Ela é o problema ou a solução?

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O dia amanheceu, estou acordada desde as 5:00, mas parece que não dormir. Meu pai tirou meu sono, estou preocupada, ele passou a noite lá embaixo escutando o Cd da minha mãe, pude escutar a música daqui de cima acompanha por um cheiro de bebida, espero que ele não vire um alcoólatra louco e depressivo, apesar de que eu não esperaria menos diante das circunstâncias.
Levanto me arrumo e desço para ir para a aula, mas algo me chama atenção na lareira, ela está acesa e com alguma coisa dentro. Roupas. As roupas da minha mãe. Era isso que meu pai fazia à noite, queimava as roupas da minha mãe, lembranças de que ela já viveu aqui, mas não vive mais.
Subo a escada tão rapidamente que chego a tropeçar nos degraus e bato a mão na maçanetas da porta do quarto do meu pai, mas está trancada. Berro do lado de fora pedindo que ele abra a porta, mas não tenho respostas, não ouço nada além de um silêncio perturbador dentro do quarto. Espero que ele não tenha morrido, não posso perder mais ninguém. Então escorrega um bilhete por baixo da porta, "não me perturbe! Quero dormir!". Ele virou um alcoólatra.
Mesmo com isso, vou para a escola. Estaciono e ando para o armário, como sempre, mas uma coisa mudou, uma pessoa. Uma menina loira, alta e magra, com olhos pretos e brilhantes. Ela parece estar confusa.
-Olá! Me desculpe, não consigo achar meu armário, é o 237. Pode me ajudar?- ela pergunta.
-Fica aqui.- eu falo apontando para o armário do outro lado do corredor.
-Obrigada. Sou Katherine, ou Kitty. Como preferir. - diz ela com um sorriso meio desajeitado.
- Sou Skye.
O sinal toca e vou em direção à sala de biologia.
Depois da aula vejo Katherine saindo da escola, por impulso vou falar com ela, é melhor do que ficar aqui sozinha ou ir para casa.
-Então Katherine, o que acha de irmos à uma sorveteria aqui perto?
-É legal.- mas pensativa ela volta a falar- Mas, pensando bem, acho melhor deixar pra outra hora. Desculpa é que eu nem te conheço direito. Vai que você é uma psicopata?
Eu rio dela.
-Bom Katherine, eu te garanto que não sou uma psicopata, mas tudo bem você não querer ir.
-Espera! Eu vou correr o risco.- ela corre e me alcança perto do carro.

O bom da VidaWhere stories live. Discover now