Capítulo 17 - Casa de praia.

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— Acha melhor a blusa branca ou a preta? — Perguntei para Charlotte que estava me ajudando.

— Acho melhor a branca, Harry vai gostar mais. — Revirei os olhos por sua observação.

— Não é Harry quem tem de gostar. — Murmurei arrumando meu cabelo com os dedos.

— Mas quer que ele goste, admita. — Ela sorriu aparecendo ao meu lado no espelho para passar batom, iria junto.

— Bem, tanto faz. — Encolhi os ombros sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas.

— Louis? Meu futuro genro está aqui. — Minha mãe apareceu na porta dizendo isso. — Vocês estão lindos, mas também pudera, eu quem fiz. — Sorriu orgulhosa nos fazendo rir.

Terminamos de nos arrumar e descemos, Harry automaticamente me olhou e sorriu grande. — Está incrível, não vou cansar de dizer isso. — Sorri agradecendo baixinho. — Você também está linda, Charlotte, pode pegar o garoto que quiser essa noite. — Sorriu para ela enquanto me abraçava de lado.

— É, vamos ver. — Ela sorriu e saiu caminhando na frente quando escutamos a buzina do carro de Brant.

— Oi, amor. — Brant me abraçou e olhou para mim. — Está bonito. — Sorri meio torto, não era o elogio que eu esperava.

— Vamos? — Perguntei desviando minha atenção dele.

Notei que Brant havia aberto a porta para Charlotte e esperei que viesse a abrir para mim também, não aconteceu.

— Começamos bem. — Harry murmurou abrindo a porta para mim.

— Obrigado. — Sorri de lado e ele encolheu os ombros dizendo não ser nada.

Meia hora depois.

Quando chegamos aquele lugar estava lotado, eu apenas movi meu olhar para o mar e pedi a Brant que fôssemos lá por um momento.

— Depois. — Ele disse e eu assenti meio triste, esperava que ele se mostrasse mais legal, pelo visto não.

Brant caminhava na frente com minha irmã sorrindo para ela e brincando a fazendo rir. — Eu posso ir com você, não sou seu namorado mas...

Sorri para Harry e sai o puxando. — É muito melhor. — Murmurei e ele sorriu grande entrelaçando seus dedos nos meus.

Tirei meus tênis e caminhamos perto do mar em silêncio, o som que as ondas faziam me era encantador. — Louis? — Olhei para Harry que parecia meio apreensivo.

— O que foi, querido? — Perguntei levando minhas mãos ao seu rosto e acariciando.

— Eu preciso te dizer uma coisa. — Harry retirou minhas mãos de si e ficou as segurando entre nossos corpos, comecei a ficar preocupado.

— Diga. — Pedi em um sussurro enquanto buscava em minha mente algum momento que poderia fazer ele querer não falar mais comigo, nada.

— Bem, nos conhecemos desde crianças e meio que nossa aproximação foi bem rápida. — Sorri concordando. — E eu gostaria de dizer algo que está entalado faz um tempo. Eu não sei quando aconteceu, mas de uns meses para cá eu vinha sentindo algo estranho em relação a você, e apesar de ser desconhecido, era bom. E com o tempo eu fui percebendo que estava mais que gostando de você, eu estava te amando. — Fiquei calado absorvendo cada palavra. — Eu te amo, Louis. — E então Harry puxou meu rosto e me beijou.

Por uns minutos me deixei entregar e retribui o beijo, eu sabia que sentia algo a mais por ele, mas não sabia se estava preparado para arriscar nossa amizade. Por isso me afastei dele.

— Harry, me desculpa, eu... — Vi seu olhar ficar triste. — Eu não posso. — Suspirei e sai correndo. Ainda o ouvi chamar meu nome, mas apenas ignorei.

Corri para a parte de trás da casa e abri uma porta que esperava não ter ninguém, e bem, tinha. Meu namorado e minha irmã estavam se beijando.

— Brant? Charlotte? O que...? — As palavras ficaram entaladas, eu não estava com raiva, nem triste, estava confuso na verdade.

— Louis, calma, eu juro que posso explicar. — Olhei para minha irmã que estava chorando, parecia realmente arrependida.

— Me escuta. — Brant pediu, ele não parecia arrependido.

— A menos que diga que ele lhe beijou a força, não quero ouvir. E você Brant, a menos que diga que foi mais uma vez para fazer ciúmes, também não quero ouvir. — Dei as costas e voltei para a praia.

Procurei por Harry o chamando mas não o encontrei, resolvi ficar parado olhando para o mar. Eu iria deixar eles explicarem, claro que iria, só precisava pensar. Tinha coisa demais na minha cabeça.

Comecei a pensar nas palavras de Harry, olhar Brant beijando minha irmã e não sentir nada confirmou minha quase certeza. Eu estava apaixonado por Harry, e queria viver aquele amor, mesmo que saísse magoado no fim.

— Louis? — Olhei para trás e Harry sorriu meio triste. — Está fazendo o que sozinho?

Não o respondi e apenas me atirei em seus braços o beijando, Harry mesmo surpreso me abraçou e retribuiu. — Eu fui um tolo por ter fugido, me perdoe. Eu sei que te amo, agora eu sei. E eu quero viver esse amor mesmo com medo de me magoar, porque eu te amo. E eu já disse que te amo muitas vezes e...

Harry beijou meus lábios para me calar. — Calma, anjo. Vamos com calma. Eu prometo que ninguém vai sair magoado. — Ele sorriu e eu acreditei em sua promessa, ele nunca quebrou nenhuma.

— Eu te amo. — Falamos juntos e então nos beijamos. Apenas a lua, as estrelas e o mar como testemunhas daquele momento que eu nunca esqueceria.

We're Not Friends [L.S]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora