3° Capitulo

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"Abro meus olhos e sinto meus punhos e minhas pernas doendo, percebo que estou num quarto escuro, meus olhos estão cansados, quase chego a fecha-los mas escuto a voz de um homem.

-Até que enfim a bela adormecida acordou -Ele riu de um jeito zombado e me deu um soco muito forte no rosto -Bem-vinda ao inferno, vadia"

Tento responder mas percebo que minha boca está com uma fita.

Fecho os olhos e respiro fundo.

O soco que ele me deu ainda está ardendo meu roto.

Cerro meus olhos e tento descobrir onde estou.

Não descubro muita coisa apenas que o local não tem janela e é péssimo iluminado. Olho para cima e vejo ferros e algumas algemas.

Estou sentada em uma cadeira e meus punhos estão muito bem amarrados para trás e minhas duas pernas também estão presas .

Tento dar uma afrouxada na corda que prende meus braços mas isso só faz doer mais.

Escuto a risada do homem que meu deu um soco no rosto.

-Não adianta tentar se soltar -Ele se aproxima de mim e sorri -Nem que tente você não sai daqui com vida.

Tento me manter clama e não faço nada, afinal no dá.

Se ele tentou me assustar, não conseguiu, já recebi ameaças desse gênero.

Quando nasci sabia que ganharia os inimigos da minha família.

Meu pai me ensinou a não sentir medo e quando sentir não demonstrar isso para as pessoas.

Meu pai...quem não sente orgulho de mim e que me xingou de vadia.

Ainda não acredito que ele jogou o vaso de vidro em minha direção, ele só não acertou por que eu desviei.

Esse sinceramente é o menor dos meus problemas agora.

Encaro os olhos do homem que me socou e o reconheço de algum lugar, só não me recordo de onde.

Ele segura meu cabelo e puxa para trás com força, desferindo outro soco em meu rosto.

Que merda tá acontecendo aqui?

Depois o cara solta meus cabelos e soca com mais força minha perna e braço.

Vejo ele tirar de trás do seu bolso um faca.

Droga.

Ele finca a faca no meu braço e tento gritar para aliviar a dor, mas a fita me impede.

Sinto ele levantando a minha blusa e passando a faca na minha barriga.

Por que ele está fazendo isso?

Ele para de passar a faca e coloca sua mão na ferida que acabou de fazer, enfiando o dedo indicador para dentro da minha ferida.

Isso doe, doe muito.

Consigo sentir seus dedos dentro da minha barriga, se mechendo como uma larva nojenta dentro de mim. Ele não parece estar se divertindo, parece estar com raiva.

Olho para ele e logo em seguida vejo que estou com a blusa do Jone, que eu não tirei quando cheguei em casa, a blusa cinza dele está toda vermelha com o meu sangue.

Tento fugir dos pensamentos da dor.

Ele ainda me machuca. Começa a me socar novamente e ele foca nos cortes do meu braço e barriga.

Jone, tento lembrar dele, olho pra blusa que estou vestida.

Lembro dos seus olhos verdes escuros me olhando enquanto comia o sanduíche que ele preparou hoje de madrugada.

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