– Deve ser ansiedade por conta da mudança também. – o mais velho tirou as meias e subiu novamente na cama. – Afinal, ele nunca saiu do país desde que viemos para cá. – Jimin sentou ao meu lado e me abraçou pela cintura.

     – A respeito da mudança. – falei um pouco triste. – Jimin, tem certeza que quer voltar para Coréia?

     – Sim, eu tenho. Já estamos tempo demais longe de casa. – meu marido respondeu de forma firme. – Não se preocupe, vou proteger você e JungHyun.

     – Tenho medo de que aquele homem possa querer o meu filho, se passaram tantos anos. – suspirei o encarando. – Sabe que a família dele tem importância naquele país, os Jeon tem recursos de sobra para isso.

     – Mas eles não têm tanto direito, não depois de abandoná-la daquela maneira. – o mais velho arrastou lentamente sua bochecha sobre a minha, uma forma de me acalmar. – Alana, eu vou estar com vocês. Não se preocupe, nada vai acontecer a você e nem ao nosso filho.

     Mesmo com as palavras de Jimin eu ainda fico nervosa, com medo do que Jungkook possa fazer. No entanto, meu medo é ainda maior de que tal sentimento retorne, e que de alguma forma meu marido saia magoado do meio de tudo isso. Fiquei sabendo através de amigos que Jeon havia finalmente se tornado um dos melhores promotores do país, afinal cumpriu o que disse aquele dia, não permitiu que o obstáculo atrapalhasse sua vida. Sua frieza é algo que impressiona nos tribunais, apesar de que o mesmo teve uma ajuda para alcançar este êxito tão rápido, o sobrenome de uma das famílias mais tradicionais no meio jurídico.

     – Mamãe! Papai! – JungHyun apareceu correndo pela porta do quarto.

     – Vem aqui, campeão. – Jimin o chamou, e o garoto foi correndo até o lado da cama onde ele estava. – Está ansioso com a mudança? – o mais velho lhe ergueu do chão, e o sentou entre nós dois sobre a cama.

     – Muito, papai. – disse ele abraçado Jimin.

     Jimin realmente é um ótimo pai para JungHyun. Sempre que pode, reserva um tempo para brincar com o garoto. São muito apegados, às vezes nem eu aguento a bagunça dos dois. Acho que fiz a escolha certa ao aceitar me casar com ele, meu filho apenas ganhou um pai de verdade, um exemplo de herói ao qual se orgulha ao citar em sua turma no dia das profissões. Fico toda boba observando meus amores, me sinto como a mulher mais sortuda do mundo.

     – O que tanto olha, mamãe? – o pequeno perguntou curioso.

     – Nada, meu anjo. – disse sorrindo abobalhada, meu filho é realmente uma criança linda. – Amo tanto vocês.

     – Também te amamos, minha princesa. – disse Jimin, sorrindo como um bom orgulhoso apaixonando. – Campeão, dê um beijo e um abraço em sua mãe. – o mais velho sussurrou para JungHyun, no entanto, em um tom alto o suficiente para que eu pudesse escutar.

     – Te amo, mamãe. – o pequeno disse me dando um beijo na bochecha, e me abraçando com aqueles bracinhos fofinhos.

     Ficamos mais alguns minutos, apreciando aquele momento em família, é bem difícil meu marido ter o tempo disponível e a disposição ao mesmo tempo, mas de certa forma consigo compreendê-lo. Logo decidi me levantar para fazer café da manhã, panquecas no modo tradicional, e um bom chocolate quente, nada melhor para trazer boas energias para o dia todo. Hoje o dia será bem agitado, faremos um jantar de despedida para alguns amigos, uma forma de retribuir todo apoio que tivemos longe de nosso país. O começo não foi nada fácil, porém, o que uma união familiar não faz, certo?

     Ah, antes que imaginem besteira, Jimin não foi demitido. Meu marido simplesmente recebeu uma proposta para trabalhar, além de dar aulas no Hospital Universitário de Seul. Há quatro anos saiu formado de lá, em alguns dias retorna como parte do corpo docente daquela instituição. Ele aceitou de imediato, e eu entendi os seus motivos. Uma vez que retornarmos para Coréia, teremos mais tempo em família, sem mencionar que seus pais e seu irmãos mais  novo pesaram muito nessa decisão, o mais velho sente muita falta deles.

Between Two Loves      || PJM / JJKDove le storie prendono vita. Scoprilo ora