Capítulo 10 - Charlotte.

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Minha cabeça latejava e eu só conseguia me xingar por ter bebido tanto. Abri os olhos e percebi que não estava em minha casa e sim na de Louis, espero não ter feito ou dito nada de errado.

Levantei da cama e fiquei sentado encarando a janela, estava aberta ontem a noite?!

— Louis. — Balancei seu corpo o ouvindo grunhir. — A janela tava aberta ontem?

— Vai se ferrar, Harry. Me deixa dormir. — Ele disse, eu o olhei confuso, que brutalidade era aquela pela manhã? — Você me acordou às duas da manhã porque estava bêbado e precisava de babá, seu ridículo. — Tá explicado.

— Desculpa, maninho. — O abracei voltando a posição que estávamos antes de eu acordar. — Prometo que não...

— Não prometa nada, sabe que não vai cumprir. Mas dá próxima vez inventa uma maneira de entrar sem tocar a campainha. Meus pais vão começar a proibir de você vir dormir aqui. — Sorri beijando sua nuca e o vendo se arrepiar. — Me larga, vai fazer meu café da manhã. — Ele tirou meu braço de cima de si.

Levantei e olhei para seu rosto que ostentava um sorriso preguiçoso. — Louis? — Chamei e ele abriu apenas um olho para me ver. — Eu te amo. — Sorri e ele revirou os olhos.

— Só declaro amor ou dou 'bom dia' depois de me alimentar. — Meu sorriso aumentou com suas palavras e sai do quarto indo até a cozinha.

Estava concentrado fazendo panquecas para levar para Louis quando uma voz me assustou.

— Não sabia que Louis trazia garotos para transar em casa. — Me virei e vi Charlotte.

— Oi, Lottie, e eu não transei com seu irmão, ele não é como você. — Revirei os olhos, ela adorava falar mal de Louis quando o mesmo não estava.

— Então ele não veria problema em você conhecer meu quarto, não é? — Charlotte me abraçou e tirei seus braços de meu corpo.

— Ele talvez não, mas eu sim. Não transo com qualquer uma que aparece, não estou tão necessitado. — Sorri e ela bufou enquanto saía batendo o pé e me xingando.

Alguns minutos depois.

— Acorda, Louis. — Sussurrei acariciando seus cabelos.

— Estou acordado. — Sorriu doce me fazendo sentir enfeitiçado, ele tinha esse poder sobre mim.

— Eu fiz algumas coisas básicas para comer. — Murmurei e apontei para a bandeja que havia deixado em cima da escrivaninha.

— Básicas? Não quero nem ver quando te pedir para fazer um banquete. — Ele sorriu e beijou meu rosto. — Obrigado. — Encolhi os ombros dizendo 'não ser nada demais'.

Comemos em silêncio e às vezes eu olhava para Louis apenas para apreciar o quanto ele era bonito. — Pode me dizer por que minha irmã passou xingando o vento?

Sorri abaixando a cabeça e logo o olhando. — Não era o vento que ela xingava, era a mim. — Louis franziu a testa. — Ela me perguntou se eu queria conhecer o quarto dela para fazer você-sabe-o-que e eu neguei e a chamei de qualquer uma. — Encolhi os ombros.

— Mas não chegou nem a pensar em aceitar? — Louis me olhava apreensivo e franzi a testa, que tipo de pergunta era aquela?

— Se eu tivesse de escolher entre você ou ela para levar pra cama, seria você. — Beijei sua testa quando o vi corado. — Você tem mais bunda que ela. — Sorri malicioso e Louis bateu em meu braço.

Eu adorava provocar Louis, ver ele irritado era fofo. E depois sempre iríamos estar rindo de qualquer forma, ele me fazia feliz como ninguém jamais o faria.

We're Not Friends [L.S]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora