Capitulo 7

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Dentro do elevador olhei no espelho e me assustei com o que vi. A mulher refletida tinha o cabelo meio bagunçado e o rosto amassado, mas o que me surpreendeu foi o brilho no olhar e as bochechas coradas, acho que o doutorzinho tinha o poder de subir minha temperatura em nível máximo com apenas alguns beijos. Que história é essa de "apenas" alguns beijos? Minha peoa interior gritou. Foi mais como foder minha boca com a língua. Nunca fui beijada assim. Continuei meus devaneios até que

"Merda! como eu vou voltar pra casa sem grana?!"  Me desesperei. E bem nessa hora o elevador abriu e tive que sair para o hall de entrada. O que irei fazer agora?! Pensa peoa, pensa... Voltar para pedir ajuda ao doutorzinho ? Nem que a vaca tussa! Ir embora andando é minha única opção, a não ser que...
"Oi Frederico, estou com um probleminha será que você poderia me ajudar?" Falei para o bendito porteiro que mascava mais que uma égua velha.

"Oi senhorita, depende do que seria." Respondeu todo desinteressado.

"Você por acaso pode me dar uma caron.."

De repente sinto que tem alguém atrás de mim e quando viro dou de cara com um par de olhos azuis me fulminando. Marco Antônio me puxa pelo braço

"O que pensa que está fazendo?"

"Tentando ir para minha casa" respondo atrevida

Ele chega mais perto e consigo ver o que eu não tinha visto até então, ele tem um furinho no queixo. Porra esse homem tem um furo no queixo ! Quero gritar, porque acho isso tão sexy.

"Eu já não tinha lhe dito que te levaria?"

Vou responder, mas ele me impede

"Pedir carona para qualquer um, ficou louca? Será que eu vou ter que prendê-la a força no meu carro?"

"Não vou com você!" Gritei

"Você vai sim! Não vou deixá-la ir sozinha ou com qualquer outro estranho, serei eu a te levar para casa entendeu?"  Olhou e seus olhos me diziam para não contraria-lo. Fiz que sim com a cabeça e então descemos para o estacionamento.
A porta do carro levantou assim que ele pressionou o botão e me enfiei dentro . Ele entrou em seguida e colocou o carro para andar rumo ao endereço que eu falei. Olhei para o lado enquanto Marco saia para a rua e notei o quão sexy ele ficava dirigindo um carro, olhos atentos, mandíbula trincada, músculos flexionados. Ele era mesmo um sonho molhado de qualquer mulher.
E de repente me caiu uma coisa que eu não tinha pensado antes

" Er.. ã.. e você é casado?" Se ele fosse eu me jogaria para fora do carro andando, beijei o homem duas vezes e quase o comi em meus pensamentos imundos.
Ele gargalhou e depois se virou para mim
"Por que ? está interessada?" Sua voz saiu mais rouca do que normal.

"Não. Só estou perguntando, porque nos beijamos se você não se lembra"  estava apavorada.

" Você me beija e agora que pergunta? Interessante. Mas fique tranquila, não sou casado e nem pretendo ser." Sua expressão tornou-se neutra. E senti uma onda de desapontamento. Acho que estou pirando, deixa pra lá

"Acho que devo corrigi-lo apenas lhe beijei uma vez, mas que fique claro que você começou, Doutor" Ele riu e me encarou enquanto estávamos parados no semáforo.

"Justo. E não me arrependo" disse olhando para minha boca. E fiquei sem fôlego. Felizmente o semáforo abriu e ele voltou a olhar o trânsito envolvido em pensamentos e continuei observando seus braços em uma camiseta preta colada que ele deve ter vestido de manhã. Nossa acho que esse homem ficaria bem em qualquer trapo. Ele é lindo demais.
"O meu carro" disse de repente

"O que tem ?" Perguntei tentando não ficar em pânico, já que dirigi ontem e não me lembro de ter estragado nada.

"Está com um cheiro. E posso lhe dizer que é um aroma adocicado como chocolate, mas temo que tenha algo a mais como se fosse picante" Seus olhos azuis caíram em mim alguns segundos como se precisasse adivinhar o meu cheiro.

"É pimenta"

"Como?"

" O aroma picante é pimenta"
Ele suspirou

"Interessante" em seguida parou o carro em frente ao meu prédio.

" Muito Obrigado pela carona Doutor" olhei para ele tensa, será que deveria convida-lo para entrar?
Melhor não, eu não estava dona das minhas ações essa manhã.

" Sem problemas" me olhou com aqueles olhos azuis e sorriu o que acentuou o furinho do queixo. Minha nossa senhora das peoas sem ar! Que homem gostoso!

"Ok, então tchau" fui apertando na porta para sair e senti uma mão grande e quente me fazendo virar em sua direção. Marco Antônio olhou em meus olhos e com a mão tirou o cabelo do meu rosto e colocou atrás da minha orelha, segui seus dedos com os olhos tremendo de ansiedade. Nossos olhos se encontraram e ele me puxou para junto de si e colou seus lábios aos meus. Me beijou avidamente e respondi com igual desespero. Sua língua trabalhava em minha boca e uma de suas mãos prendeu meu cabelo, enquanto a outra acariciava meus seios. Minhas mãos tomaram vida própria e correram em seu pescoço e braços fortes. Sua palma roçou meu seio, a excitação foi a mil e gemi alto. Se continuasse assim não demoraria e eu chegaria ao orgasmo com beijos e amassos dentro desse carro. Ele deu um último beijo em meus lábios se afastou e me olhou, pude ver suas pupilas dilatadas pela excitação, mas melhor que isso foi quando desci meus olhos e vi o tamanho da sua ereção naquela calça de moletom. Engasguei
"Puta merda!"

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