Capítulo 28

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N/A: Boa tarde, amores! Segunda feira começou tensa pra mim. Espero que gostem do capítulo.

Beijos, Jull Evans


Julia

Eu parei. Ele tinha acabado de falar as palavras que pensei que disse, ou meu cérebro problemático estava me fazendo ouvir o que queria?

Tinha coragem de virar e ver se ele ainda estava parado na sua porta? Não, eu era muito covarde para isso. Se ele não estivesse lá, eu certamente iria desabar e não podia correr este risco, não aqui.

Sem olhar para trás, entrei no meu escritório e fechei a porta atrás de mim antes de cair contra ela. Eu deslizei para baixo lentamente, soluços silenciosos me sacudindo. Eu ouvi o que ele disse? Ele realmente disse que me amava, também? Se ele o fez, porque não estava lutando por mim? Por que não estava me impedindo de deixá-lo agora? Por que ele se recusara a reconhecer o nosso amor na noite passada?

Caída no chão, escutei enquanto ele ia embora. Ele fez uma pausa do lado de fora da minha porta, antes de seguir em frente. Quando ele tinha ido e eu sabia que estava sozinha, deixei os soluços realmente virem. Me balancei para frente e para trás, lamentando um amor que nunca poderia ser.

Eu realmente precisava ir para casa. Eu tinha tanta coisa para fazer e tão pouco tempo para isso. Felizmente, eu não era muito de coisas materiais, então eu não tinha muito organizar para ser armazenado. Terminei de arrumar o resto das minhas coisas no escritório. Quando terminasse, seria como se eu nunca tivesse existido aqui. Adam tinha me permitido a manhã de folga e eu precisaria dela para terminar de fazer as malas. Fazer as malas para uma estadia longa era bem diferente de fazer as malas para duas semanas anuais no sol.

Adam me deixou com um itinerário para a primeira semana. Eu tinha uma reserva num hotel para os primeiros seis dias, foi o mesmo hotel no qual Henry tinha ficado. Então eu iria me mudar para o meu próprio apartamento na Rue de Seine, uma rua tranquila, pelo que me contaram, em um prédio com vista para o rio. As fotos do apartamento mostraram que eu estaria vivendo no luxo durante a minha estadia. A cobertura tinha um terraço e uma varanda além da suíte master. Ele tinha outros dois quartos menores, o que significava que Cassie e Jess poderiam vir visitar sempre que quisessem. Eles com certeza amariam o estilo chique antigo do lugar.

Depois de passar algumas horas fazendo as malas e separando o que iria para doação, desmoronei na cama. O sono me levou e apaguei.

Não estava exatamente claro quando acordei, me sentindo grogue, mas consegui me arrastar para fora da cama e para o banheiro. O chuveiro morno fez pouco para me fazer sentir humana, mas teria que ser o bastante. Passei as três horas seguintes organizando minhas coisas. Coisas que eu gostaria de levar comigo, mas não podia, coisas que eu queria deixar aqui, mas era necessário levar comigo. Memórias de Henry estavam por toda parte: na pasta que coloquei em minha bagagem de mão, com sua caligrafia forte do lado de fora. Me vi a acariciando mais de uma vez antes de a colocar na bolsa.

Meu telefone apitou e o peguei para ver que já havia três mensagens me esperando. Huh, eu nem ouvi o som das notificações antes. A mensagem mais recente era de Cassie, me dizendo que sentiria minha falta e me veria em breve. Eu sabia que ela estava ansiosa para uma viagem de compras em Paris. A próxima era de Jess. Sua mensagem era mais calma, dizendo que ia sentir minha falta que estava com raiva por eu estar indo. Ela pensava que eu estava fugindo e ela podia ter uma certa razão. A primeira mensagem tinha chegado um pouco depois das oito horas e era de Henry.

Adam diz que você não vem hoje.

Então eu acho que isso é um adeus, pelo menos por agora.

Vou sentir saudades, Julia, não importa o que você possa imaginar.

Aproveite Paris! Você sabe onde eu estou se você quiser falar ou me perguntar qualquer coisa.

E sim, você me ouviu corretamente quando saiu do meu escritório ontem à noite.

Henry.

Eu estava de joelhos, chorando. O filho da puta babaca, ele tinha feito isso de propósito. Ele ainda estava lá quando parei, ontem, e agora eu ficaria imaginando e se...

Uma forte batida na minha porta anunciou a minha carona para o aeroporto, Connor. Ele insistira e não tive coragem de recusar. Eu sabia que ele iria sentir saudades e eu realmente sentiria falta dele, também. Ele era um sopro de ar fresco que eu realmente poderia aproveitar agora. Me recompondo, eu abri a porta e ele entrou. Um olhar para os meus olhos e ele soube.

— Ah, Julia, o que ele fez agora? — ele perguntou me puxando para um abraço.

Entre soluços e lágrimas, consegui dizer a ele.

— Ele me disse que ele me ama, também, mas agora eu estou indo para Paris e não vou vê-lo por um bom tempo. Ah, Connor, que confusão isso tudo virou. — ele me deixou chorar até que eu terminasse.

Nossa viagem para o aeroporto foi silenciosa, nenhum de nós sabia o que dizer. Não havia nada que qualquer um de nós pudesse dizer, pelo menos por agora. Connor esperou comigo na sala de embarque da primeira classe até que meu voo foi chamado. Nos abraçamos com força e ele prometeu me visitar em breve.

— Tchau, Connor. Por favor, cuide dele para mim. — eu disse a ele antes de ir para a fila de embarque.

Adam tinha reservado um lugar para mim na primeira classe; a longa viagem de Seattle a Paris significava que eu estaria a bordo durante a noite. Meu lugar podia ser convertido em uma cama e girava, me dando total privacidade. A cabine da primeira classe não estava cheia, apenas um ou outro executivo e eu. Antes que nos mandassem desligar os telefones, peguei o meu e mandei uma mensagem para Henry.

Eu também vou sentir saudades.

Vou enviar atualizações regulares e mandar seu amor para Ingrid. :) Lol

Julia

O comissário de bordo pediu para que todos os telefones celulares e dispositivos eletrônicos fossem desligados. Eu apertei o botão de desligar e coloquei o celular na minha bolsa.

Enquanto aterrissávamos na pista, uma lágrima rolou pelo meu rosto e eu estava impotente para detê-la. Eu chorei lágrimas silenciosas pelas horas seguintes. A aeromoça manteve distância, acho que percebeu que eu precisava ser deixada sozinha. Depois de um lanche leve, eu converti meu assento e me acomodei para a noite. Quando acordasse, estaríamos quase lá, ou pelo sobre menos a Europa.

Meus sonhos foram de um homem alto e atlético, com o cabelo da cor de ebáno e um sorriso de matar. Ele estava sempre lá, mas nunca perto o suficiente para que eu o tocasse. Passei a maior parte do tempo o perseguindo e chamando seu nome, mas ele não me ouviu. Ele nunca me ouviu e eu nunca o alcancei.

— Desculpe-me, senhora, estamos prestes a iniciar a descida. Poderia, por favor converter o assento de volta para a posição vertical? — um comissário perguntou, parecendo um pouco tímido e envergonhado por me acordar.

Fiz o que ele pediu depressa e em silêncio. Trinta minutos depois, estávamos pulando na pista do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, na França. A hora local era dez horas da manhã, o clima era cinza mas seco, e a temperatura era de dezoito graus. Um sinal dizia Welcome to Paris.

Respirei fundo e disse a mim mesma que eu podia fazer aquilo.

Tentação ProibidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora