Capítulo 08

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Oláaaaa, vocês viram quem voltou? Tiago Iorc, depois de brincar de pique-esconde por muito tempo, então nada mais justo do que uma música dele nesse capítulo.

Como sempre, lá vou eu mendigar: deixem seus votinhos e comentários, tá? Quando vocês comentam e não apenas votam, principalmente, eu me sinto mais segura sobre escrever e sobre que rumo da história seguir.

Um beijão e boa semana para todos <3

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"Não há chance de apagar, deixa demorar
Lembrar você é bom demais! Vivemos tanta coisa, lembra?
Tanto pra acertar, o tempo pra curar
A mágoa que ficou pra trás valeu minha vida inteira"

- Hoje lembrei do teu amor, Tiago Iorc.

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BETO

Nós estávamos andando debaixo de um sol quente há pelo menos uns dez minutos. Confesso que vez ou outra eu me sentia tentado a reclamar do calor, mas então um raio cortava o céu e eu pensava se não seria muito pior caso estivesse chovendo. Pelo menos eu conseguia avistar algumas casas ao longe, o que significava que estávamos perto da civilização e, consequentemente, de sombra e água gelada.

— Podemos morrer eletrocutados por um raio, vi no Discovery um caso trágico. — a Alana disse de repente, parecendo cansada. Seus cabelos estavam presos e seu rosto estava todo molhado pelo suor. Eu queria que tivesse um jeito dela não precisar passar por isso.

— Não vamos. — falei.

— Você também disse que não estávamos perdidos, e aqui estamos nós!

É, aquilo era verdade.

— Desculpa, eu acreditei no direcionamento daquele rapaz. Talvez a gente até estivesse no caminho certo, vá saber? — eu comentei e a vi parar, apoiando as mãos nos joelhos. — O que foi?

— Eu acho que vou desmaiar.

Ela não parecia estar brincando. Seus lábios estavam brancos e ela cambaleou para o lado, parando a uns três palmos do chão antes d'eu segurá-la.

— Ei, Alana? — chamei com preocupação e apoiei seu corpo no meu, agachado.

— É o fim da minha vida. — ela sussurrou. — Vou morrer aqui, nos braços do diabo. Ao menos me enterre num lugar digno e diga ao Arthur que eu o amo.

— Pare de falar bobagem, por favor! — eu pedi e cocei a cabeça, dividido entre o que fazer e ignorando a parte do "diga ao Arthur que eu o amo". Tenha dó! Eu não poderia seguir em frente e deixá-la ali, de jeito nenhum, então só me restava partir para a opção menos agradável: — Vou te carregar.

— O que? — ela riu bem fraco. — Não vai não!

Um pingo de água caiu na minha testa. Eu acho que Deus estava fazendo um jogo comigo. Se eu acreditasse nesse negócio de carma, eu poderia até dizer que estava pagando pelos meus pecados em vida. Mas eu preferia chamar aquilo de lei do retorno.

— Eu... — a Alana gaguejou quando eu a ignorei, pegando-a no colo. — Eu te repreendo! Me solte agora mesmo, Roberto Speziali!

— Se eu te soltar, então você terá que ir a pé. E você quase desmaiou. — eu disse e recomecei a andar.

Não era bem a coisa mais agradável do mundo, tê-la nos meus braços e tão próxima daquele jeito. Na verdade era torturante e fazia a minha cabeça fervilhar com muitas lembranças, porém era a única alternativa.

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