Capítulo 53

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Erick

Estou sentindo como se algo muito grave aconteceu. Comemoramos a vitória do time, tomamos um banho e fomos receber a medalha com o troféu que vai ficar na escola, depois da diretora falar e o técnico também, fomos liberados e Alan veio correndo até nós.

— A gente precisa ir! Karina, Isabella, Thiago e Kath foram levados pro hospital — falou tudo rápido.

— Eu sabia que tinha acontecido alguma coisa — senti meu peito se apertando.

Como eu vim de carro, entramos e segui pro hospital, estacionei o carro de qualquer jeito e entrei rápido na recepção e meus pais mais os da Isabella estavam sentados, nenhum com uma cara boa.

— Como eles estão? — olhei para eles.

— Karina levou um tiro de raspão na perna e tivemos que doar sangue pra ela, Thiago levou um tiro na coxa, mas não foi grave e Kath não resistiu — meu explicou.

— Kath... — Samuka se sentou rápido na cadeira e a tia Sara foi consola-lo.

— E a Isabella? — questionei com medo da resposta.

— Isabella é o caso mais grave. Ela levou um tiro na lombar e pode ter perfurado algum orgão, mas ela vai ser forte como sempre foi, tenha fé, meu filho — minha mãe me abraçou.

Me sinto como se estivessem enfiado uma faca no meu peito, estou me sentindo um inútil de não ter feito nada para impedir isso, mas o que eu poderia fazer? Nada, não sou bom com armas, mas talvez alguns socos adiantassem.

Me sinto como se estivessem enfiado uma faca no meu peito, estou me sentindo um inútil de não ter feito nada para impedir isso, mas o que eu poderia fazer? Nada, não sou bom com armas, mas talvez alguns socos adiantassem

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Eu odeio hospital! O médico nos liberou para ver Karina, meus pais foram primeiro e depois eu fui, entrei no quarto e me sentei ao lado da sua cama.

— Eu estou me odiando, mano! — lágrimas saíram dos seus olhos.

— Não fica assim, tudo vai ficar bem — passei a mão no seu rosto.

— Não vai, Erick. Kath se foi e a Isabella nunca vai me perdoar pelo que eu fiz, eu mesma acabei com a minha vida — ela fungou.

— Vou fazer as palavras da minha pequena as minhas: Nunca é muito tempo! Seja paciente, Karina, Isabella pode não ti perdoar agora. mas tenho certeza que um dia vocês podem ser amigas novamente, a gente não vive de passado, para ser feliz temos que viver o presente e futuro — beijei sua testa.

— E você quer a Isabella no seu futuro? — sorriu com os olhos marejados.

— Isabella é o meu presente e futuro, não imagino a minha vida sem a minha pequena, é com ela que eu quero me casar e ter meus os meus filhos — sorri.

— Você sabe que ela pode ir para Nova York, né? — assenti.

— Eu espero por ela aqui, a única coisa que eu tenho medo é dela encontrar alguém melhor do que eu, você sabe que eu não sou o melhor cara para ela — suspirei.

— Para que Isabella vai querer o melhor se é você que a faz feliz, Erick? — questionou.

— Com licença, está na hora de descansar, mocinha — uma mulher de branco entregou no quarto, era a enfermeira, com uma bandeja com alguns rémedios e uma seringa.

— Não vai me dizer que você vai enfiar esse monstro em mim, né? — Karina olhou apavorada para ela.

— Calma, eu vou aplicar na sua veia, pelo caninho do soro, não se preocupa — tentou a acalmar.

— Eu já vou indo, fica bem — abracei ela beijando seus cabelos.

Saí do quarto e fui pro jardim que tem aqui no hospital, me sentei embaixo de uma árvore e deixei as lágrimas presas saírem.

— Deus, não tira a minha pequena de mim, não vou suportar a dor de perder alguém que amo de novo — sussurrei olhando pro céu.

— Você não vai perda-la, querido — tia Sara se sentou ao meu lado.

— Eu estou com medo, tia, estou tentando ser forte, mas está difícil — limpei as lágrimas.

— Isabella é teimosa, ela vai lutar contra a morte para vencer novamente — deu um sorriso fraco.

— Cadê o Júnior? — perguntei.

— Ele foi pra delegacia, só espero que ele traga notícias boas — respirou fundo.

— Mano, o tio Breno pediu para a gente ir pra casa, tu vai dormir na minha — Samuka parou em nossa frente.

— Eu não quero ir! — me levantei.

— Erick, vai pra casa, toma um banho e come alguma coisa, a gente ti liga se acontecer algo — tia Sara assegurou.

— Pode me ligar qualquer hora — abracei ela — Você dirige! — entreguei a chave para o Samuka.

— Ok, o Alan foi pra casa porque ele ia avisar os pais dele — assenti.

Entrei no carro e passei em casa para pegar uma mochila com as minhas coisas e produtos de higiene, entramos na casa do Samuka e a Sofhie estava chorando.

— Por que ela está chorando? — ele perguntou para o pai.

— Bebês choram quando estão com fome, já que eu volto — subiu as escadas com ela.

— Os bebês já podiam nascer falando, o bom é que as paredes aqui em casa são anti-ruídos, Sofhie pode chorar a noite inteira que eu não vou ouvir — comentou enquanto subíamos para o segundo andar.

— Eu quero ver quando tiver um filho, vai ter que acordar de madrugada — entramos no seu quarto.

— Se eu tiver um filho, né? Não sei se vou ser um bom pai, quem sabe daqui um tempo eu ganhe esse presente, mas eu quero me casar primeiro — se sentou na cama.

— Se um dia eu tiver um filho, eu vou participar de todos os momentos — me sentei na cadeira do computador.

— Até trocar fralda? — fez careta.

— Isso faz parte, mano — dei de ombros.

— Pode tomar banho aqui no meu quarto, eu vou falar com a minha mãe — saiu pela porta.

Tentei conversar com o Samuka sobre a Kath, tentar o consolar de alguma forma, mas ele é muito fechado, prefere sofrer em silêncio e sozinho. Agora eu tenho que rezar para a Isabella sair bem daquele hospital, não quero a perder, preciso dela ao meu lado para sempre.

Me Apaixonei... Pela Nerd!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora