Trinta e quatro: Pense menos

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Pensar, para mim, sempre foi muito mais fácil que falar. Primeiro, porque eu não gasto saliva, segundo porque, se eu fosse falar mesmo o que eu penso, nem teria mais amigos. Só que, os próprios,  preferem que eu diga mais do que pense.

- Qual é o seu problema? - Pedro jogou um guardanapo amassado bem na minha cara - Você não falou praticamente nada desde que chegou.

- Ah, é? Nem reparei - respondi sem dar muita importante. Eu não estava mesmo ligando para nada. Nem para o que eles pensam, nem para esse trabalho idiota de apresentação. Estava cansada. Cansada da vida.

- Para que tá feio - Bruna cochichou no meu ouvido - Que mal humor é esse?

- Eu só quero ir pra casa - choraminguei.

- Infelizmente ainda falta um bocado de coisa para estudarmos - ela disse como se soubesse o que eu estava passando.

- Tudo bem, Júlia, só mais um pouquinho - sussurrei para mim e não pude deixar de notar o olhar quente de João Felipe sobre mim.

Ergui o queixo e me concentrei em ajudar no tal trabalho. E assim se passaram horas e horas entre minhas reclamações, os cochichos de Bruna, as implicâncias de Pedro e os olhares de João Felipe. Esse último motivo em questão me fez ter vontade de me jogar no rio. Dá pra entender esse tipo de pessoa? Pode deixar que eu respondo. Não. Não dá. E convenhamos que ele nem deveria estar pensando em mim - se é que está.

Posso até estar errada, mas ele tambem tem sua porção de culpa. E talvez nunca fiquemos juntos. É, o mundo é cruel.

- Santo Deus, tenha misericórdia dessa criatura pessismista e dramática - Bruna revirou os olhos enquanto folheava uma revista.

- Não é drama, é realidade. Não aguento mais olhar pra cara do João - resmunguei indo até o banheiro lavar o rosto.

- Olha, você não chamou ele de João Felipe - ela sorriu.

- E daí? - parei na porta do banheiro com a toalha nas mãos. - Papo esquisito.

- Não tem nada de esquisito - ela se levantou dobrando a revista em uma página específica e apontou para uma manchete - Item 5 de Como Descobrir que (ainda) está apaixonada pelo melhor amigo.

Revirei os olhos e voltei para o banheiro. Ela veio atrás de mim ainda tagarelando. Que mundo é esse que nem no nosso próprio banheiro temos privacidade?

- Aqui diz que se você o chama de modo diferente é porque está evitando lembrar de alguns momentos específicos onde o apelido que você o deu foi algo importante - ela terminou de ler e sorriu para mim do espelho.

Revirei os olhos. Adoro fazer isso. Mas as pessoas não se tocam que tô entediada. Pelo menos a Bruna não.

- E isso tem alguma lógica?

- Claro que tem. Eu concordo super - ela arregalou os olhos convincentes.

- Tudo bem - me virei para ela e apertei as pontas dos dedos nas têmporas - Primeiro, eu só o chamava pelo nome completo dele, isso não é apelido. Segundo, nós nem éramos e nem um dia fomos melhores amigos. Então, não, não faz lógica. Mas, eu realmente gosto dele, Bruna, porém  eu errei. Não tem mais volta. Ambos estamos machucados demais para... Sei lá, nos perdoar.

Ela sorriu tristemente e me segurou pelos ombros.

- É nesse momento que nasce o amor, Júlia.

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Olá, queridoos! Quando eu disse que o livro estava quase acabando eu não imaginava que ele estaria quase acabando MESMO! Faltam somente três ou quatros capítulos para a história da Júlia terminar #Choremos. Mas você pode ler mais livros meus que estão disponíveis no meu perfil. 

Espero vocês ansiosos para essa etapa final do primeiro livro da série #FUL. 

Como tenho andado um pouco apertada para atualizar quatro livros de uma vez, queria saber qual livro vocês querem atualização  semanal? (sem vácuo POR FAVOR!)

Só isso mesmo. Amo vocês. Beijo

Câmbio, desligo!

NÓS BATEMOS 3K DE LEITURAAAAAAAAAAAAAAAASSSS. AMO VOCÊS DEMAAAAIIIISSS. OBRIGADAAAAAA!

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Faça uma Lista para Esquecer um Amor [Completo]Where stories live. Discover now