Capítulo 6

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SELENE

Fui puxada para a realidade ao acordar. Eu não queria, mas uma urgência estranha me fez levantar. Drake ainda estava do meu lado, dormindo na forma humana. Ele devia estar muito cansado para dormir assim e no meio da noite. Estava com uma sensação inquietante de estar sendo observada, olhei em volta, tentando encontrar algo, porém estava escuro demais para enxergar qualquer coisa. Ignorando a razão, peguei minha capa e saí andando, seguindo uma necessidade desesperada de estar em outro lugar.

A Lua cheia não conseguia iluminar tanto o caminho por causa das folhagens dos pinheiros, e uma neblina suave começava a cobrir o chão, o que apenas piorava a visibilidade. Um calafrio percorreu minha espinha ao perceber que não havia nenhum som de animal por perto, apenas o vento soprando e as folhas das árvores. Nada de corujas, grilos ou qualquer outro inseto, parecia até que toda a floresta estava dormindo, menos eu. Era muito estranho.

Continuei andando sem rumo, tirando os galhos da frente, a última coisa que esperava era encontrar alguém, mas foi o que aconteceu. Era uma moça elegante com cabelo loiro-branco, de pé, parada numa pequena clareira, como se estivesse apenas esperando por mim.

Sua vestimenta era quase toda branca, o vestido tinha duas camadas, sendo que a de cima tinha uma fenda vertical da bainha subindo até o corpete, cobrindo parcialmente o tecido da camada de baixo a qual era azul escuro com pequenos pontos brilhantes parecendo estrelas, seriam pedras preciosas no vestido? Os sapatos, também brancos, estavam surpreendentemente limpos, a visão me fez sentir mal por estar com a mesma roupa há dois dias e estar dormindo no meio da floresta.

Nunca fui vaidosa ou tive grandes luxos, e nunca me preocupei com isso, mas ver essa diferença me causava desconforto. Eu queria a minha casa, a minha cama, a minha família de volta. Aquela vida simples era o suficiente pra mim, com o mínimo de limpeza e dignidade para a minha aparência e ego.

A misteriosa mulher não usava joias, apenas algumas pérolas presas no cabelo em meio rabo de cavalo. Era impressão minha, ou a pele de alabastro dela cintilava à luz da Lua?

Ela sorriu.

— Finalmente. Demorou um pouco mais do que esperava, mas sabia que viria.

Levantei uma sobrancelha. Ela estava mesmo falando comigo?

— Eu? Quem é você?

Ela ficou surpresa e talvez até ofendida.

— Não me reconhece? – Se eu soubesse, não perguntaria, pensei. Tomando meu silêncio como um convite, continuou. – Sou Diana.

Fiquei confusa por um segundo ou dois até que a ficha caiu. Ela era ninguém menos do que a Deusa da Lua!

Diana continuou a sorrir de um jeito que não chegava aos olhos. Era um sorriso prepotente e quase arrogante, porém, não diminuía a sua beleza divina e impecável. Mas havia alguma coisa estranha...

— Pode-se dizer que eu guiei você até aqui.

— Como assim? Por que eu?

Aquele sorriso não sumia do rosto dela, e isso estava começando a me irritar. Os olhos dela eram de um azul muito claro, eram densos e superficiais ao mesmo tempo.

— Você não sabe, mas possui um grande dom e por isso estive te esperando.

— Dom? Espera... Como assim, me guiou?

Selene e o Dragão {Degustação}Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora