Colégio novo

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Já fez uma semana que cheguei em São Paulo, depois daquele furo do meu pai ele me pediu diversas vezes desculpa por não ter ido me buscar, teve emergência no trabalho e não tinha como sair. Julia tá sendo incrível pra mim, aonde vai me leva, faz de tudo para que possa me sentir confortável, já me deu diversos presentes para que eu possa decorar meu quarto e é óbvio que eu aceitei, não sou boba, presente não se recusa jamais.

Na noite do dia que eu cheguei tive uma longa conversa com meu pai, falamos bastante sobre o meu futuro, sobre o eu quero pra mim vida, tive vontade de zuar ele falando que meu futuro é vender arte na praia mas não estou afim de ficar órfã de pai também, porém meu momento de paz acabou quando ele disse que vou estudar em um colégio interno, fico no colégio de segunda a quinta, essa não entende, ele não me chamou pro Brasil pra gente recuperar o tempo perdido. Como vou recuperar qualquer coisa ficando presa na escola, ele tá achando que sou o que Alice Albuquerque, a mãe morta já tenho, o pai sem noção também, só me falta um gato que nem o Pedro mas não sou sortuda pra tanto, ou seja só vou passar raiva estudando o dia inteiro.


Sobre o filho da minha madrasta se vê ele três vezes essas semana foi muito, segundo Julia ele só chega muito tarde por conta da faculdade mas enfim pouco me importa mas aparentemente hoje ele vai ser responsável por me levar no colégio, espero que ele seja um pouco mais educado

- É serio que vou ter que levar a pirralha mãe, já vou avisando que não vou ser motorista dessa garota
- Pode ficar tranquilo Heitor, a pirralha não quer atrapalhar e só me passar o endereço que vou de Uber -disse enquanto descia as escadas
- Nada disso gente, parou vocês dois em, meu filho vai te levar, você é nova aqui não conhece nada é perigoso, não vai ser um problema né Heitor ?
- Claro mãe -disse saindo em direção a cozinha
- Desculpa, ele brigou com a namorada e agora tá assim com esse humor péssimo

Então que dizer que o insuportável tem uma namorada, que dó dela ter que lidar com esse humor péssimo. Depois de tomar café da manhã sai com o bonitão cretino, obviamente não trocamos nenhuma palavra durante o caminho, chegando só agradece a carona e desce do carro batendo a porta com força, ninguém mandou me chamar de pirralha.

Colégio novo, quanto tempo não vivo essa experiência, ainda por cima isso aqui é enorme, me sinto totalmente perdida

- Oi tudo bem ? Aluna nova né, sua cara de perdida te entregou, sou a Thalyta e esse é o inútil do meu namorado -disse a garota que acabou de surgir na minha frente
- Oi Thalyta, oi namorado inútil
- Nossa já te adorei -fala dando risada
- Obvio que adorou, prazer eu sou o Phelipe
- Eu sou a Maia prazer e de fato eu estou totalmente perdida
- Pera você é filha do doutor Gustavo né
- Sim, você conhece meu pai ?
- Minha avó e enfermeira chefe do hospital que seu pai trabalha e esse aqui -aponta pro Phelipe - é melhor amigo do Heitor
- Entende, que coincidência
- Coincidência nada, Heitor pediu pra que a gente te ajudasse.

Tá okay isso me pegou de surpresa, justo ele que nem olha na minha cara se mostrou preocupado como eu seria recebida no colégio novo, que menino mais estranho.

O primeiro dia foi até que tranquilo, Thaly me apresentou todos os seus amigos, todos foram bem receptivos comigo e para minha sorte Thalyta é minha parceira de quarto, junto com uma amiga dela que não veio hoje mas de tanto a Thaly falar dela é como se eu já tivesse conhecido. Agora estou aqui no quarto arrumando algumas coisas enquanto os meninos estão todos jogados no chão do quarto, Levi, Thiago e o Phelipe, todos bandos de fofoqueiros querendo saber como é morar nos Estados Unidos e obviamente a Thalyta que puxou esse assunto, segundo ela era necessário saber melhor quem eu era, ela não poderia dividir o quarto com uma estranha e com isso passamos o resto do fim da tarde conversando e se conhecendo.

O recomeçoWhere stories live. Discover now