Cap. 18

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Após aquela conversa mais que bizarra, eu continuei por um longo tempo ali, sem entender absolutamente nada. Meus olhos apenas seguiram em direção a frente, e, com os ombros encolhidos, eu esperava pela volta de minha prima com o noivo. Minha mente perdia-se facilmente em pensamentos de todas as formas, e as vezes, eu mesma não conseguia interpreta-los. Chegada a beira das três da tarde, eu já me sentia meio cansada. Em minhas mãos, onde estava meu celular, já havia colocado em um tipo de aplicativo de leituras online, para manter minha mente nele, apenas nele.

As vezes me pego assim, divagando, lembrando, lendo. Não que eu esteja reclamando, mas sinto saudades da minha antiga vida, da minha mãe. Eu queria saber como ela conheceu esse meu pai, como começaram a se gostar...não sei se eles se gostam, mas tudo aponta que sim. Estranho pensar que o príncipe das trevas tem um rolinho com sua mãe, ou uma paixonite, mas ele demonstra um certo carinho, em todas as vezes que tentei falar de minha mãe com ele. Lúcifer pega, olha pra frente, abre um sorriso e volta a me encarar, antes de dizer que minha mãe era uma pessoa maravilhosa quando se conheceram, que ela não teve medo dele, que ela o abraçava com carinho, lhe dava grandes sorrisos. E eu acabava sempre com uma cara que demonstrava: "Céus, ele ainda deve amar a minha mãe".

Só que isso nunca foi comprovado.

Em meio a mais um de meus devaneios, minha atenção se desviou do livro, para voltar a rua, onde tinha um homem parado, sério. Ele me olhava de forma intensa, e parecia estar me analisando. Em suas mãos, estava uma espada prateada, que refletia com um brilho impressionante, chegando a fazer meus olhos brilharem como diamantes. Não sei o que ele está fazendo, ou querendo, só sei que o assunto parecia ser comigo.

— Hey, Letizinha! — Olhei para minha prima que estava chegando, antes de olhar para o homem novamente, que havia sumido — Tudo bem? Desculpe a demora. Nós dois resolvemos fazer mais compras para nosso casamento.

— Hm, tudo bem. Eu fiquei esperando vocês, aqui. Bom, e já que acabaram de chegar, eu gostaria de saber se posso ir tomar um sorvete? Passei muito tempo aqui, sentada.

— Claro que pode, mas traga o pão para amanhã também.

Ela riu, me entregando o dinheiro, e eu levantei, colocando as moedas no bolso. Como ultimamente não tenho muito trabalho, essa vida está me deixando ainda mais entediada. E para aqueles que não entenderam ainda, eu trabalho assim: você faz um pacto para vingança sexual, ou desejos proibidos para que nunca sejam descobertos, e eu apareço. Crendo ou não, muitas pessoas fazem isso, com uma freqüência...esses dias estão calmos, pois estamos em época de muito trabalho, é final de ano, as lojas não conseguem mais fechar.

Em meu caminho, encontrei muitos casais se beijando, o que me deixou meio frustrada, já que não transo a muito tempo, e minha vagina já está tecnicamente pedindo por ajuda, igual a Marina Joyce com aqueles "helps" fake dela. Só que no caso, minha própria vagina está mesmo precisando de ajuda. Uma ajuda bem grande, ou de dedos bem habilidosos, que me façam delirar.

E mal foi pensar nisso, que já vi minha vítima andando.

Um rapaz nem tão auto, meio gordinho, mas com um sorriso bonito, e que dava para ver o volume de suas calças mesmo de longe. Ignorando meus antigos objetivos, já me aproximei dele, abaixando a blusa um pouco mais, para que o decote ficasse a mostra. E naturalmente, meu cheiro e meus olhos, o convenceriam a ficar duro.

— Olá, pode me ajudar? — O Encarei com um sorrisinho malicioso — Eu estou perdida.

— O-Oh, sim...ma-mas minha esposa está bem ali, ela pode te ajudar também. Sabe, ela é ciumenta e tudo mais.

— Ah, mas eu não tenho ciúmes, a chame aqui.

Ele assentiu, chamando a mulher que já veio me encarando. E esse foi o ato de burrice dela. Com os dois hipnotizados, seria fácil conseguir uma boa foda dessa forma.

Puxei ambos pelas mãos, antes de sumir por de trás do barranco, e sem demora, encostei a mulher contra a árvore, me ajoelhando e arrancando a fina calcinha, para joga-lá longe. Passei a abrir suas pernas, e apoiar as mesmas em meus ombros, enquanto a chupava com vontade, sentindo o clitóris crescer contra a ponta de minha língua, a cada nova passada. O homem estava massageando os seios da esposa, que gemia como uma louca, rebolando contra minha língua. Isso foi motivo para que eu me excitasse mais ainda com essas sensações.

E foi então, que simplesmente do nada, me veio uma ideia maluca na cabeça:

Por que não, uma suruba?

Afastei-me, deixando os dois se pegando, e subi novamente para a rua, encontrando mais quatro pessoas. Um casal homossexual, e dois caras que passeavam por ali, provavelmente indo para a casa de algum familiar, pois levavam caixas consigo. Mas acho que atrapalhei seus objetivos. Hipnotizando cada um, os levei até lá embaixo. O homem e a mulher já estavam praticamente tranzando, o casal gay se pegando facilmente, e eu me meti entre os dois homens, que tiraram minhas roupas e atacaram meu corpo, me deixando mais que molhada e exposta.

Fui chupada, e ganhei vários arranhões por minha pele. Eu sei, sou bipolar. Em um segundo estou inspirada a ser pensativa, no outro, estou com um belo de um cacete dentro da minha boca, pulsando tão quente que minhas entradas já se contraiam pedindo mais. A culpa é do desejo que sinto, do desejo que reina em cada centímetro do meu corpo. Sexo pra mim é poesia, é energia. Ser fodida, sentir os chupões, as passadas de mão, os olhares carregados de desejo, as bocas quentes. Tudo deixa-me entregue, forte, quente.

O jeito como um deles mexia o pau dentro de minha boca, enquanto outro usava dos dedos dentro de mim, revirar os olhos de prazer, massageando meus próprios seios, para sentir-me ainda mais desejada que o normal. Era uma conjunção de gemidos ao meu redor, sexo quente e potente. A minha frente, a mulher era fodida contra a árvore, e ao meu lado dois homens estavam com seus membros juntos, com um deles masturbando os dois, enquanto o outro movia os dedos dentro dele.

Céus, isso para mim é o paraíso.

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