O Anel Amaldiçoado

167 15 0
                                    


Quando eu completei 19 anos, eu entrei para o Quartel da Aeronáutica no Campo dos Afonsos-RJ, e minha esposa estava grávida. No meio do ano, minha esposa teve o bebe e eu fui pai aos 19 anos.

Como a situação começou a apertar, meu cunhado que era dono de uma Lanchonete ao lado do Hospital Carlos Chagas em Marechal hermes, Subúrbio do Rio de Janeiro, vendo meu desespero financeiro, me convidou pra fazer um bico na lanchonete aos sábados, domingos e feriados, que seriam dias de pagodes e ele precisaria de ajuda.

Um belo sábado a noite, a lanchonete estava lotada e estávamos na correria, quando de repente me entra na lanchonete um rapaz mau vestido, sujo e visivelmente drogado vindo em minha direção, eis que o rapaz me oferece um anel grosso, que aparentemente seria de Prata com uma camada de Ouro, e que havia escrito nele 3 letras, o que parecia ser iniciais de algum nome, as letras eram: "J P E", ele queria vender por 100 Reais, para usar em mais drogas.

Como eu não podia pegar um vale de 100 reais, pois seria muito dinheiro, eu peguei o que tinha na minha carteira, 10 reais e ofereci para o rapaz, que estava desesperado para usar drogas, então ele aceitou os 10 reais.

Atenção: Não quis incentivar ele a usar drogas ok? Mas o anel me parecia muito caro e eu estava precisando de dinheiro, por isso fiz o rolo com o rapaz. Dei os 10 reais, na intenção de vender por 100 reais que era o valor que ele queria.

Voltando ao assunto... Comprei o anel do rapaz e imediatamente coloquei em meu dedo e voltei a trabalhar.

Passando uma semana mais ou menos, eu estava na Kombi do quartel levando o Cabo Aluísio (Que Deus o tenha, pois hoje ele é falecido), que era estafeta do Brigadeiro comandante da Unidade, para uma reunião no Centro do RJ  e mostrei a peça pra ele.

Como a esposa dele era ourives, ele me perguntou se eu não queria apagar as letras que existiam no anel e escrever o meu nome "Junior".

Eu achei a idéia ótima e entreguei o anel de prata com ouro pra ele levar...

Na outra semana, ele me trouxe o anel com o meu nome gravado e com uma novidade; o valor do anel era altíssimo por ele ser de ouro 18K com ouro branco no lugar de prata.

Fiquei ainda mais satisfeito e decidi não vender o anel no intuito de tirar uma onda com meus amigos pelo valor do anel, que hoje, seria em torno de uns 2 mil reais.

A partir daí, minha vida começou a "andar pra trás" literalmente, pois tudo passou a dar errado e a me complicar...

Sujei meu nome com cheques, cartões de crédito, meu cunhado me dispensou, eu perdi minha etapa eventual, que eu ganhava por ser motorista do quartel e outras coisas mais, como doenças na família, ,minha esposa, meu filho e etc...Desde então, minha vida deu um revira-volta e tudo passou a dar errado.

Passaram-se mais ou menos uns 3 anos e eu continuava passando apertos e necessidades financeiras e etc...
Quando um certo dia, eu estava passando no corredor do quartel e encontrei com o Cabo Evanir, que era espírita e me parou me interrogando:

Júnior, como está a sua vida? Você está passando por necessidades e apertos, não é mesmo?

Como eu nunca tinha exposto a minha vida pra ninguém, eu fiquei assustado e respondi:

Estou Evanir, a coisa ta complicada pra mim, mas vai melhorar!

Foi aí que ele me falou:

- Mas você sabe porque está passando por isso? É porque você está com uma coisa que não te pertence, e o verdadeiro dono, foi assassinado e roubado! E outra coisa... Você é médium não é? Você não costuma ver, ouvir ou sentir coisas?

Fatos sobrenaturais Onde as histórias ganham vida. Descobre agora