Capítulo 18

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Quatro meses depois

- Mãe...

Sinto uma fisgada em minha barriga seguida de uma dor insuportável... Levanto com cuidado e caminho devagar até a porta, esta tudo quieto.
Quando finalmente chego não porta do quarto da mamãe dou duas batidas fracas.

- Mamãe...

Respiro fundo e outra dor insuportável chega, acabo gritando e me uma lágrima cai.
A porta do quarto abre e mamãe surge, seus olhos arregalam e ela pega minha mão.

- Acho... Acho que vai... Nascer.

- Calma, eu...

- Táxi... - murmuro.

- Sim...

Minha mãe sai correndo, caminho encostada na parede do corredor devagar. Quando chego na sala ela já esta ao telefone pedindo o táxi, e sua voz esta trêmula.

Minhas dores aumentam a cada minuto que passa...acho que seria menos doloroso se ele estivesse comigo, se ele estivesse ao meu lado me dando apoio.

&_____&

- Por favor vai mais rápido!!

Mamãe pede ao taxista.
Minhas dores passaram a ser constantes...

- Esta muito trânsito senhora...

- Ai meu Deus...

- Mãe... - Sussurro. Ela acaricia meu cabelo e da sela seus lábios em minha testa.

- Calma... Vai dar tudo certo, filha... Respira.

Grito com outra dor.

Não vai dar tempo...
O carro não anda e minha bolsa já estourou faz muito tempo.

Falei para minha mãe que não daria tempo, ela apenas pediu para o taxista sair do táxi e me ajudou a deitar no banco de trás.
Logo em seguida ela abriu a porta do banco de trás para poder ficar mais confortável e levantou meu vestido.

Minha filha vai nascer no carro.

- Vamos, Elisa, força!

Comecei a fazer força pra baixo e minha dor aumentava cada vez mais, parecia que todo o meu corpo iria desabar.

- Empurra, Elisa!!

Continuo fazendo força.
Isso dói demais, é horrível sentir uma dor tão insuportável como a dor do parto.

Um chorinho agudo ecoou pelo ambiente, um sorriso brotou dos meus lábios quando fitei uma pessoinha pequena nos braços de minha mãe.
Ela é simplesmente linda.

- Seja bem-vinda, minha neta!

Mamãe diz emocionada.
Ela olha para mim e sorrir.
Minha filha nasceu...

Escutamos barulho de buzinas e logo em seguida o taxista grita que tem uma mulher dando luz.
Mamãe abre a bolsa que estávamos levando e pega uma coberta, ela enrola minha minha filha e a coloca em meus braços.

- Eu vou pedir para o taxista voltar. Temos que ir logo por causa do cordão.

Balanço a cabeça sorrindo e olho para minha filha. Tão frágil, tão linda... Valeu, valeu a pena as dores insuportáveis que senti para que ela nascesse.

- Você vai se chamar Lorena, Lorena Fernandez! - Sussurro e selo meus lábios em sua testa com um pouco de sangue.

Te amo, Lorena!

O Melhor De Mim - CompletoWhere stories live. Discover now