Tivemos um pouco mais de trabalho, já que não tinha a filmagem da noite. Por um problema elétrico, as câmeras não funcionaram naquele dia, mas uma das recepcionistas lembrou-se de Manu, porque ela desmaiou minutos depois de fazer o pagamento.

A atendente disse que ouviu o cara lamentando ter esquecido a carteira no carro, por isso Manu se propôs em pagar.

Com todas as provas em mãos, era só aguardar André receber a intimação para comparecer à delegacia.

— Vai ficar tudo bem Manu. Vá para casa e tente descansar um pouco. Preciso ir para casa, Lia me aguarda com uma surpresa.

— Nem vou perguntar que surpresa seria essa – ela sorriu pela primeira vez no dia.

— É melhor mesmo.

Quando abri a porta de casa, me deparei com Lia e Ana sentadas no sofá conversando. Pelo visto minha surpresa tinha ido pelo ralo.

— Boa noite meninas.

— Boa noite Gabriel. Chegou tarde – disse Ana me alfinetando.

Era uma acusação?

— Tive um problema para ser resolvido. E você, o que faz aqui? Não deveria estar na faculdade?

— Achei que vocês estavam se entendendo – disse Lia se levantando em vindo em minha direção.

— E estamos. Só que eu adoro provocá-lo – disse Ana rindo.

— É a maneira de dizer que me ama? – provoquei.

— Que história é essa que você ama minha mulher?

Beto surgiu atrás de mim aparentemente cansado.

— Você pegou o bonde andando – falei rindo e o cumprimentei – terá alguma reunião da qual não estou sabendo?

— Não que eu saiba. Vim pegar Ana e Valentina.

— Pegar Ana até entendo, mas para onde pensa que vai levar minha filha?

— Essa noite somos suas babás. Vou pegar Valentina e já volto – disse Ana se levantando do sofá e indo em direção o quarto da minha filha.

Olhei para Beto e depois para Lia procurando respostas. Ela apenas piscou sorrindo.

Minutos depois Ana voltou com Valentina ainda dormindo em seus braços, e com sua bolsa em seu ombro.

— Amanhã tenho apenas uma prova as dez, então vocês não precisam madrugar para pegá-la. Divirtam-se crianças e providencie logo um irmão para Valentina.

Ana sempre tinha a última palavra. Como Lia mesmo gostava de dizer, Ana não tinha trava na língua.

— Até mais cara. Podemos marcar algo no fim de semana, só nós dois.

— Fechado.

Quando eles saíram, me virei para Lia.

— Enfim, sós – disse ela colocando os braços sobre meu pescoço e me beijando.

Correspondi seu beijo levantando seu corpo e levando para o sofá. Sentei com ela em meu colo, sem interromper o beijo. Coloquei minhas mãos por dentro de sua blusa, aproveitando que ela estava sem sutiã.

— Senti sua falta – falei enquanto distribuía beijos por seu pescoço.

— Não mais do que eu.

Soltei seus cabelos que estavam presos com um lápis, deixando-os cair em uma bagunça sobre seus ombros.

— Gosto deles assim – falei voltando a lhe beijar.

Tentei arrancar sua blusa, mas suas mãos me impediram.

— Ainda não.

Ergui minhas sobrancelhas querendo saber o motivo.

— Eu disse que tinha uma surpresa. Por que não vai tomar banho no banheiro do corredor e depois me encontra no quarto?

— O que está aprontando?

— Faça o que digo e pare de perguntar.

Lia se levantou e seguiu para o quarto.

— Algo a mais dizer? – perguntei quando ela alcançou o corredor.

Lia parou e olhou sorrindo em minha direção. Havia um sorriso sedutor em sua boca.

— Não precisa vestir nada para entrar no quarto.

Com isso se virou e entrou no quarto.

Eu mal podia esperar para ver o que ela tinha aprontado.

A sua esperaWhere stories live. Discover now