Minha Doce Perdição - Trilogia Homens Apaixonados - Livro 3

Capítulo 13

Samuel Ferrari

Eu entro na grande sala onde estão todos e meus convidados de honra.

-Olá cavalheiros. - entro sorrindo e arrancando minha touca. - Como estão?

-Que pergunta mais idiota essa sua... - resmunga o delegado. - Pra que me quer aqui?

Eu me aproximo dele sorrindo e encosto minha arma na sua cabeça.

-Você me conhece cara, não brinca comigo. Você e esses dois babacas, estão aqui por serem burros.

Delegado da policia federal, prefeito e o promotor.

Três homens que estão na minha mão, mas por um descuido eu acho, se esqueceram do nosso acordo.

-Eu passei meses fora do país e não gostei nada de saber, que vocês não cooperaram como deviam. Você promotor, Fernandez que merda está fazendo? Eu disse pra você que era pra você esquecer meus homens e não mexer na vidas deles. Mas não você ainda ajudou na condenação de um dos meus homens. - vou até ele que me olha assustado.

-Eu... eu não tive escolha.

-Nós sempre temos, você está aqui por ser ganancioso e querer subir de cargo, eu já disse que posso te tornar Juiz, mas pra isso... Você precisa me ajudar, não é Prefeito? - viro e vou até o Prefeito Robson.

-Eu não fiz nada. - fala quase se borrando nas calças.

-Não? Se tivesse feito o que mandei, não estaria aqui. - sorriu friamente pra ele. - Sabe porque você é prefeito hoje? Porque eu banquei sua candidatura, seu merda. - dou um tapa na sua cara. - Se eu te banquei é pra mim ter facilidades e claro, você está ganhando uma boa grana.

-Não funciona assim, você como advogado devia saber. - resmunga.

-Eu não sei de nada caralho, eu quero o que eu peço, na hora que eu peço. - grito. - Vocês não estão lidando com traficantes de favela, estão lidando comigo. Viram minha obra de arte ontem na Tv? - eles afirmam com a cabeça. - Então se não me obedecerem aquele será o caminho de vocês.

-Eu estou me deitando com aquele velho, amiguinho de vocês, lembram de mim? - Sueli tira a touca e vejo eles assustados, por não saberem que ela trabalhava pra mim. - Eu estou perto de vocês, principalmente de você promotor. - ela sorri. - Eu sou mulher sim, mas eu acabo com a vida de vocês, da suas famílias, dos seus filhos se esse homem chamado Cobra me mandar.

Vejo eles engolirem seco.

Eu olho pro Ítalo que está rindo da reação deles perante uma mulher.

-Ouviram ela? Espero que sim, pois eu não vou chamar vocês pra outra conversa. Da próxima vez vão direto pra debaixo da terra, fui claro o suficiente?

-O que você quer da gente? - pergunta Fernandez.

-O que sempre pedi, facilidades e meus homens na rua. - falo. - Eu tenho muita gente na minha mão e vocês são uns desses, então cooperem comigo e minha organização e tudo ficara bem.

-Você está planejando algo grande não é? - pergunta o delegado. - Isso pode te prejudicar, você está no meio de muitas coisas que estão acontecendo no país.

-E eu te perguntei algo? E todos os que estão presos... Vão ficar lá por serem burros. E eles sabem que não podem me delatar, ou suas famílias estariam em perigo. - falo normalmente. - Eu não deixo rastros, sou diferente de vocês. Eu não tenho meu nome ligado a ninguém. Pra todos os efeitos eu não existo.