– Baby, isso faz cócegas – resmunguei, nós duas começando a rir enquanto eu gentilmente eu a afastava ao puxar sua cabeleira bagunçada.

– Ai, meu Deus – Quinn respirou fundo. Suas mãos voltaram a minha barriga e começaram a passear por elas até as minhas coxas, puxando meu corpo para que eu me sentasse em seu colo, cada perna de um lado dela, praticamente a montando. – Eu não posso acreditar – seus olhos se voltaram para mim, arregalados e com lágrimas, e ela balançou a cabeça gentilmente para os lados. Ela parecia tão inocente, tão vulnerável em ter uma vida tão louca. Mas ela nunca tivera uma vida simples, e aquele era exatamente o problema.

– Eu também não posso acreditar. Ainda estou tentando processar – minhas mãos deslizam dos seus braços até seus ombros, onde massageei gentilmente, meu dedo esfregando círculos contra sua pele macia. Quinn continuava a olhar para mim e então para a parede atrás de mim, descrença estampada em seu rosto. Beijei seus lábios e, com seu rosto entre minhas mãos e braços, escondi meu rosto em seu pescoço, apreciando aquele momento de carinho com minha namorada.

– Quando você descobriu?

Porra.

– Amor, eu não quero que você fique chateada comigo – eu disse num murmuro baixo, sem afrouxar meu aperto nela. Suas mãos pararam de esfregar minhas coxas e subiram pelo eu quadril, empurrando-me tão levemente para longe, mas eu não a permiti. – Eu já sei faz três semanas.

– Três semanas?

Ah, fodeu.

– Por que eu ficaria chateada por isso? – Quinn riu de leve diante do meu biquinho e olhos húmidos de lágrimas quando eu enfim me afastei e a encarei, dessa vez meu rosto revelando descrença. Como ela podia ser tão compreensível? – Querida, você devia estar provavelmente muito chocada quando descobriu. Eu sei que nós nem sempre usamos preservativo, mas você usava anticoncepcional. Eu duvido que você esperasse por algo assim, especialmente tão cedo na nossa relação.

– Você acha que é cedo demais? – Imediatamente perguntei, procurando o rosto de Quinn por alguma hesitação e internamente estremecendo caso ela dissesse que sim.

– Nada é cedo demais com você. Eu quero tudo com você. Claro, algo assim está um pouco mais adiantado nos nossos planos, mas não é "cedo demais". Essa expressão faz parecer que é algo ruim, e isso não é algo ruim – Quinn falou com um sorriso, o brilho e profundidade em seus olhos me reassegurando que ela falava a verdade com cada palavra.

– Não é algo ruim – repeti, observando seu rosto se iluminar um pouco mais. – E sim, eu fiquei chocada. Eu não sabia como lidar com isso e minha mente ficou doida com todos os tipos de pensamentos. Eu sinto tanto por não ter contado antes, eu me senti como uma vadia.

– Não peça desculpas. Teria sido legal descobrir quando você descobriu, mas eu entendo por que isso não aconteceu. Posso perguntar, porém, por que você não me contou antes do primeiro ultrassom? Eu queria ter estado lá com você.

– Eu estava assustada, Quinn. Honestamente, eu estava petrificada o tempo inteiro. Eu fui ao ultrassom para confirmar a gravidez e assentar quaisquer dúvidas eu tinha; por que e se eu estivesse reagindo tão terrivelmente e não estivesse nem mesmo grávida? E apenas descobrir que nós estamos tendo nosso segundo bebê – Quinn sorriu pateticamente diante daquilo, sua felicidade radiando mais e mais quando eu chamei o bebê de nosso –, mas também descobrir o quanto você quer esse bebê. Eu estou tão feliz com você, Quinn.

– E eu estou feliz com você. Sempre estive. E você não compreende o quanto eu estou fodidamente entusiasmada que eu vou ter essa criança com você. Nossa pequena família está crescendo, amor – espontaneamente, ela tomou meus lábios apaixonadamente entre os dela e eu não tive opção senão beijá-la de volta por um momento até que ela se afastou. E ali estavam os hormônios de gravidez de novo. – Agora tudo que precisamos é de um filhote de cachorro e uma casa.

The Donor - FaberryWhere stories live. Discover now