XII

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                                EVA

Olho para o papel em minhas mãos em seguida para a mulher em minha frente, e novamente para o papel. Balanço a cabeça confusa.

— Eu não estou entendo irmã Lucin… digo, Madre! Aqui está dizendo que você é a nova diretora.

— Leia novamente menina. — tenho vontade de corrigi-la e dizer que não sou mais aquela Eva de quatro anos atrás, e que com certeza não sou mais uma menina. No entanto me mantenho calada e leio novamente o testamento.

Em primeiro lugar, todos os meus bens matérias serão doados para a caridade. A administração do Convento, Filhas da Caridade, deverá ser passada a Lucinda Vasconcelos de Barrabás, e ela somente, assim como a Instituição Educacional Colégio Teresa de Ávila. Como vice diretora, se tornará diretora. Se essa opção for inviável, a administração do Colégio Teresa de Ávila, deverá ser entregue à Eva Mendes Müller.

Ergo a cabeça olhando para irmã Lucinda, a nova Madre Superiora.

— Esse colégio, é o mesmo que eu fui com a irmã quatro anos atrás? — pergunto tentando ignorar o nome do colégio.

— Sim, percebeu que o nome colégio é igual o sobrenome de seu marido? — no entanto Lucinda não ignorou.

Minha garganta arde com a menção de Alex.

— Sim. — forço um sorriso.

Alexandre Jr. Müller D'Ávila, quando nos casamos Alex retirou o Santiago do sobrenome e adicionou o meu, Müller, deixando só o sobrenome de sua mãe, D'Ávila. Ignoro minhas emoções e foco no assunto que estava sendo debatido no momento.

— Ela era diretora? — confirmar — Mas ela vivia no convento.

— Por isso eu fui para lá, como vice diretora.

Abro a boca em um sinal de " Ah, entendi ". Lembro desse Colégio, e não era qualquer colégio não, era um super, mega grande colégio. O ensino fundamental e o ensino médio era divididos, as duas ala eram bastante distantes, para os alunos não se misturarem, e as fardas deles eram um graça. As meninas usavam saia e com meias mostrando, e os meninos usavam gravatas . Na época lembro de ter pensando na novela mexicana, Rebeldes, o uniforme era bastante descolado para um colégio de freiras.

— Mas eu não vou conseguir administra um convento, e um colégio ao mesmo tempo.

— Isso significa que …

— Vou renunciar minha posição como diretora, para você.

— Eu?! — pergunto perplexa. Eu mal conseguia administra minha própria vida imagine uma escola. Eu tinha dois filhos pequenos, não, três filhos pequenos! Daqui a seis meses o ímpar estava chegando. — Irmã… digo, Madre. Eu estou grávida, como poderei administra um colégio no meu estado?

— Podemos espera o bebê nascer, enquanto isso você pode ir conhecendo o colégio, com meu auxílio, logo, logo você aprenderá. E sobre o bebê, podemos espera você ter ele e passar a licença da maternidade. Isso tudo ocorrerá em um período de um ano.

O bebê já estará com quatro meses.

Diretora de uma escola, tudo bem que eu passava meus dias reclamando que eu não fazia nada, e todas as vezes que eu via Alex chegando do quartel eu me sentia mas inútil ainda. Há um anos e meio que ele havia entrando para a polícia civil, assim como Jonas (que depois que terminou a faculdade de direito resolveu se alista. Jonas já estava quatro anos trabalhando nisso). Eu estava fazendo um curso, mas eu sabia que não era aquilo que eu queria.

De volta ao Convento Onde as histórias ganham vida. Descobre agora