— Não, ela vai ser boazinha e esperar o momento certo — respondo em minha defesa, passando a mão em sua barriga.

— Pará tudo! Eu vi direito ou você e o bonitão aí estavam se agarrando? — comenta por ver Leon sentado ao meu lado.

— Não, você viu certinho, e a minha intenção é não largá-lo nunca mais — falo olhando para Leon que me dá um sorriso lindo como resposta.

— Sério?! — pergunta surpresa.

— Muito sério.

— Mas e aquela história que de não se lembrava de nada e que ele merecia mais?

— Mudei de ideia quando o ouvi cantar ontem, tem quem resista a um homem lindo desses? E para dificultar a vida, canta lindamente, com um sotaque inglês irresistível — digo dando uma piscadela.

— É, você tem toda razão, mas eu te conheço e sei que aí tem — comenta Lua me analisando.

— Minha vida, eu não queria me desgrudar de você, mas preciso me informar que horas você vai sair desse lugar.

— Tudo bem eu espero — falo enquanto Leon me dá um beijo e sai.

— Você vai me contar o que está acontecendo ou não? — Questiona Lua me olhando séria.

— Se senta que a história é longa.

— O que está acontecendo Mel?

— Calma, não fica nervosa, bom, eu lembrei de tudo, recuperei a minha memória.

— Tudo, tudo? — Insiste sem acreditar.

— Tudinho — falo sorrindo.

— Da gente, do Alex, do casamento com o chefe delícia?

— Isso aí garota!

— Nossa Mel! Isso é incrível! — Grita me abraçando.

— É sim, obrigada por estar sempre comigo, com ou sem memória.

— Você é minha irmã, sempre vou estar com você, quem vai te colocar no mal caminho? — brinca. — Agora me conta o que aconteceu? ― acrescenta.

— Vamos fazer assim, eu conto quando estivermos em casa.

— Ah, você não vai fazer isso com uma mulher grávida indefesa vai?

— Em casa, Luanne.

— Vixe, o bicho pegou. Me chamou pelo nome. Tudo bem Mellyssa — responde e nós duas caímos na gargalhada.

Não demorou muito e eu pude voltar para casa, fiquei muito surpresa em saber que minha pressão tinha subido tanto.

O Doutor Luiz pediu para eu dar mais atenção a esse caso, que é muito sério e pode até levar à morte.

Leon queria que eu me mudasse para a casa dele, mas me recusei, discutimos por isso, mas no final consegui convencê-lo a me deixar no meu apartamento.

Liguei para os meus pais e contei que me lembrei de tudo e eles comemoraram. Leon e eu estamos felizes e mais juntos, e para ser sincera, nunca estivemos melhor.

Soube por alguns contatos que o Guilherme fará um evento em três meses, aqui em São Paulo, eu esperarei, até porque precisamos ter uma conversinha. Mas agora, tudo que eu quero é curtir este momento com o Leon, e amá-lo ao máximo.

Meu telefone toca, pego-o o mais rápido que posso, para não acordar o meu deus grego que dorme lindamente ao meu lado. Olho na tela e vejo o nome Lua.

— Lua — falo ainda sonolenta.

— Corre agora para o hospital, a sua afilhada vai nascer, e o Alex está me deixando maluca. — Grita Lua do outro lado da linha.

Levanto da cama tão rápido me enrolo em um lençol e acabo caindo.

— Meu amor está tudo bem? — pergunta Leon me olhando assustado.

— A Lua está no hospital, Nossa afilhada vai nascer! — falo ainda com o celular no ouvido.

— Agora Mel! — Grita Lua chamando a minha atenção.

— Já estou indo — respondo, olhando para Leon que sorri com a minha cara de desespero.

Um mês depois...

Melanye é uma bebê linda, herdou o par de olho azul da mamãe, e ganhou também os corações de toda a família.

Lua e Alex resolveram dar esse nome, em minha homenagem por ser parecido. Eu simplesmente amei.

Acho que não tem amor maior do que o amor de uma mãe para um filho, olho para Lua neste exato momento e vejo uma mãe incrível, forte e sempre pronta para defender o seu presente de Deus e não consigo esconder o orgulho que sinto.



Fim.

SEM PROMESSAS Where stories live. Discover now