Capitulo 2 "he cuts himself, she's being blackmailed"

213 14 0
                                    

********* Marcel a narrar***********

- o que aconteceu para estares neste estado? – Harry perguntou depois de um longo tempo de choro.

- ela deixou-me.- falei finalmente sentindo os meus olhos a encherem-se de lagrimas.

- a Madison? Impossível ela adorava-te!

- mas deixou-me – passei as mãos na minha cara e levantei-me. – como todas se vao embora. Sou apenas um estupido nerd. – encolhi os ombros e passei as mãos com força nos meus olhos tentando impedir as lagrimas.

- cala-me essa boca, lá por seres nerd ou não, não tem mal nenhum. – Harry levantou-se também e agarrou-me o braço fazendo-me olhar para ele.

- tu sabes que eu tenho razão Harry . –falei encarando-o. Ele abanou a cabeça negativamente e abraçou-me de novo.

- és perfeito como tu és Marcel, e nós amamos-te como tu és.

Não houveram palavras que pudesse expressar naquele momento, estava consumido pelos meus defeitos e não valia a pena contrariar Harry, era o mais teimoso de nós os 3.

- quero-me ir deitar um pouco. – sussurrei e afastei-me dos seus braços que me rodeavam tentando transbordar conforto e segurança para mim como se eu ainda fosse uma criança indefesa. É o que todos pensam de mim. Uma estupida criança de 4 anos que vai sempre correr para a mãe e precisa sempre de ajuda. Mas, eu não sou assim..

Abri a porta do meu quarto, um pouco com brutalidade o que a fez bater na parede imitindo um pequeno estrondo, fechei-a logo de seguida e tranquei-a á chave amadando-me para a minha cama. Rapidamente desarrumeia logo deixando os lençois azuis que estavam tao perfeitamente direitos na cama, estarem agora desleixados, e feios. As lagrimas voltaram de novo a escorrer como se fosse a ultima vez que escorreriam, fugindo do fim do mundo, o mais rápido que pudessem.

Apertei a almofada branca contra a minha barriga deixando soluços saírem da minha boca involuntariamente. A dor consumia todo o meu corpo como se estivesse a levar murros por todo o meu corpo que quase deixava de respirar por me estar a sofucar e a dar comigo em doido.

Num ápice levantei-me não sei bem porque e as veias dos meus pulsos começaram a palpitar. Na minha cabeça só ocorriam desgraças e uma ideia tentadora que não deixava de gritar. Agarrei os meus cabelos puxando-os com força e comecei a andar em zigzag. “tu consegues aguentar” era no que me tentava concentrar, “tu con-“

- dane-se ! – gritei alto e abri a 1º gaveta da minha mesa de cabeceira. Retirei a pequenina caixa castanha escura e sentei-me no chao encostando as minhas costas á minha cama. Abri a caixa e elas estavam a sorrir para mim. Senti o sangue dos meus pulsos palpitar cada vez mais alto pedindo por faze-lo.

Peguei numa delas, estava suja de sangue. As minhas mãos não paravam de tremer, e o desejo de o fazer estava cada vez maior. Subi a manga do meu pulôver e encarei o meu braço branco como a neve com pequenos riscos por ele, eram quase da cor da minha pele, mas não secaram por completo. Transportei a mão que tinha a lamina até ao pulso do outro braço posicionando-a sobre o meu pulso. Respirei fundo tentando parar mas foi mais forte que eu. Empurrei contra a pele com a máxima força e puxei-a para a direita, trazendo aquela dor que me aliviava a pele atras e deixando aquele sangue sair por ela que rapidamente me sujou o braço tanto. Nunca sangrara assim antes. Fazia-me sentir bem. Levantei a lamina e voltei a posicionar no pulso perto do primeiro corte, fazendo outro e assim sucessivamente. Porem tive de parar, já não tinha forças para mais um. Com a mão tremola coloquei a lamina de novo dentro da caixa e com a pequena manta bege que estava na minha cama coloquei-a sobre os meus cortes tentando parar o sangue.

- Marcel anda comer. – Edward gritou do andar de baixo.

Acenti com a cabeça mesmo sabendo que ele não iria ver. Levantei-me do chao, encarando-o, depois encarei as minhas calças, e a minha camisola, estava tudo sujo de sangue. Não me surpreendi isto sempre acontecia. Decidi vestir um pijama e tapei o chao com a manta que estava a estancar o meu sangue, enrolando no pulso um pouco de gesso (acho que é assim que se chama) e calcei as minhas pantufas. Destranquei a porta descendo. Estavam todos á mesa á minha espera. Edward, Harry, Gemma a minha irma a minha mae Anne. Sentei-me ao lado de Harry, e começamos a servir o comer.

********* Madison a narrar***********

“-sim?” -falei atendendo o telemóvel que já tocava á uns 10 minutos.

“- estava a ver que não atendeias miúda. “– Josh respondeu do outro lado.

“- não estava com cabeça, o que queres?”

“- fizes-te o que te mandei.?”

Soltei um riso irónico olhando o teto tentando evitar mais lagrimas.

“-sim.”- a minha voz falhou criando um nó na minha garganta.

“-linda menina, amanha, já sabes o que terás de fazer.” – ele disse gargalhando.

“-porque lhe queres fazer tanto mal?” – perguntei sentindo o nó aumentar cada vez mais

“-porque ele é um nerd e não merecia estar vivo.”

PI PI PI PI PI, ele desligou o telemóvel na minha cara, não merece estar vivo? Mas. Wtf?

s'hes everything i needOnde as histórias ganham vida. Descobre agora