Capítulo 13

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Breno

Depois de uma noite regada a sexo de todas as formas, acordo muitobem e feliz. Estou enroscado na Lorena como uma erva daninha e, ela,a mim. Solto-a devagar para que não acorde e saio da cama em direçãoao banheiro. Tomo um banho rápido, coloco uma boxer preta e vou emdireção a cozinha para preparar o nosso café da manhã.

Faço ovos mexidos, preparo café, suco, torradas e queijo branco.Acho que já está bom. Não vejo Lorena comer muito de manhã, entãoacredito que tenha acertado nas minhas escolhas. Enquanto preparo ecoloco tudo no balcão, fico pensando na noite passada. Enfim, pediLorena em namoro. Já era algo que queria ter feito antes, mastravava toda vez que pensava em pedi-la. Lorena sempre deixou claroque não queria relacionamento. Porém, ontem, quando ela começou afalar do chefe, meu sangue ferveu. Como assim, tem um idiota pertodela todo dia e ainda se insinuando?! Eu tinha que tomar uma atitudelogo, pra mostrar a todos que ela tem namorado e que eu souextremamente ciumento.

Graças a Deus ela me surpreendeu aceitando! Achei que ela fossepirar. Ainda bem que me enganei. Termino de arrumar o balcão equando estou indo em direção ao quarto, a campainha toca. Estranho.São nove horas da manhã de um sábado, quem será? Olho pelo olhomágico e vejo um homem levemente grisalho com a cabeça abaixada.

Abro parcialmente a porta e o homem olha em minha direção. Franze atesta.

– Quem é você? – o homem me pergunta.

Vejo algumas semelhanças com Lorena. Puta que pariu! Só pode ser opai dela. Merda! Isso lá é maneira de conhecer o sogro!? Abro aporta completamente e deixo que meu sogro entre no apartamento.

– Bom dia, senhor Otávio, certo? – pergunto inseguro. Nuncaimaginei que conheceria meu sogro apenas de cueca boxer.

– Bom, vejo que estou em desvantagem. Você sabe quem eu sou e euainda não sei quem você é! – estende a mão esquerda em minhadireção. Estico a minha e retribuo o gesto.

– Meu nome é Breno Fernandes. Sou o namorado da Lorena. – seuOtávio eleva uma sobrancelha em descrença.

– Isso desde quando? – sorri e eu relaxo um pouco.

– Estamos saindo há uns dois meses, mas a pedi em namoro ontem. –ele senta-se no sofá e eu até faria o mesmo se não estivesseincomodado com os meus poucos trajes.

– O senhor me dá licença um instante!? Vou colocar uma roupa.

– Deixa de bobagem, rapaz. Já fui jovem e não sou nenhumpuritano. Fico feliz que minha pequena esteja namorando. E me chamede Otávio. Senhor me deixa muito velho.

Ainda fico sem graça, mas ele sorri largamente e vou relaxando ospoucos.

– Acabei de fazer um café, está servido? – aponto para o balcãoe seguimos para a cozinha.

– Sim, obrigado Breno. Diga-me como conseguiu convencer Lorena aaceitar um relacionamento. Venho tentando durante algum tempoconvencê-la, mas nunca consegui.

Sirvo uma xícara de café a ele e sento em sua frente.

– Bom, Otávio. Lorena é uma mulher sensacional, linda, engraçadae muito difícil. Tem um gênio muito forte, mas esperei pelo momentocerto que, no caso, foi ontem.

– Que bom que teve paciência, rapaz. Sei bem como minha filha éteimosa e geniosa! – rimos juntos.

– Sinto muito pela forma como nos conhecemos, Otávio. Nunca quisconhecê-lo assim.

– Tudo bem, Breno. Na verdade eu já sabia da sua existência –ergo uma sobrancelha. – Primeiro fiquei sabendo por João Vitor edepois minha pequena contou pra mim e pra mãe dela sobre o homem queela estava conhecendo.

Meu Desejo - REPUBLICAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora