Mergulhei em meu
interior, pude
perceber que
enterrei o
meu passado.Matei as rosas que
embelezavam-me,
cortei as raízes da
felicidade e não
reguei a semente
do amor, apenas
dei lugar para a
tristeza, espinhos
e corvos.Parei no tempo e o
tempo não parou.
Os sinos soavam,
as memórias
afloravam.Vazio.
Escuro.
Obscuro.
Sombrio.O nada era uma falha
para mostrar que o
mundo dá voltas e
eu continuava
esvaziando-me,
pobre alma.Necessito acalentar
a tempestade e os
monstros que aqui
dentro reinam.Sinto-me mais leve,
aos poucos, me soltando
das correntes que me
seguram.Foi um sonho, a viagem
para lembrar das doces
frases que eu liberava
e agora estão morrendo.É uma busca infinda para
esculpir nas pedras do
abismo as palavras que
aqui dentro, algum dia,
pararam de florescere descontroladamente
voltaram sem pedir
licença, só querem
serem expostas e
liberadas, só por hoje.
ESTÁ A LER
A vida se resume em poesias
PoetryA poesia está escondida nas entranhas do movimento contínuo do acaso, na passagem por este planeta, ela é um dos vestígios que deixamos para, amanhã, alguém ler com a vontade de descobrir os nossos enigmas. Quando me vejo no espelho e encaro os meus...