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Rafael só acordou no outro dia, estava meio zonzo e com dor de cabeça. Olhou ao redor e não conheceu de primeira, ficou um tempo olhando para os lados ate se lembrar onde estava, também estava sozinho no quarto, todo o acolchoado da cama estava embolado nele deixando bem quentinho.

Notou uma presença ao seu lado, se virou e viu que era o seu futuro marido sentado na cama o observando com a boca e roupas cheias de sangue, Leo o olhava com maior tranquilidade como se não se importasse em tirar o sangue.

"AHHHH" Gritou e caiu da cama junto com todos os cobertores que estavam embolado nele. O ensanguentado na cama apenas deu um sorriso com seus dentes afiados para Rafa como se fosse um bom dia. "O-o que aconteceu?!"

"Só estava fazendo o meu lazer." Disse não se importando com o castanho.

"L-Lazer?! Que tipo de lazer?" arriscou perguntar mesmo 'não tendo permissão'

"Matar coisas." Se levantou e deu a volta na cama indo de encontro Rafael que mesmo no chão ainda estava coberto e de olhos bem abertos.

"M-Matar? por lazer?!"

"Exatamente." se ajoelhou e engatinhou para perto de Rafael que se afastava conforme Leo se aproximava.

Leo já era bem dominante e estranho, ficou muito mais agora com esse sangue e seus olhos vermelhos que não saiam do menor. Chegou bem pertinho de Rafa e encarou por uns segundos com seus olhos escarlate e seus dentes pontiagudos com sangue e logo levantou e saiu do quarto deixando Rafa encolhido e horrorizado com o que recebeu de 'bom dia'.

Leonardo estava indo em direção ao banheiro se limpar e deu de cara com seu pai novamente com seu mesmo papo de sempre.

"Eae Filhão."

Leonardo apenas ignorou.

"Estou vendo que sua noite foi bem animada em?" perguntou olhando o sangue em seu filho.

Passou reto e continuou sua trajetória deixando seu pai falando sozinho.

"Esse garoto nunca muda..." disse Cowle decepcionado.

Rafael estava assustado com seu coração batendo a mil por causa de tudo que aconteceu. Não tinha necessidade de fazer essas coisas, fazia por diversão.

Se levantou e foi em direção as janelas do quarto que ainda estavam fechadas, as abriu e viu um 'mar' de árvores, o verde cobria quase tudo, era mata selvagem. Em sua casa, as árvores e outras plantas eram bem cuidadas e tinha um jardim somente de flores muito lindas que davam nas épocas, ali também tinha flores muito lindas e diferentes por ser outro lugar. Não deve ser tão sério 'não sair sem minha permissão', não ia virar um prisioneiro ali, em seus 20 anos, sempre foi livre, amava colher as flores.

Em meio aos pensamentos observando a paisagem, viu uma flor linda do lado de fora da muralha, ela parecia brilhar era amarela com detalhes laranja e vermelho, Linda.

Não se segurou e teve que ir busca-la. Foi em direção a porta e a abriu, olhou para os lados e não viu ninguém. Tinha que decorar o caminho de seu quarto para não se perder. Depois de um tempo analisando a situação, se transformou em lobo para não chamar tanta atenção como chama em forma humana e começou a caminhar em direção á saída do castelo descendo por varias escadas e salões que tinham ali, era ridiculamente grande. Chegou fora do castelo sem chamar a atenção de ninguém, agora era só sair da muralha.

Queria aproveitar um pouco também, respirar seu ar 'puro' matinal, saiu da muralha sem ninguém o impedir e foi em direção a onde se lembrava que estava a flor. A viu de longe, chamava muita atenção, se transformou em humano e ficou um tempo observando a flor até arranca-la do solo para por em um vaso, por um pouco de "cor viva" dentro daquele lugar.

Se transformou novamente em lobo e pôs a flor em sua boca para carrega-la para dentro. Ao entrar na muralha, muitos o encaravam, por ser um lobo diferente do 'normal' daquele lugar e também por causa da flor super chamativa, abaixou suas orelhas e colocou sua cauda entre as pernas e caminhou mais rapidamente para sair daquele lugar cheio de marmanjos o olhando.

Foi um alívio chegar dentro do castelo, agora era só voltar para seu quarto. Se transformou em humano novamente e caminhava tranquilamente com sua cauda balançando para um lado ao outro enquanto admirava a flor. Estava distraído que nem percebeu que tinha se perdido, eram tantos corredores e portas misturados com salões que nem sabia mais onde estava. Ficou com seu coração na boca, algo ruim poderia acontecer. Tirou sua atenção da flor e começou a prestar atenção no caminho olhando para vários corredores enquanto andava e andava.

Até que chegou em um corredor diferente, de lá vinha vozes másculas rindo até que pararam quando Rafa apareceu na frente desse mesmo corredor. Viu que era 2 lobos marmanjos com cicatrizes profundas, a orelha de um era cortada por parecer ser sinais de lutas e o outro tinha sua cauda com algumas partes na carne sem pelo. Começaram a andar em direção a Rafa.

"Ora Ora! O que temos aqui." disse o homem com orelha cortada.

"Um belo e jovem rapaz hmm?" o outro completou a frase chegando perto de Rafa que não se mexia, não sabia o que fazer.

Os ômegas tem a infeliz função de satisfazer seus alfas de qualquer maneira, também tinham um odor diferente, atiçava mais os seus instintos, e quando entravam em cio, esses instintos ficavam muito mais atentos e deixa qualquer alfa 'excitado' pelo forte cheiro que ômegas emanavam. Era uma espécie de 'chamado para acasalamento'.

"Oh, é um ômega!" disse o de orelhas cortadas, que quando chegaram bem perto, respirou bem fundo o cheiro de Rafa, que começava a se desesperar, mas seu corpo não se movia.

"He he... que tal..." o de cauda ferida deu a volta no castanho o deixando encurralado entre os dois. "Se brincarmos um pouco?"

"O-O... Que?- Rafa não entendia sobre o que discutiam, ainda era muito inocente nesses 'assuntos'.

Os dois grandes homens começaram a se aproximar perigosamente de Rafael que estava sem saber o que fazer no meio de tudo aquilo.

Caminhantes • ABOWhere stories live. Discover now