Capítulo 35 - "Yes."

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- Ela ficará bem, eu tenho certeza.

Quando James estaciona nos encaminhamos depressa por dentro do hospital e, após nos identificarmos, chegamos a sala de espera. Avistamos Betty, a mãe de James, que está acompanhada de uma mulher mais jovem sentadas em cadeiras de plástico, aparentemente uma amiga de Heather, que logo após nossa chegada sai para tomar um café, tranquila.

A mãe de James levanta-se para abraça-lo, seu corpo pequeno é escondido entre James, exatamente como fico. Pela primeira vez vejo Betty com a pele limpa e sem maquiagem, ainda mais bela. Tem seu rosto sereno e sorri para mim sobre o ombro de James.

- Está tudo bem. - Diz, quando se separa. - Ela está bem, o parto foi adiantado, mas o médico disse que ela ficará bem, esteve tranquila durante todo o tempo.

- Há quando tempo ela está em parto?

- Alguns minutos, em breve ouviremos o choro de Beatrice. Se acalme.

Após ouvir as palavras da mãe vejo James respirar melhor, sua irmã ficará bem.

Sinto-me nauseada e excluída do momento, então sento em uma das cadeiras e deixo-os em pé.

De repente um soluço irrompe na sala e olho assustada para Betty que senta-se ao meu lado e cobre o rosto com as mãos. Seu corpo fica rapidamente avermelhado quando começa a chorar, um choro controlado, mas que faz seu corpo balançar e ombros penderem. James troca um rápido olhar comigo e ajoelha-se a sua frente, pronto para guiar o momento.

- O que houve, mamãe? - Sua voz é doce e seus dedos tomam uma das mãos da mãe e circula em um carinho contínuo, acalmando-a.

- Eu queria que ele estivesse aqui. Queria que ele conhecesse sua neta. Seus netos. - James mantém o carinho, mas vejo sua postura vacilar quando percebo que se mantém firme pela mãe.

- Eu também gostaria, mamãe. Muito. - James diz - mas tenho certeza que seja lá onde ele estiver agora estará feliz por estarmos aumentando a família.

Betty acena, mecanicamente.

Após palavras de conforto, seu choro vai cessando aos poucos enquanto não nos diz mais nada.

Com as mãos trêmulas, abalada pelo momento, apoio minha mão em seu ombro, querendo da-lhe um conforto a mais.

Com o contato, seu olhos avermelhados aumentam de tamanho quando me encara.

- Ah, Emma. Não chore. - Suas mãos, molhadas por suas lágrimas secam as solitárias que caem pelo meu rosto. Eu nem mesmo notei que estava chorando. - Como você está? E nosso bebê? - Seu rosto se ilumina quando fala do bebê que espero, afastando o assunto passado como se não houvesse existido.

- Estamos bem. Obrigada.

- E quando irá ao médico novamente? Estou ansiosa para a noticia.

- Irei na sexta-feira da semana que vem.

Betty sorri com a escolha dá data oportuna.

Estávamos todos ansiosos. Com quatro meses é normal se descobrir o sexo do bebê, mas na última ultrassom que fiz foi impossível ver, as pernas se fecharam no momento errado. Saí da clinica frustrada. James também. O homem que passei a amar está ansioso para começar a montar o quarto do nosso fruto e eu mal posso esperar para comprar todas as belezas que apenas encaro em todas as lojas que passamos.

Acordo dos pensamentos quando ouvimos um choro. Um grito agudo e escandaloso, típico de um bebê que acaba de vir ao mundo.

Nós nos encaramos e sorrimos largamente. Beatrice, em breve minha sobrinha, nasceu.

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