XII - Bem-vindo à Terra 3

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TERRA 3 | DIAS ANTES

P.O.V: Luke Allen

Subitamente eu, Issa e Vasco não estávamos mais nos campos da nossa querida Terra. Estávamos em outro lugar, em meio de uma cidade. Issa bateu a cara em um poste, não conseguindo desacelerar. Eu e Vasco batemos a cabeça um no outro.

- Cuidado aí, Barry Júnior! - Provocou ele.

- Me chame disso de novo, e...

- E o quê? Vai me bater? Você não vai ser rápido o bastante.

- Meninos! - Gritou Issa. - Vocês estão sendo mais idiotas que eu! Vamos estudar o terreno.

Olhamos ao redor. As ruas lembravam nossa Metropolis, porém estavam desertas, sem vida.

- Não tem ninguém nessa budega? - Perguntou Issa.

- Tem sim. - Disse Vasco.

- É, eu também vi. - Falei.

- Espere. - Disse Issa. - Vocês saíram do lugar? Eu nem percebi!

- Você também pode fazer isso se quiser, maninha. - Falei. - Mas eu vi as pessoas dentro das suas casas. Elas parecem... Com medo.

- E não tem ninguém nas ruas. - Falou Vasco.

- Tem sim. - Disse Issa de repente.

Pisquei.

- Espere. Então você...

- Eu saí do lugar. - Completou ela sorrindo.

- Tô orgulhoso. - Falei pra ela. - Agora leva a gente até lá.

Ela começou a correr e seguimos ela. Ela foi até um local ali perto, onde havia uma menininha, encolhida.

- Ah, não, uma garotinha não. - Lamentou Vasco. - Isso nunca é bom.

Dito e feito: a garota sumiu, e de repente ali estava uma figura toda de preto, com uma máscara que lembrava a morte.

- Pai. - Falou Vasco amargamente.

- Vocês não deveriam ter vindo para cá. - Disse Zoom. - Mas já que vieram: bem-vindos à Terra 3.

TERRA 1 | AGORA

P.O.V: Esther

- Bonito. - Falou uma voz. Olhei para trás, em uma jaula. Era o garoto capturado, o filho de Ravena, Kayan Wolf.

- Bonito o que?! - Perguntei atacada. - TER AJUDADO MEU PAI? Você não faria o mesmo?

- Estou falando do seu vestido. - Disse ele parecendo se divertir.

Corei de vergonha e decidi me acalmar.

- Bem, obrigada. É que eu pensei que você iria me chamar de traidora como os outros.

- Não. Eu te entendo. - Falou sério. - Sou neto de um demônio. Também nunca foram com a minha cara.

Me aproximei dele.

- Me desculpe. Por tudo isso. Isso é tudo culpa dos heróis.

- Isso é culpa de todos nós. - Disse Kayan. - Que sempre estamos em guerra. Nunca em paz.

Agora eu sentia uma estranha simpatia pelo garoto, e talvez algo mais. Ele sempre fora meu crush, mas antes era mais brincadeira minha e da Harley. Agora, eu já não sabia.

- COMO ASSIM DARKSEID NÃO ESTÁ AQUI? - Ouvi uma voz sádica. Meu pai. E ele não estava para brincadeira.

- Senhor... - Disse um capanga. - Vasculhamos toda a área. Há sinais de batalha na cidade, que parece ter sido evacuada, pois não tem ninguém aqui. Mas nada de exércitos do Darkseid.

- Ah, o Coringa vai encher o meu saco! E o Lobo da Estepe, aquele general do Darkseid... - Ele deu uma risada triste. - Ele pode matar meus pinguins!

- Não me mate, senhor. - Implorou o capanga.

- Mas é claro que não. - Fisse Pinguim. - Só quero que você dê esse infeliz recadinho ao Lobo da Estepe.

O capanga engoliu em seco. Aquilo era o mesmo que matar ele. Mas pelo menos o Lobo descontaria sua fúria no capanga, e não nos pinguins do papai.

- Ok.. Ok. - Disse Pinguim, se aproximando de mim.

- Não vai me agradecer, pai?

- Bah! - Resmungou ele. - Obrigadinho. Mas agora me fale: há algum prisioneiro acordado?

- Hã... - Menti. - Não.

- Eu estou acordado. - Falou Kayan desafiador. Ele era muito corajoso ou só maluco.

Pinguim riu e pegou um pequeno aparelho que um dos capangas que chegaram o ofereceram. - Muito bem, amiguinho, o que acha de nos contar agora o que seus amiguinhos estão tramando?

- Nada... O plano maligno de matar os heróis não era de vocês?

- Sim, mas Darkseid não está aqui. - Disse Pinguim, apertando o botão do aparelho e dando um choque extremamente forte em Kayan que gritou se retorcendo. - E se ele não está aqui, você está escondendo alguma coisa!

- Não falo mentiras! Não tenho nada a esconder! - Gritou ele.

- Então suponho que você vai querer mais um pouquinho de choque. - Riu Pinguim histericamente apertando o botão novamente.

- NÃO! Ele não sabe, pai!!! - Gritei. - Para com isso!

Pinguim olhou pra mim sem acreditar.

- Seu tempo com os heróis a deixou fraca, filhinha? Vamos te fortalecer de novo.

Ele então me deu o controle.

- Não! - Falei.

Kayan assentiu em sua cela, acabado.

- VAI! - Ele falou. Ele compreendia que eu tinha que fazer isso.

E então eu apertei o botão. Várias vezes, pois aquilo com certeza era um teste de meu pai. E pela primeira vez, eu não me sentia nada bem sendo uma vilã.

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⏰ Last updated: Feb 18, 2017 ⏰

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(INTERATIVA) Liga da Justiça - Nova GeraçãoWhere stories live. Discover now