O empurrei para o lado e montei em cima dele, sem nenhum pudor ou vergonha. Queria que ele me visse de cima, que se lembrasse daquele momento em que eu, mesmo bêbada, estava agindo como eu mesma. Queria que ele soubesse que eu não estava fazendo nada por ter perdido o sentido, mas sim porque queria estar ali.

-Acho que você esqueceu com quem esta falando.- disse para ele com um sorriso safado.- Eu não costumo implorar por nada, esqueceu?!

Um sorriso satisfeito se espalhou pelo rosto dele e seus olhos imediatamente analisaram meu corpo. Sua investigação parou nas linhas pretas, quase imperceptíveis, das minhas costelas. Nem ele sabia que eu tinha aquela tatuagem ali, na verdade até eu esquecia às vezes, mesmo que a dor de fazê-la nunca tenha saído da minha cabeça. Seus dedos ainda estudavam meu corpo, ele acariciava as áres onde havia hematomas, como se o seu toque fosse curar meus roxos.
Beijei a barriga dele, queria desviar a sua atenção dos meus muitos machucados, e ganhei o seu foco mais uma vez. Meus lábios deslizavam pelos músculos tão bem definidos do seu abdome, ao passo que eu engatinhava para trás, afim de sair da cama. Ele só observava, esperando para ver o que eu pretendia fazer parada na frente dele. Se escorou nos cotovelos para erguer a cabeça, assim que não conseguiu mais me ver, e me encarou com olhos de falcão.
Então sorri para ele e me virei de costas, permitindo que ele visse o desenho tatuado na minha pele. Era um dragão japonês, preto e branco, que cravava as suas unhas nas minhas costelas e descia com o seu corpo pela minha espinha, deixando apenas a sua cauda na minha bunda. O animal atravessava as minhas costas e provavelmente era a primeira vez que alguém, além do tatuador, o via.

-Meu Deus! - exclamou Harry.

Sorri satisfeita por saber que ele gostou do que estava vendo. Prendi os dedos nas alças laterais da minha calcinha e rebolei levemente só para enlouquecê-lo de vez. No mesmo segundo ele se levantou e me abraçou por trás com força, pressionando seu volume, preso dentro das calças, na minha bunda. Suas mãos correram para a minha barriga e depois pressionaram meus peitos com força suficiente para me fazer soltar um gemido.

-A espera valeu cada segundo.- disse ele com a boca colada na minha orelha.- Você é muito gostosa.

Eu não disse nada, estava distraída com o que as mãos dele faziam com os meus peitos. O garoto era talentoso.
Depois do que pareceu a eternidade ele largou meus peitos e me virou para ele. Abriu o botão da calça e deixou que ela caísse no chão. Fiquei olhando para o volume que ele tinha na cueca, mordendo o lábio de desejo, torcendo para que ele finalmente me desse o que eu queria. Deslizei meus dedos do seu peito até o elástico da sua cueca, havida para tocar na sua pele inchada de baixo do tecido. Eu o queria, ali e agora e quase não suportava mais esperar.
Ele gemeu quando minha mão envolveu seu pal e quase tive um orgasmo naquele momento. O tempo todo ele achou que comandaria a situação, não esperava que eu tomasse a partida, que começasse o que ele tantas vezes tinha tentado começar. Meu desejo por ele triplicou e não consegui mais me conter, tirei o resto de roupa que usava e me joguei na sua cama, tudo isso sem desgrudar meus olhos dos dele.

Ele correu na direção do seu esnobe criado mudo e pegou uma camisinha de lá. A embalagem era prateada, igual as que ele tinha deixado na minha casa, as mesmas que eu tinha colocado na minha bolsa antes de vir para a sua festa. A minha intenção era devolver elas de uma forma provocante, mas não daquele jeito.
Nem em um milhão de anos eu esperaria estar naquele momento com o único cara que jurei odiar.
Tinha planejado beijar ele e acabar com o seu interesse ridículo por mim, mas o fogo que existia entre a gente ameaçava me queimar a qualquer momento.

-Eu trouxe as suas camisinhas, estão lá na minha bolsa.- disse o pegando de surpresa.

Ele cobria o seu pal com o preservativo no momento em que eu falei. E quando terminou, voltou para os pés da cama me encarando com surpresa.

Quase, sem quererWhere stories live. Discover now