7°Capítulo

886 101 14
                                    

Acordo e vejo o lugar a onde estou e não é um carro.

Parece um quarto de hotel, tem duas camas de solteiro, as paredes são vermelhas e tem uma televisão.

Coloco minha mão em meu quadril e não sinto a faca, droga.

Estaria surpresa se ele não tivesse percebido ela.

Eu estou fodida.

Saio de cima da cama e vejo melhor o quarto.

Tem um banheiro, que eu espero tomar um banho nele se Artur permitir.

Vou em direção a porta e tento abri-la mas é em vão, está trancada.

Vejo a janela com grade.

Barulho de chave sendo rodada me faz virar em direção à porta

Logo é aberta por um dos capangas de Artur, o mesmo que eu dei uma cotovelada, ele aprece com uma toalha e uma muda de roupas limpas.

Isso quer dizer que poderei tomar um banho e me sentir limpa

Ele joga na cama e sai do quarto.

Pego a toalha e a muda de roupas  e saio correndo em direção ao banheiro. Lembro da agulhada bruta que ele me deu.

Tranco o banheiro e suspiro aliviada por poder tomar um banho.

Fico totalmente nua.

Vejo um espelho no canto do banheiro que reflete meu corpo inteiro.

Me olho por inteira e avalio meu estado.

Eu estou acabada.

Ele realmente acabou comigo.

Minhas pernas com cinco buracos já fechados com pontos, minha barriga ainda doe bastante e próximo da região está muito roxo.

Meu braço não está ruim, está se recuperando rápido.

Meu corpo todo está com varias marcas roxas grandes.

Meu cabelo está oleoso e horrível.

Eu estou com olheiras e minha boca está toda ferida.

Meu rosto não está danificado igual ao resto do meu corpo.

Meu seio está com alguns hematomas.

Eu estou realmente horrível.

Paro de me avaliar no espelho e ligo o chuveiro o deixando no morno, mais pra quente.

Me coloco em baixo do mesmo e vejo meu sangue que estava seco escorrendo junto com água.

Começo lavando meu cabelo com shampoo, por incrível que pareça esse banheiro tem todas as coisa que uma garota precisa.

Tem até uma gilete.

Depois do shampoo​ coloco uma grande quantidade de creme e faço um coque o deixando de lado e começo a limpar meu corpo.

Limpo com calma meus ferimentos, um por um. Sinto um pouco de dor mas é tudo suportável.

Passo condicionador nas minhas pernas e passo a gilete com calma, evitando os ferimentos.

Depilo abaixo do braço e a virilha.

Lembro-me do casal que morreu por me ajudar, do meu pai que nunca sentiu orgulho de mim, ele falou isso por causa daquele carro idiota dele.

O carro.

SequestradaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora