subiu na cama um pouco depois, tirando seus jeans e puxando sua camiseta para fora. Ela nunca usava sutiã, não mais, e eu amava aquilo. – Você está cansada? – Ela levantou a sobrancelha e sorriu para mim, virando-se de lado de forma que metade dela estava sobre meu corpo, uma mão encontrando seu lugar na parte debaixo da minha barriga.

The Donor - FaberryWhere stories live. Discover now