Capítulo 57

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Impotência, essa é a palavra que me define nesse momento. Vê Ana triste em casa já estava me quebrando, já estava me deixando muito frustrado por não poder fazer nada por ele, nada com ela. Sei que para ela está sendo muito chato, monótono ficar trancada sem fazer nada, somente andar pela casa e assim mesmo não muito. Sua barriga está enorme, o que não está facilitando sua vida. As vezes me afasto para que ela não veja meu olhar de dó, de angústia por não poder fazer nada.

Vê-la cansada daquela forma, eu não tinha outra opção a não ser ligar para a Dra Greene e adiantar a consulta. Estava muito preocupado com ela. Assim fomos para a consulta e quando achei que as coisas iriam melhorar, só pioraram, Ana teria que ficar internada sabe lá quanto tempo. Droga, eu vi os olhos dela de desespero, eu vi seus olhos enchendo de lágrimas, e aquilo me quebrou inteiramente por dentro. Como disse se em casa ela estava triste, agora seria pior. E eu não tinha muito o que fazer a não ser ficar perto dela, a não ser apoiá-la em cada momento.

Nunca pensei que a gravidez dela fosse causar tantos problemas. Nunca imaginei que ela teria que ficar internada para evitar que nossos filhos nascessem antes do tempo. Mas cá estamos nós, em um quarto de hospital, onde enfermeira está colocando toda a aparelhagem em Ana. Que ainda estava calada e quieta em seu canto, até me pedir para ligar para as meninas e cancelar o chá de bebê. Mil vezes merda, eu via nesse chá de bebê algo positivo para Ana, uma distração, mas agora a mesma está ali chateada e sem nenhuma reação. Ela pede para que eu vá em casa e pegue roupas e itens de higiene pessoal, porém eu já digo que não sairei do lado dela. E não adianta a mesma teimar. Então ela pede para que ligue para a mãe dela fazê-lo. Ela se ajeita na cama e deito. Seus olhos são de uma grande tristeza, que meu coração se aperta mais. Deixo ela com a enfermeira e digo que vou perguntar a médica sobre a alimentação dela, já que ela ainda não almoçou. Mas na verdade eu quero conversar com a médica sobre esse estado apático que minha esposa estar. Tenho medo que ela fique pior a cada dia. Procuro a Dra Greene, a encontro na sala dela. Dou uma batida na porta que já está aberta. Ela me olha e me dá um meio sorriso.

-Posso falar com a Dra um momento? Questiono a ela já entrando em sua sala.

-Claro Sr Grey. Sente-se, fique a vontade. Ela diz com total simpatia.

-Eu estou preocupado com Ana. Solto as palavras de uma vez. Na verdade Dra, eu estou com medo que minha esposa entre em depressão, ela não estava bem em casa. Sempre triste, incomodada, vagando pela casa em busca de algo para fazer, mas nada estava preenchendo o vazio que ela está sentindo. E agora aqui as coisas tende a ficar pior, já que ela não poderá fazer nada. Termino de falar com medo.

-Eu entendo Sr Grey, mas eu não tenho muito o que fazer nesses casos. Posso dar calmantes para que ela durma mais e não veja o tempo passar aqui dentro e não fique tão triste e desolada. Mas aconselho também, a vocês da família a vir ao hospital conversar um pouco com ela, fazer ela se sentir bem, rir um pouco. Nada demais, porque ela também não pode se cansar, porém isso é o máximo que posso fazer. Eu não quis falar na frente dela Sr Grey, mas o caso é grave, se a Sra Grey desse a luz hoje acredito que dois dos bebês não se salvariam. Não é possível, fico em choque com que ela diz.

-Por favor Dra faça tudo que tiver a seu alcance para salvar meus filhos. Acho que Ana e eu morreríamos juntos com nossos filhos. Falo apreensivo. Nada pode acontecer com eles.

-Eu estou fazendo Sr Grey. Então vamos fazer com que ela fique bem pelo menos mais dois meses pela frente, e tudo estará bem.

Conversamos mais, até mesmo sobre a alimentação de Ana. A Dra me disse que já prescreveu uma dieta para ela, e que daqui a pouco servirá o almoço dela. Saio da sala meio em pânico, eu não sei o que posso fazer mais. Pego meu celular e ligo para Kate. Aviso a ela do ocorrido, a mesma fica em choque e diz que vai avisar a todos. Pediu para eu a deixar informada. Depois liguei para Carla e também conto a ela o que aconteceu, e pedi a ela para pegar uma coisas em casa para nós. Eu precisava respirar e não entrar no quarto apavorado. Não posso demonstrar nada a Ana. Tenho que ser forte por ela. Demoro um pouco para voltar para o quarto, porém acredito que não foi minha melhor opção, pois ao adentrar o quarto vejo Ana chorando sem parar. Meu coração corta. Vou pra cima dela, faço ela me olha e me dizer o que está acontecendo. Mas a mesma me diz que não sabe. Aperto o botão para que a enfermeira venha. Beijos seus olhos, seu rosto. Peço calma, tudo vai ficar bem, peço a ela que não fique assim, pois pode piorar a situação, penso logo no que a Dra me disse. A enfermeira aparece e questiona o que está acontecendo, digo que não sei, só quero que ela traga algum calmante para Ana. Ela sai dizendo que falará com o médico. Fico ali vendo minha mulher chorando sem parar, eu não vejo como posso melhorar seu estado. Não era isso que queria quando quis ter filhos, não me via em um quarto de hospital, até os nove meses dela. Tento acalmá-la, mas nada. A Dra Greene aparece e conversar com Ana. Dizendo que ela não pode ficar assim, que não faz bem nem para ela e nem para os bebês. Ela diz mais algumas coisas. E após receitar um calmante, ela sai do quarto. Fico ali vendo Ana se acalmando e pegando no sono.

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