Prologo

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Louis

Seis meses antes

Sempre pensei que a vida queria pregar peças nas pessoas.

Todos os dias via casos e casos. Uns diferentes, outros iguais. Alguns sérios outros nem tanto. Mas nada disso me importava, desde que aquilo que eu defendia seja valido, correto e ético.

Todos os dias me deparava com homens arrogantes e corruptos, que não mereciam passar um dia fora da prisão. Mulheres que sofreram agressão física de seus maridos. Homens e mulheres brigando pela guarda dos filhos. Psicopatas, assassinos, traficantes, mafiosos.

Mas nenhum deles me desestabilizou como fez a Natália Kardec.

Aquela ruiva tinha o poder de me fazer esquecer qualquer caso somente com aqueles olhos e o sorriso misterioso.

Ela era uma mistura de beleza e mistério que me faziam ficar fascinado e pensar nela a fio por horas, igual estava naquele momento.

Mas não havia nada do que eu pudesse fazer, e olha que eu havia tentado de tudo. Sai com mais mulheres que alguém poderia contar. Peguei mais casos que um advogado poderia conseguir resolver, mas nada. Toda a vez que eu deitava a cabeça no travesseiro era a imagem da ruiva que vinha até a minha mente. Mas ontem foi a gota d'água. Onde eu estava com a cabeça quando a agarrei daquele jeito?

Mas ter meus dedos dentro dela, escutá-la gemer meu nome e ver o brilho de desejo em seus olhos foi demais para mim. Minha total perdição foi quando eu provei seu gosto. Naquele momento eu soube que se eu não tivesse aquela mulher na minha cama implorando para fo.dê-la de todas as formas possíveis eu não sossegaria de modo algum.

Retirei os óculos e tomei um gole do meu café. Resolvi guardar os processos que estavam em minha mesa. Não conseguira resolver mais nada se continuasse a pensar na Natália.

Assim que terminei de organizar minha mesa escutei o interfone.

—Pois não, Paul? —Perguntei imaginando quem poderia querer falar comigo a uma hora daquelas —Quem? Pode mandar subir sim.

Desliguei ainda imaginando o que ela estaria fazendo aqui.

C.acete.

Ainda bem que meu apartamento estava limpo e organizado. Eu queria muito que ela estivesse aqui para acabarmos o que começamos ontem. A campainha tocou me tirando dos meu desvaneio.

Abri a porta e ali estava ela. Linda e extremante sensual. Acho que perdi a fala por alguns instantes apenas observando-a parada em frente a minha porta.

Ela deu um meio sorriso.

—Não vai me convidar para entrar, Louis?

—Claro que vou, que cabeça a minha. Entre, Natália.

Dei espaço para ela entrar e observei o leve rebolar de seus quadris.

Fechei a porta e passei a chave. Natália observava cada detalhe do meu apartamento.

—Para um homem que mora sozinho, seu apartamento é bem organizado.

—Obrigada, Natália.

Ela se virou e me encarou com aquelas duas esferas azuis esverdeadas que me fizeram perder o foco por alguns minutos.

—O que você veio fazer aqui? —Perguntei com medo da resposta.

Eu não sabia o que queria. Ela me examinou de cima a baixo antes de passar a língua em volta dos lábios carnudos e provavelmente deliciosos, sendo que eu não tive tempo de prová-los.

Doce Desejo - Série IntensosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora