Você Não Soube Me Conquistar (Completo até 15/08)

Capítulo 4

O meu loirinho abre os olhos que são incrivelmente azuis e me olha bem atentamente, mas graças a Deus não chora como de costume. Edward é um bebê extremamente chorão, mal deixa a Sophia e o Dominic dormir durante a noite. Deito ele no meu peito e apoio a cabeça dele na curva do meu pescoço e o pequeno volta a dormir tranquilamente.

A Bela pega a gravata do Wesley e corre para os braços do pai para mostrar a gravata que está nas mãos dela.

- Ele é um bebê lindo. - Wesley comenta chegando mais perto de mim e passando a mão na mãozinha minúscula do Edward.

- Ele é meu filho e da Sophia, Wesley, ou seja, é normal que ele seja um bebê lindo. - Dominic diz convencido abraçando a filha que sorri para ele lindamente. - Olhe para a Bela, ela é uma criança linda, e detalhe, é linda como eu.

- Convencido. Não vejo a hora de ter um filho só para jogar na sua cara que ele vai ser lindo como eu. - Wesley rebate.

Dominic solta uma gargalhada alta.

- Você esqueceu de um detalhe Wesley, quem vai ser a tola que vai aceitar ter um filho com você. - Zomba com um olhar desafiador para o Wesley.

- Concordo com o que o Dominic disse. - Digo beijando a mão do Edward.

- Meu querido qualquer mulher aceitaria ter um filho comigo, ou melhor, qualquer mulher quer ter um filho comigo. Eu sou um homem tremendamente lindo, gostoso, rico e com um humor ótimo meu querido.

Coitado dele que pensa que qualquer mulher iria querer ter um filho com ele, a não ser aquelas mulheres interesseiras que só querem saber de dinheiro e posição social. Eu particularmente nunca me envolveria com um homem apenas por interesse financeiro e pior, ainda teria um filho com ele. Isso não seria o bastante para conviver com uma pessoa pelo resto da vida, provavelmente a pessoa vai ser infeliz e nem todo o dinheiro traria a verdadeira felicidade.

Olho para ele e reviro os olhos.

♥

O almoço foi tranquilo e agradável. É tão bom ver a minha amiga feliz, ela sofreu muito e merece toda a felicidade que está sentindo agora.

Beijo a bochecha da Bela que está no colo da mãe e depois beijo a bochecha da minha amiga que sorri para mim.

Entro no carro e o Wesley também entra.

O caminho de volta para a empresa foi tranquilo, ele não falou nada e nem ficou me olhando. E eu também evitei ao máximo olhar para a cara dele.

Ele estaciona o carro no estacionamento da empresa e eu pego a minha bolsa e desço do carro rapidamente.

- Evelyn. - Ele me chama.

Me viro e vejo ele com a gravata que a Bela tirou.

- Oi. - Digo me aproximando dele.

- Me ajuda com a gravata. - Ele ergue a gravata que está nas mãos dele. - Eu não tenho um espelho aqui e não quero entrar na empresa sem ela. Não gosto de me vestir informalmente para vir trabalhar.

Chego mais perto e pego a gravata das mãos dele. Em menos de dois minutos eu arrumo a gravata dele que fica perfeitamente bem arrumada. Passo as mãos na blusa dele que está um pouco amassada, mas assim que passo a mão pelo peitoral rígido dele me arrependo. Um choque percorre todo o meu corpo e eu retiro a minha mão rapidamente do peitoral e coro violentamente.

Ergo o meu olhar para ele e nossos olhares se encontram, me perco no olhar sensual e penetrante que ele possui.

- É...é - Gaguejo. - Eu preciso ir.

- Eu também preciso voltar a trabalhar.

Olho para o meu relógio e percebo que estou meia hora atrasada. As azedas vão me encher o saco pelo atraso.

- Merda. - Resmungo baixo e andando rapidamente.

- O que aconteceu Evelyn? - Pergunta me alcançando com passo largos.

- Eu estou atrasada Wesley. - Me viro e fico de frente para ele. - E o culpado é você. Sabe por que? Porque eu falei para virmos embora, mas você não me escutou, ficou enrolando. Se eu perder esse emprego eu te mato. Ao contrário de você eu preciso de um emprego, eu não tenho uma empresa, ou seja, eu não posso chegar e sair a hora que eu quiser. - Grito histérica dando tapas no braço e no peitoral dele.

Ele segura o meu braço firmemente mas não me machuca.

- Calma. Acho que você se esqueceu que estava comigo, e eu sou o dono dessa empresa. Você não vai ser despedida por conta desse atraso morena. - Diz soltando os meus braços e coloca uma mão na minha cintura levemente sem nenhuma malícia no olhar. - Fica tranquila. - Ele passa a outra mão que não estava na minha cintura no meu rosto suavemente.

Me solto dele um pouco envergonhada.

- Você vai ver que aquelas azedas vão me encher o saco pelo atraso.

- Eu vou com você até a lanchonete Evelyn.

- Está bem.

Entramos juntos na empresa e seguimos para o elevador. Entro na lanchonete antes do Wesley que ficou no lado de fora conversando com alguém pelo celular.

Coloco a minha bolsa dentro da sala dos funcionários e pego o meu avental.

Vou para o caixa onde a as duas azedas estão conversando.

- Você sabe que vai ser despedida né, eu sou a encarregada de cuidar daqui. E você está quase demitida querida. Tenho certeza que o senhor Wesley vai concordar comigo, ele odeia pessoas incompetentes como você. - Uma azeda fala se aproximando. Observo e vejo o Wesley atrás dela com os braços cruzados. - Então acho melhor você pegar a sua bolsa garota.

- Marília acho que seria melhor você perguntar primeiro o porquê do atraso dela. - A voz grossa do Wesley soa fazendo com que ela se vire para olha-lo. - E não quero ver você dessa forma com ela nunca mais. Estamos entendidos?

- Sim senhor. - Responde de cabeça baixa.

- Se eu ver você falar com ela dessa forma novamente e você quem vai estar demitida. - Confesso que até eu senti medo da forma como que ele falou com ela. - Agora voltem a trabalhar. - Ordena fazendo com que a tal Marília e a azeda voltarem para a cozinha.

Olho para ver se elas já entraram e bato no braço dele.

- Ai. - Reclama passando a mão no lugar onde eu bati.

- Não era para ser tão duro.

- Morena ela te implicou. - Ele sorri de lado. - Agora eu preciso trabalhar. Tchau.

Ele sai rapidamente.

Sou uma boba de ter ficado com pena dela, mas eu não gosto de retribuir o mal com o mal. Só que eu também não sou boba ao extremo, eu sei a hora de parar com a bondade. Não deixo as pessoas me humilhar tanto. Não sou boa demais, e nem ruim demais, mas a minha parte ruim é bem pequena, já que eu tenho um coração mole. Digamos que eu sou um tipo de pessoa bem moderada em todos os sentidos.

Me pego encarando a porta de vidro e viro rapidamente. Não posso ficar tão desconcertada quando estou perto dele.

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Votem e comentem o que acharam do capítulo.

Espero que gostem.💙