||thirty||

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O resto da terça ficamos naquela posição, deitadas, consolando uma a outra.

Na quarta resolvi arrumar meu novo quarto, tarefa que demorou o dia inteiro e na quinta precisávamos buscar o resto das coisas na antiga casa por isso me ofereci pra sair um pouco daquele apartamento.

Peguei a BMW da minha mãe e fui até a empresa do meu pai em busca da chave.

"Senhorita Sanford" Bruce, o porteiro e meu melhor amigo quando criança, sorriu assim que me viu.

Tirei o óculos de sol do rosto e coloquei os de grau tentando parecer mais profissional. "Bruce parceiro, como vai?"

"Bem, muito obrigado."

"E meu pai?" questionei e ele abriu a porta grande de vidro pra mim.

"No lugar de sempre."

"Obrigada Bruce."

O piso térreo estava vazio e eu dei graças aos céus por isso, chamando o elevador direto pro ultimo andar do edifício.

"Obrigado Mr. Sanford" ouvi quando a porta foi aberta e o advogado entrou sem me reconhecer.

"Oi pai."

"Abi."

Do seu lado estava uma mulher loira que reconheci ser a tal secretária, que se escondeu atrás dele ao perceber minha presença.

"Mr. Sanford" uma mulher chamou-o apressada "telefone, é uma urgência."

Ele olhou pra namorada e depois pra mim desconfiado e eu dei de ombros exausta. "Não vou mordê-la."

Papai saiu depressa me deixando a sós com a mulher que ele havia estado ainda casado. "Abigail eu queria pedir desculpas..." ela murmurou de cabeça baixa e eu tentei sentir ódio, mas nossa semelhança era perturbadora.

"Por que ficou com ele sabendo que era casado?"

"Eu não sei dizer o por que, sinceramente, simplesmente foi mais forte que eu e quando vi estava entregue."

Repulsa eu senti, mas não ódio.

"Não pensou na minha mãe nem na nossa família?"

"Não espero que acredite em mim, mas eu pensei cada segundo e sabia que estava fazendo errado, ainda penso e ainda sei, mas eu amo seu pai Abigail."

Em segundos meu pai já estava do nosso lado, parecia preocupado e foi algo fofo da parte dele.

"Só vim pegar a chave de casa pra buscar nossas últimas coisas" dei de ombros e ele retirou as mesmas do bolso.

"Tá de taxi?"

"Não, com o carro da mamãe" eu murmurei sem jeito por vê-lo segurar a mão da loira que exalava sinceridade, embora ainda assim estivesse tão errada quanto me pai "não espere que eu vá chamar você de mãe" eu quase cuspi "mas também não irei ficar no caminho por que ele continua sendo meu pai e se está feliz então tá tudo bem."

Um pequeno sorriso fraco brotou nos lábios dos dois e tentei me por no lugar dela, o que não foi muito difícil.

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double update?

teacher {hs}Where stories live. Discover now