● Angel ● (Supernatural △)

Estranhos

Mary's pov's

- Sammy! - pulo abraçá-lo

- Aram... Sammyzinho, quem é essa? - Uma menina loira, com cara de nojenta pergunta, sobe e desce seus olhos em mim.

Quem chama Sam de Sammyzinho?

- Sanmyzinho? - pergunto desentendida, mas a cara de Sam entrega tudo: ele não sabe o que fazer, não sabe nem o que dizer.
Mas eu já entendi.
Entro no bunker à procura de Dean e Cass.

- Mosca angelical? Pensei que você estava... morta! - Dean abre um puta sorriso ao me ver, saudade dele. Me jogo em seus braços.

- Cadê Castiel? - Seu sorriso fecha.

- Mary, temos que conversar.

****************************************************************

- Então vocês pararam de caçar, Sam tem uma namorada chamada Cathy, Cass não mora mais com vocês porque Cathy não sabe que existem seres sobrenaturais... só sumi por um ano e vocês fazem a festa.

- Você pediu pra Sam seguir em frente e bem... ele seguiu. Agora você tem que contar o que aconteceu enquanto estava fora.

- Ah merda. É uma longa história.

- Eu tenho todo o tempo do mundo, Mary.

- Tá bem. - respiro fundo - Lembra quando eu fugi? Bem, antes de sair da cidade, passei na casa onde Crowley estava preso e perguntei a ele onde estava a minha graça. E adivinha? Estava no inferno. Então fiz um acordo com ele. Eu o soltava, e ele devolvia minha graça.

- Então foi você que soltou Crowley!

- Eu mesma. Vocês estavam o prendendo por minha causa, então eu o soltei.

- Você é Anja de novo?

Demoro para responder.

- Você tem que entender que eu precisava de proteção e mais força. Eu precisava da minha graça para achar os Ackaes. Fiquei meses tentando rastrea-los, até que achei um.

- Você o quê? Tá louca?

- Calma, Dean! Deixa eu terminar. O nome dele é Petrus e ele é bem legal. A gente conversou, e ele conseguiu convencer os outros Ackaes de que eu não vou fazer nenhuma cagada.

- Você é amiga de Ackae agora? Você sabe que eles não são boa influência e....

- Tá bom, mãe, eu sei disso. - o interrompo e ele bufa - Eles me deram esse colar. - Mostro a Dean um medalhão - Falaram que nós somos irmãos e não temos que brigar, depois se desculparam por me jogar no inferno.

Me senti amada quando eles falaram que eram meus irmãos. Senti mais humana, senti que tinha mais uma família.

- Depois que eu me resolvi no céu e no inferno, eu voltei. Não sentia que era mais uma ameaça pra vocês. Eu voltei por vocês. E também fui embora por vocês.

Vi uma lágrima escorrer do olho Dean e o abraço.

- Nunca mais nos abandone. - fala baixo

- Eu não vou. Prometo.

- Dean, chegamos! - ouço meu namorado gritar da sala.
Ex namorado.

Ele entra no quarto de Dean.

- Dean... oh. Ela está aqui.

- Feliz em me ver?

- É, é - Ele sai do quarto.

- O que eu fiz?

- Acho que isso você tem que resolver com ele.

- A propósito, como está a Bea?

- Com saudade de você. Está preocupada também. Todos achamos que você estava morta.

- Tô vivinha da silva, Dean.

- Já entendi, agora sai do meu quarto que eu vou dormir, Mosca Angelical.

- Boa noite, Deamônio.

***************************************************
A única coisa que sinto falta de quando era humana é dormir.
Sério, puta sensação maravilhosa.
Vou ler na sala, já que não tem o que fazer.
Corro os dedos pelos livros, sinto o cheiro daquela biblioteca velha que eu sentia falta.
Meu dedo enrosca num livro e acabo derrubando a estante inteira, fazendo bum barulhão.
Mary!
Agacho para pegá-los.

- Você não muda mesmo. - ouço uma voz atras de mim e assusto.

- Taquepariu - falo baixinho. - Desculpa, eu...

- Você me acordou. E quase acordou a minha...

- Namorada. - o interrompo

- Eu segui em frente, Mary. Você mesma pediu.

- Eu sei, Sam.

- Que bom. Agora trate de não me acordar mais. Vou voltar a dormir. - ele se vira e se dirige ao seu quarto.

"Trate de não me acordar mais" ? Quem ele pensa que é?

- Qual é? - pergunto e ele se vira pra mim.

- Hã?

- A história de não olhar na minha cara, não falar comigo... o que eu te fiz? Puta merda! Sam, você era o meu melhor amigo é namorado! Agora você... é um desconhecido pra mim.

- Tem razão. - sorrio. Agora ele entendeu. - Agora somos apenas estranhos um para o outro. - Meu sorriso se desfaz e ele vai para o quarto dele e fecha a porta.